quinta-feira, novembro 16, 2017

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Maria Luís Albuquerque

Durante dois anos o PSD não apresentou propostas no debate do OE e a vice-presidente deste partido fez a figura triste de declarar que as metas orçamentais eram aritmeticamente erradas, a pantominice chegou ao ponto de, no mesmo dia em que o OE era apresentado na AR, o líder do PSD ter convocado uma espécie de cortes no exílio para Albergaria-a-Velha, onde apresentou aquilo que parecia o OE do governo no exílio.

Agora já tudo é aritmeticamente visível, o PSD diz que podia ir mais longe no equilíbrio orçamental e propõe mais de 70 medidas orçamentais, muitas delas tendo como resultado o aumento da receita. Não há misréia que não dê em fartura, coube à Maria Luís este papel quase no termo da pantominice de Passos Coelho.

«A proposta apresentada pelo Governo para o OE 2018 falha em todos os domínios de intervenção estrutural e que permitam assegurar uma trajetória de crescimento sustentado". Esta é a frase que abre o documento em que o PSD reúne 75 propostas de alteração ao Orçamento do Estado, e em que considera que o crescimento da economia é mérito "das reformas levadas a cabo pelo Governo anterior", criticando o atual Executivo por não saber aproveitar a conjuntura e o momento de crescimento, "desperdiçando oportunidades".

Na conferência de imprensa em que apresentou as propostas, Maria Luís Albuquerque disse mesmo que o Orçamento é "mau" e incorrigível, explicando que estas medidas servem para "mitigar os efeitos mais negativos", conforme cita a Lusa.

Esclarecendo que "não discorda" da reposição de rendimentos ou do descongelamento das carreiras, o PSD acusa ainda assim o Governo de "persistir em distribuir sem assegurar condições para a criação de riqueza que preserve uma adequada redistribuição futura". Por isso, os sociais-democratas apresentaram hoje 75 medidas que se dividem em quatro áreas: promover o crescimento sustentado, melhorar a vida das pessoas, a coesão territorial e a correção de "erros grosseiros do atual Governo e deste OE2018".» [Expresso]

      
 A queda da princesa do regime angolano
   
«Carlos Saturnino tem um passado com Isabel dos Santos. O novo presidente da Sonangol tinha sido demitido pela filha de José Eduardo dos Santos da presidência da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, em dezembro do ano passado. Isabel dos Santos acusava a Sonangol Pesquisa & Produção de ser débil e de apresentar muitos desvios financeiros. Saturnino não gostou e reagiu acusando a filha do então presidente de falta de ética.

Por isso foi muito noticiada a nomeação de Carlos Saturnino para o governo de João Lourenço. Ainda para mais, Saturnino foi escolhido para dirigir a secretaria de Estado dos Petróleos, órgão que tutela a Sonangol. Pouco tempo depois, confirma-se a exoneração da filha do ex-presidente de Angola que acaba substituída no cargo pelo homem que despediu.» [Observador]
   
Parecer:

É cedo para pereceber o que se está passando em Angola.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 E ainda não foi demitido no Benfica
   
«Pedro Guerra, comentador desportivo e antigo responsável pelos conteúdos da Benfica TV, terá recebido durante vários meses documentos internos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), relacionados com auditorias trimestrais. Tais documentos terão sido enviados por Horácio Piriquito, gestor e membro do Conselho Fiscal da Federação.

A informação é avançada pela revista Sábado, na sua versão online. De acordo com aquela publicação, que teve acesso aos documentos e à troca de correspondência entre os dois, seria Horácio Piriquito a fonte privilegiada de Pedro Guerra no interior da Federação.

Num desses emails, enviado em setembro de 2015, e depois de ter recebido mais um relatório da auditoria interna, Pedro Guerra perguntou a Piriquito a sua opinião sobre “uns devedores manhosos”, que iriam deixar a FPF “pendurada”. Mais: nesse mesmo e-mail, Guerra prometeu guardar “religiosamente e de forma confidencial” aquele documento.

Na reposta, o membro do Conselho Fiscal da Federação explicou que “muitas vezes são as associações que estrangulam ou beneficiam os clubes, conforme os alinhamentos ‘clubísticos’”. Daí, notou Piriquito, “as corridas do SLB e do FCP ao domínio das associações”. “Se uma associação é portista pode atrasar os pagamentos a um clube alinhado com o Benfica, e vice-versa”, acrescentou.» [Observador]
   
Parecer:

Este senhor acha que ganha jogos armado em alarve.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Inauguração com dez anos de atraso
   
«O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) diz que a medida “inovadora” de António Costa para o controlo de cruzeiros que cheguem ao novo terminal, em Lisboa, já existe “há mais de uma década”. O primeiro-ministro anunciou que o controlo de passageiros passaria a ser feito a bordo para atenuar a falta de pessoal. Contudo, noticia o DN, o SEF diz que a medida é “quase um controlo de charme” e não teve impacto na falta de inspetores.

O anúncio do primeiro-ministro foi feito durante a cerimónia de inauguração do novo terminal de cruzeiros no Porto de Lisboa, tendo dito que “o SEF vai passar a adotar a prática de ter inspetores embarcados no último porto de origem, de forma a que o controlo se faça ainda a bordo”, o que “permitirá aos passageiros já estarem controlados quando acostam em Lisboa”. Costa falou da medida como um “passo inovador” por agilizar “toda a tramitação dos turistas provenientes de fora do espaço Schengen”.» [Observador]
   
Parecer:

Quem terá enfiado o barrete ao Costa?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 E só agora é que se demitiram?
   
«Treze coordenadores da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD) da região Norte, serviço que tutela o tratamento das dependências, demitiram-se em protesto contra o Governo, depois de denunciarem “uma situação de ingovernabilidade” que se arrasta há cinco anos. Responsáveis pela zona Centro também ameaçam com a demissão.

O anúncio foi feito numa carta enviada à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte e mereceu o destaque do jornal Público, que teve acesso à missiva. Em causa está a entropia provocada pela extinção do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), há já cinco anos, fazendo migrar as suas estruturas para a ARS, com o objetivo, nunca concretizado, de integrar este tipo de tratamentos na rede de cuidados de saúde primários.» [Observador]
   
Parecer:

Gente corajosa...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aceite-se os pedidos de demissão e nomeie-se novos coordenadores.»