terça-feira, fevereiro 07, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, economista de circunstância

O país já teve um senhor que cujo grande e quase único argumento de candidatura presiddencial eram os seus conhecimentos de economia, depois foi o que se viu, andou por lá dez anos e dos famosos conhecimentos o proveito do país foi zero. A lição a tirar é  a que de em matéria de economia os presidentes devem ter algum cuidado, não só a imprevisibilidade é grande, como é um domínio da competência dos governo.

Quando um presidente diz que é possível fazer melhor e mais depressa é suposto que sabe do quee fala, ée para isso que tem a experiência necessária para saber do que pode e deve falar, bem como tem assessores pagos para o ajudar na matéria. Assim sendo, as declarações presidenciais não devem limitar-se a estabelecer metas ambiciosas, devem fundamentar a sua viabilidade.

Curiosamente até concordo com Marcelo e tenho defendido que é possível fazer melhor. Ora se Marcelo é presidente e diz o mesmo, proque motivo não diz o "como"? Só lhe ficava bem.

«Em declarações aos jornalistas no final de uma visita às instalações do Colégio Pina Manique da Casa Pia de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi por diversas vezes questionado sobre o relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) hoje divulgado, considerando que "aquilo que as instituições internacionais desejam para Portugal é aquilo" que o próprio país deseja em termos de défice, saldo primário, balança de pagamentos e crescimento económico.

"O problema é fazer o que se tem feito mais e melhor. A trajetória está correta. É preciso fazer isso ainda com maior rapidez e de forma mais clara", pediu.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que, nos contactos internacionais que manteve, muita gente dizia há um ano que não iria ser possível ter um défice abaixo dos 3%, nem um crescimento económico, mesmo que lento, ou até aumentar as exportações.» [Notícias ao Minuto]

 A culpa foi do Palhina


Claro que foi, basta olhar para as botas para se perceber que é um infiltrado do SLB no clube da margem norte da 2.ª Circular. Não se percebe de que serve o Bruno no banco da equipa, apela a que o país resolva os problemas tirando o encarnado da bandeira, o porteiro de Alcochete proíbe  Ruiz de entrar com o seu Ferrari encarnado enquanto não lhe mudar a cor e deixa que o palhinha use botas que aprecem ter sido emprestadas pelo Benfica? Estava-se mesmo a ver no que ia dar, foi como se tivessem metido uma palhina no rabo dos adversários, só pararam dentro da baliza do SCP.

 Marques Mendes candidato a líder do PSD?

Mais do que um comentário político a sua última intervenção no tempo de antena da SIC Notícias foi a apresentação da sua candidatura à liderança do PSD.

 Der Spiegel



      
 A Fitch e o rating
   
«Vale a pena consultar o que a Fitch foi dizendo ao longo dos últimos dois anos sobre Portugal e os bancos portugueses para perceber a razão pela qual o rating da dívida pública portuguesa não seguiu a trajectória que, durante o ano de 2015, se esperava que viesse a ocorrer em 2016 e 2017. Não é porque este Governo existe, como Maria Luís Albuquerque afirmou num evento da JSD, é porque a verdadeira dimensão dos problemas e desafios no sector financeiro só se tornou conhecida após as eleições. A 25 de Setembro de 2015, a poucos dias das eleições, a Fitch dava um rating BB+ com outlook positivo à dívida pública portuguesa. Portugal, dizia a Fitch em comunicado, tinha a economia a crescer em linha com a média da zona euro, ia ter um défice abaixo dos 3%, o que permitiria sair do procedimento por défices excessivos, e apresentava um sector financeiro estável. O único risco era o adiamento da operação de venda do Novo Banco que criava “um risco elevado do Novo Banco ser vendido por menos do que o valor da sua capitalização (4,9 mil milhões de euros)”. Até na Caixa Geral de Depósitos o discurso do então Primeiro-Ministro era sobre o reembolso do dinheiro injectado pelo Estado, e não de qualquer necessidade adicional de capital. Ou seja, até às eleições, o que se discutia era quanto é que o Estado ia reaver do dinheiro injectado no sector financeiro, não quão mais é que teria de injectar no futuro. Desde então, tudo mudou.

O Banif, que a Fitch considerava estável, foi resolvido a 20 de Dezembro, menos de um mês após a tomada de posse do actual Governo.
Também em Dezembro, no dia 29, por determinação do Fundo de Resolução, o Novo Banco foi recapitalizado em mais 2 mil milhões de euros. Em menos de uma semana um banco tido como estável desapareceu e um banco tido como sólido e uma resolução tida como irrepreensível resultaram em algo que a Fitch classifica de “restricted default”. 6900 milhões de euros de capital depois, a melhor oferta pelo Novo Banco implica que o Estado tenha de pagar para vender. A estabilidade de Setembro de 2015 revelava-se, assim, uma ilusão. Isto teve impacto na credibilidade do país, levou a um ajustamento (em alta) da trajectória da dívida pública e, em março, a uma degradação do outlook do rating, que passou de positivo a estável. Desde então, e até ao presente, a Fitch diz que a situação melhorou. Sim, melhorou. É certo que a realidade é pior do que se esperava, mas, depois de desfeita a ilusão da saída limpa alimentada até às eleicões, os problemas têm sido enfrentados e estão resolvidos ou em via de resolução: o problema da recapitalização da Caixa foi resolvido, o BCP foi recapitalizado e as dúvidas em torno da estrutura accionista do BPI desapareceram. O maior problema, que vem de trás, e que a oposição não parece considerar ser um problema, muito menos uma prioridade, é a questão do crédito mal-parado, que a Fitch reconhece ser uma prioridade política do actual Governo. Uma solução sistémica para este problema parece ser, para a Fitch, um evento que melhoraria as perspectivas para a evolução do rating Português. Se tal vier a acontecer, será seguramente por causa de medidas do actual Governo, medidas que deviam ter sido tomadas no passado e cujo adiamento prejudicou o financiamento da economia portuguesa.

Ao contrário do que afirmou Maria Luís Albuquerque, a situação não se deteriorou face a 2015, deteriorou-se face previsto (e anunciado) até às eleições, mas está agora melhor face ao que a Fitch previa quando, em Março, já sem a ilusão da saída limpa, baixou o outlook da dívida portuguesa de positivo para estável. O sector financeiro está estabilizado ou em vias de estabilização. O défice, com ou sem medidas extraordinárias, vai ficar bastante abaixo do que a Fitch previa em Março, permitindo – finalmente - a saída do procedimento por défices excessivos. O emprego e as contribuições sociais crescem acima do que cresceram em 2015 e bastante acima do que a Fitch achava possível. A economia está melhor do que estava quando o actual Governo assumiu
funções: estava a desacelerar, baixando para 1.4% no segundo semestre de 2015, e agora está (em termos homólogos) a crescer acima do que cresceu em 2015 e a acelerar, terminando o ano a crescer mais do que os 1,6% do terceiro trimestre. A Fitch prevê que a economia cresça 1,5% em 2017, exactamente o mesmo que previa para este ano, em 2015, quando o outlook era positivo.» [Expresso]
   
Autor:

João Galamba.

      
 Estratégia manhosa de Arménio Carlos
   
«A CGTP defende que os acordos entre o Governo, o PCP e o Bloco de Esquerda (BE) estão "praticamente esgotados" e que são necessários novos compromissos na área laboral, sem os quais "a coisa pode complicar-se".

Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, diz que os compromissos assinados eram mínimos "porque não consideravam uma série de matérias fundamentais".

"Neste momento, em que os compromissos estão praticamente esgotados relativamente aos documentos que foram subscritos, entramos numa nova fase", afirmou Arménio Carlos, defendendo que o processo "tem de ser evolutivo e procurar ir mais longe".» [Público]
   
Parecer:

Ficou de fora do aumento do salário mínimo, tornando evidente que a sua agenda é mais ideológica e política do que laboral. Agora Arménio Carlos tenta conseguir por via dos acordos partidários o que recusa através da concertação social. Acontece que os acordos que diz estarem esgotados são para a legislatura e tanto quanto se sabe Arménio Carlos não foi uma das partes desses acordos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a postura da CGTP.»
  
 Tadinha...
   
«A líder do CDS considera necessário perceber como está a ser feita a consolidação orçamental, alegando que se assiste a "uma grande degradação dos serviços públicos com constrangimentos na Saúde e na Educação".

Falando após ter visitado esta manhã o Hospital de Aveiro, "que não tem investimento relevante deste o Euro", Assunção Cristas afirmou a preocupação do seu partido com "uma dívida pública muito elevada, a um juro de 4,2%, muito distante da Espanha, quando no Governo anterior as melhores emissões foram de 2,6%".

"Estamos preocupados. Certamente que a consolidação orçamental é relevante mas é preciso ver como é que essa consolidação é feita, e o que vemos é uma grande degradação de serviços públicos, como por exemplo os constrangimentos na saúde e na área da educação", disse.» [Expresso]
   
Parecer:

Deve estar esquecida de ter estado no governo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Assunção cristas se chegou a ler o famoso guião da reforma do Estado do seu amigo Paulo Portas.»

 Orgia pedófila na Igrejan Católica australiana
   
«Uma investigação formal aberta em 2013 a casos de pedofilia na Austrália recolheu testemunhos de que 7% dos padres católicos da nação cometeram abuso sexual de menores entre 1950 e 2010, um número que sobe para 40% dos membros da hierarquia da Igreja numa das congregações, a dos Irmãos de São João de Deus. Só entre 1980 e 2015, quase 4500 pessoas terão sido vítimas de abusos, aponta a Comissão Real para Repostas Institucionais ao Abuso Sexual de Menores.

A comissão, que está encarregada de investigar casos de pedofilia na Igreja Católica e em organizações não-religiosas, já tinha ouvido dezenas de testemunhas a relatarem os abusos sexuais sofridos enquanto crianças às mãos do clero, mas a verdadeira extensão do problema ainda não era conhecida até esta segunda-feira, quando a comissão divulgou pela primeira vez as estatísticas que já foram recolhidas ao longo da investigação formal.» [Expresso]
   
Parecer:

A Igreja Católica está-se destruindo com a pedofilia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»