sexta-feira, fevereiro 03, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
António Domingues

Parece que meses de confusão na CGD não serviram para nada.

«A decisão foi firmada esta manhã numa reunião dos juízes do Tribunal Constitucional: António Domingues e os membros da equipa que o acompanhavam na administração da Caixa Geral de Depósitos vão mesmo ser obrigados a apresentar naquele tribunal as declarações de rendimentos e património. Segundo adianta o jornal Expresso, os visados devem ser notificados desta decisão na quinta-feira.

António Domingues e os membros da sua equipa demitiram-se depois de semanas de polémica em torno da obrigatoriedade ou não da entrega das declarações de rendimentos. Domingues sempre se recusou a facultar os documentos, escudando-se no facto de não estar abrangido pelo estatuto do gestor público — que obriga à entrega — e sim estar a ser contratado ao abrigo de um regime de exceção aprovado por este Governo e que se aplicava apenas aos gestores da Caixa Geral de Depósitos. António Domingues afirmou mesmo que esta tinha sido uma condição para aceitar o cargo: “Entendo que o modelo da CGD devia ser alterado, com número relevante de não executivos que tenham experiência e não acredito que consiga atrair pessoas que fizeram o seu percurso e têm o seu património se esse património for parar aos tablóides”, afirmou, confirmando que “essas condições foram postas à cabeça”.

Ora, segundo o Expresso, o Tribunal Constitucional considerou que essa exceção só se aplicava aos salários dos administradores da Caixa, mas não à dispensa de apresentar as respetivas declarações de rendimentos e património, que agora terão de chegar ao Palácio Ratton.» [Observador]

 Jornalismo de referência ou jornalismo de merda?



Primeiro escrevem-se grandiosos artigos cheios de provas e até se reivindica a descoberta, um mês depois escreve-se o contrário. Entretanto, o trabalho sujo foi feito, a mentira teve direito a primeira página da edição impressa, a prova da mentira sai discretamente na edição online.

Micael Pereira e João Vieira Pereira, os grandes jornalistas autores do grande trabalho de descoberta optam agora pelo silêncio, quando o lógico seria serem os jornalistas que descobriram a tal prova que faltava no Caso Marquês a darem continuidade ao seu meritório trabalho de investigação.

      
 Nenhum país escapa ao furor de Trump
   
«Era suposto durar uma hora, mas ao fim de 25 minutos a conversa entre o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro australiano terminou. No que foi, para Trump “de longe, o pior telefonema de sempre”, o Presidente norte-americano e o líder australiano discutiram sobre o acordo entre os EUA e a Austrália para relocalizar refugiados, agitando as relações diplomáticas dos Estados Unidos com um dos seus parceiros mais estáveis.

Sem grandes surpresas, o balanço da conversa entre os dois líderes foi anunciado através do Twitter de Trump. Referindo-se, de forma errada, aos refugiados como “imigrantes ilegais” o líder norte-americano diz que irá estudar e rever o documento. Durante o telefonema, Trump, que se fez acompanhar por Stephen Bannon, conselheiro-chefe, terá dito ao primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull que era o pior telefonema que tinha tido com um líder internacional e só naquele dia já tinha falado com quatro, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, detalha o Washington Post. O telefonema aconteceu durante o fim-de-semana.» [Público]
   
Parecer:

Nem mesmo os mais firmes aliados do Reino Unido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Partido Trabalhista do RU tem assuntos mais importantes
   
«Mas a maior polémica relacionada com esta votação foi a que envolveu o Partido Trabalhista. Perante a notícia de que dezenas de deputados trabalhistas pretendiam votar contra a lei, o líder do Labour, Jeremy Corbyn, anunciou que iria impor disciplina máxima de voto a toda a bancada.

Reconheceu que para muitos deputados, eleitos por círculos maioritariamente a favor da permanência, é difícil aprovar um texto que abre caminho ao “Brexit”, mas defendeu que o partido não pode ser visto como estando a bloquear a vontade expressa pela maioria. “Temos de nos unir em torno dos assuntos mais importantes”, afirmou.» [Público]
   
Parecer:

Este Partido Trabalhista vai caminhando para a extinção.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Afinal o Caso Marquês está na mesma
   
«Hélder Bataglia, arguido no caso Operação Marquês, não fez qualquer acordo com o Ministério Público (MP) para incriminar Ricardo Salgado, afirmou esta quarta-feira ao Expresso o advogado de defesa do próprio, Rui Patrício.

Ao jornal, o advogado de defesa negou que tenha existido um acordo, “uma espécie de delação premiada”. “É importante que fique claro que isso não aconteceu”, insistiu. Rui Patrício negou ainda que Bataglia tenha feito um acordo com o MP para vir ser interrogado em Portugal, adiantando que tudo não passou de “um conjunto de notificações e de resposta a essas notificações”.

Além do mais, a lei portuguesa não permite acordos semelhantes aos de delação premiada que têm vindo a ser realizados entre o Ministério Público Federal do Brasil e um conjunto significativo de arguidos no processo Lava Jato.» [Observador]
   
Parecer:

Em vez de ser o Caso Marquês este processo devia ser o Caso Varina ou mesmo o Caso Fiscal de Braga.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Dizer não ao trumpete para embaixador na UE
   
«O Parlamento Europeu quer que a União Europeia considere Ted Malloch “persona non-grata” e não aceite a provável nomeação para embaixador na UE o homem que acredita no colapso do euro em breve. Deputados dos Socialistas e Democratas (S&D) e, também, do Partido Popular Europeu, pronunciaram-se contra a nomeação de Malloch, juntando-se ao repto lançado esta semana pelo socialista alemão Jo Leinen. O visado já respondeu dizendo que caso a sua nomeação seja vetada, isso será como “cuspir na cara” de Trump.

“A União Europeia deve recusar-se a acreditar o Embaixador dos EUA para a União Europeia, Ted Malloch”, afirmou Jo Leinen, membro da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu, em entrevista ao alemão Epoch Times. “O que não precisamos agora é de um obstrucionista que sonha com o fim do euro e que sonha com dominar e rebaixar a União Europeia como, alegadamente, diz que fez com a União Soviética”.» [Observador]
   
Parecer:

É óbvio que a Europa deve dizer não a esse asco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 A corrida às taxas turísticas chega ao Porto
   
«O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta quinta-feira que a cidade já está “amadurecida” para criar uma taxa turística, defendendo que deve apenas ser lançada no próximo mandato autárquico. “Não seria correto estar a lança-la agora”, a poucos meses de eleições e do fim do mandato, “mas acho que a taxa turística é um tema interessante para debater” com os candidatos à presidência da autarquia, afirmou o independente Rui Moreira esta manhã, no âmbito da 3.ª edição do Eco Talks, realizada no Porto.

Para o autarca, a receita dessa taxa turística deve porém ser utilizada “para diminuir o peso da pegada turística”, evitando assim que o turismo assuma proporções como em Barcelona, Espanha, ou na Mouraria, em Lisboa, “em que expulsou cidadãos”. Tendo já anunciado que se recandidata ao cargo nas eleições autárquicas que terão lugar no último trimestre do ano, Moreira destacou que a “Câmara tem de ter uma política ativa de habitação” que garanta aos seus munícipes continuarem a viver na cidade.» [Observador]
   
Parecer:

Será que o CDS que no governo se opôs às taxas e taxinhas vai concordar com elas no Porto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Assunção Cristas e a Pires de Lima.»

 Era virgem, sim senhor!
   
«As declarações da irmã Lucía Caram num programa de televisão geraram polémica em Espanha: a freira recebeu ameaças, foi repreendida pela hierarquia da Igreja e teve de pedir desculpa e esclarecer o que quis dizer. No fundo, a religiosa teve noção de que o seu ponto de vista poderia ser mal entendido, pelo que evitou dizer diretamente que Maria, mãe de Jesus, não era virgem.

"Acredito que Maria estava apaixonada por José. Acredito que eram um casal normal", começa quando questionada acerca da questão da virgindade de Maria, "um conto infantil que não é atualizado" nas palavras do apresentador do programa Chester in Love, do canal Cuatro, Risto Mejide. "Tinham sexo?", pergunta o anfitrião. "Bem, se digo que sim, caem-me todos em cima. Acho que é uma coisa normal num casal", defendeu, salientando que sabe que é uma questão "difícil de entender, de acreditar".» [DN]
   
Parecer:

Pois, e o sol anda à volta da terra.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
 O CC do PCP especializou-se em aeroportos
   
«O PCP sempre sustentou que, tal como é defendido num estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Alcochete é a melhor solução para construção de um novo aeroporto internacional.

O Campo de Tiro de Alcochete situa-se maioritariamente no concelho de Benavente, cuja autarquia é liderada por Carlos Pinto Coutinho (CDU - PCP e "Verdes"). Já a Câmara Municipal do Montijo é presidida pelo socialista Nuno Canta.


O membro da comissão política do Comité Central comunista considera que, "com a venda da ANA à multinacional francesa Vinci, que o Governo PSD/CDS concretizou, o Estado perdeu uma empresa cujos lucros permitiram durante anos o investimento nos aeroportos nacionais (Porto, Faro, Lisboa, Açores, Madeira), mas perdeu sobretudo o controlo público de um setor estratégico".» [DN]
   
Parecer:

Enfim, a dúvida está entre rir ou chorar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Opte-se por uma gargalhada.»
  
 Toda  agente acede aos dados do fisco
   
«Os administradores judiciais - responsáveis pelo andamento dos processos de insolvência- vão ter acesso às bases de dados do Fisco, Segurança Social e plataforma informática dos agentes de execução (os responsáveis pelas penhoras nas cobranças de dívidas) para acelerar os casos de insolvências nos tribunais. Os administradores passarão ainda a aceder à lista pública de execuções, onde estão descriminados os nomes de devedores sem bens penhoráveis.

Uma medida que, segundo o Ministério da Justiça, visa "agilizar as respetivas consultas contribuindo para processos de insolvência mais céleres e com informação mais rigorosa e exaustiva relativamente aos bens da massa insolvente". A proposta é consensual nesse sentido, mas gera algumas dúvidas no que respeita à forma ou vezes que estas entidades externas podem aceder a dados que são pessoais.» [DN]
   
Parecer:

As bases de dados do fisco, em que os cidadãos confiam, começam a ser acessíveis a cada vez mais entidades.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»