terça-feira, março 13, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Rui Rio, líder do PSD

Um dia destes um carteirista é apanhado pela polícia e justifica-se dizendo que a carteira alheia estava a mais, que a meteu no seu bolso por engano, que depois de devolvida estava esclarecido qualquer equívoco. O secretário-geral do PSD inventou um estatuto que não teve, numa universidade que nunca viu nem sabe onde fica e agora vem o presidente do PSD dizer, de uma forma que oscila entre o ridículo e o leviano, que se tratou de uma imprecisão.

Pois, a partir de agora os nossos estudantes quando acabarem os cursos vão passar a cometer imprecisões do género "estudei em Harvard" e no caso de serem apanhados dizem que foi uma imprecisão, queriam dizer ISCSP. Rui Rio parece não perceber que ao defender desta forma um dos seus perde a autoridade para exigir o que quer que seja dos outros, um candidato a primeiro-ministro não pode ser coxo.

Depois de uma série de argoladas, as únicas marcas até agora deixadas p+or ele desde que ganou as diretas do PSD, a única alternativa que restava a Rui Rio era sugerir ao seu secretário-geral que se retirasse da vida política ativa como dirigente do PSD.

«O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou este domingo que o secretário-geral do partido lhe deu a mesma explicação sobre o seu currículo que à comunicação social, dizendo que havia um aspecto "que estava a mais, não era preciso, e corrigiu".

"É inequívoco que ele fez referência a um aspecto do seu currículo que não era preciso e corrigiu, é esta informação que eu tenho e ele deu essa informação à comunicação social", afirmou Rui Rio, questionado sobre este assunto pelos jornalistas no final do Congresso do CDS-PP, que terminou este domingo em Lamego (Viseu).

À pergunta se, tal como fez com a vice-presidente do PSD Elina Fraga, vai pedir a Feliciano Barreiras Duarte que dê mais explicações, Rui Rio considerou que o secretário-geral do PSD "já se explicou". "Há um aspecto do seu currículo que estava a mais, não estava preciso, e ele corrigiu", reiterou.

Um dia depois de o semanário Sol ter noticiado que Feliciano Barreiras Duarte teve de rectificar o seu currículo académico para retirar o item que o indicava como investigador convidado ("visiting scholar", no original) na Universidade de Berkeley, na Califórnia, EUA, o novo secretário-geral do PSD veio justificar-se em declarações ao Diário de Notícias.» [Público]

 Dois meses de nada

Faz dois meses que Rui Rio ganhou as diretas do PSD a Pedro Santana Lopes. Nestes dois meses o novo líder dedicou um a estar no Porto à espera do congresso do PSD. O mês pós congresso foi mais um mês de vazio, senão pior, porque marcado pela escolha de Elina Fraga, pela malandrice curricular do seu secretário-geral, pelo desastre na escolha do novo líder parlamentar e pelo conflito com Hugo Soares.

Não há memória de uma entrada tão desastrosa de um novo líder do PSD ou de qualquer outro partido, não admirando que Ascensão Cristas ambicionar liderar a direita.

 Interrogações que me atormentam a alma

A ser verdade a declaração da Procuradora Distrital de Lisboa de que o DCIAP não utiliza o CITIUS isso significa que foi proposta a prisão preventiva por causa de um crime impossível. Alguém parece ter ido para a  prisão com base numa acusação que se sabe não ser verdadeira, que acedeu a segredos de um processos em fase de inquérito que não constam do sistema. Se isto for verdade estamos vivendo um PREC judicial, depois de um ministro ser investigado por não ter feito nada, um cidadão é preso preventivamente por um crime que se sabe não ter sido cometido. São situações que não podem ficar impunes e pelas quais alguém terá de ser chamado à responsabilidade.

Se na democracia portuguesa é à PGR que compete a defesa da ilegalidade a quem caberá a defesa da democracia se esta instituição nada fizer?

 Cristas e o PSD

Nas autárquicas de Lisboa os apoiantes de Rui Rio torceram para que Assunção Cristas desse uma tareia em Teresa Leal Coelho, uma vice-presidente da confiança e lavra de Passos Coelho. Agora a vingança serve-se fria e Assunção Cristas conta que sejam os apoiantes de Passos Coelho a torcer para que ela dê uma tareia em Rui Rio nas próximas eleições legislativas.

 O escondido

Nos dias de hoje justificar com negócios a ausência de Paulo portas num congresso agendado há meses não passa de uma desculpa esfarrapada. A não ser que Paulo portas esteja a usar a sua influência para ajudar a corromper o governador do planeta Marte a sua ausência só se explica pela necessidade de Cristas o esconder, para se demarcar dos ódios ao governo de que fez parte.