quinta-feira, maio 19, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Maria Luís, o traste de Massamá de saias

É preciso lata e não ter vergonha na cara para atirar para o actual governo as consequências do que sucedeu no BANIF, sugerindo que as coisas estavam bem. Esta senhora deve estar esqucida da manipulação criminosa das execuções orçamentais com recurso a retenções abusivas e oportunistas de reembolsos do IVA, com o objectivo de aldrabar as contas de 2015 e enganar os eleitores com a promessa do reembolso da sobretaxa.

«Maria Luís Albuquerque, deputada e ex-ministra das Finanças, considera que Portugal fez “um ajustamento imenso” e que teve medidas “absolutamente reais” e, por isso, quaisquer sanções por parte da Comissão Europeia seriam injustas. “Seria muito difícil explicar aos portugueses que afinal não chegaram”, defendeu a antiga ministra.

Em entrevista à Rádio Renascença, a social-democrata afirmou que caso Bruxelas imponha sanções a Portugal, isso será uma “injustiça”. “Acho que é uma injustiça que é cometida contra Portugal. Acho que é uma matéria em que a Comissão não deveria tomar essa decisão”, disse Maria Luís Albuquerque, justificando assim o envio de uma carta a Bruxelas, contestando possíveis sanções.

No entanto, a deputada, que gerou polémica ao aceitar trabalhar para a consultora Arrow, afirmou ainda que não sabe o que se passou no final do ano, altura em que o novo Governo tomou posse. “Esses dias fizeram a diferença, por exemplo, para a decisão do Banif, que faz aquela diferença de 1,4%. Sim, pode-se fazer uma contenção de determinados efeitos no final do ano ou a antecipação de determinados efeitos”, explicou a antiga ministra das Finanças.» [Observador]

 Lista de prioridades do Rui Vitória

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Há um site que informa cada um da sua posição na lista de prioridades do Rui Vitória. Quem não deve ter gostado nada é o Luís Filipe Vieira, presidente do SLB, ficou em 1854%, isto é, mais de 1700 lugares depois do homem das pipocas.

      
 Os contratos de associação, o Presidente, o Cardeal e, já agora, o Papa
   
«Existem problemas bem mais graves que aquele que ocupa a actualidade política há quase um mês: porque o Governo decidiu (e bem) não continuar a financiar alunos de colégios privados que operem em zonas onde existam vagas em escolas públicas, criou-se um alarme social que já mereceu referências (particularmente significativas e nada inocentes) do Cardeal Patriarca e do Presidente da República.   

Toda a polémica respeita a 3% (79 escolas, para ser exacto) de toda a rede de ensino privado, composta por 2.628 escolas. Mas rápida e maliciosamente foi apresentada como um ataque a todo o ensino privado. Estas 79 escolas propalaram a probabilidade falsa de virem a ser despedidos cerca de quatro mil professores, quando esse número representa a totalidade do seu corpo docente e o Estado já garantiu, reiteradamente, que nenhum aluno, de nenhum ciclo de estudos em curso, deixará de ser financiado.

Sendo certo que os contratos de associação sempre foram instrumentos sujeitos à verificação da necessidade de recorrer a privados para assegurar o ensino obrigatório, é igualmente certo e óbvio que sempre foram marcados pela possibilidade de cessarem, logo que desaparecesse a necessidade. Porquê, então, tanta agitação, apesar do senso comum apoiar a decisão e a Constituição e a Lei de Bases do Sistema Educativo a protegerem? Porque o corte futuro de cada turma significa 80.500 euros a abater ao apetecível bolo anual de 139 milhões; porque, a curto prazo, ficarão inviáveis os colégios que vivem, em exclusivo, da renda do Estado e dos benefícios fiscais decorrentes do estatuto de utilidade pública; porque, dor maior, muitos desses colégios têm projectos educativos de índole confessional católica.

Com este cenário por fundo, não retomo argumentos que estão mais que expostos. Prefiro recordar intervenções de diferentes protagonistas e, com elas, afirmar que será politicamente curioso seguir os próximos desenvolvimentos.

1. Atribuindo aos autores da medida “interesses alheios aos da comunidade”, dir-se-ia que Passos Coelho se viu retroactivamente ao espelho: quando administrou a Tecnoforma; quando se esqueceu de pagar à Segurança Social; quando violou continuadamente a Constituição, carta magna da comunidade que agora o preocupa; quando, por uma vez, quiçá a única, desobedeceu à Troika, que mandou, logo em 2011, reduzir os contratos de associação; quando promoveu políticas desfavoráveis aos interesses da comunidade, mas altamente convenientes aos interesses de alguns empresários do ensino, a quem, sem escrúpulos, anulou os riscos e engordou os proventos.

2. Conhecendo a hiperactividade do Presidente da República, olhando para a influência que exerceu no caso do novo modelo de avaliação, só os que acreditam no Pai Natal pensarão que Marcelo Rebelo de Sousa se contenta com um inocente desejo de diálogo frutuoso nos próximos dias. Esperemos que tenha agora a contenção a que o cargo o obriga e que não teve quando comentava, com erro, na televisão. Esperemos que saiba agora que 25% de todos os alunos do privado são subsidiados pelo Estado e que a rede pública reduziu 47%, no mesmo período em que a privada cresceu quase 10%.

3. O padre Manuel Barbosa, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, mostrou-se preocupado com a revisão dos contratos de associação e apelou à luta contra a medida que, segundo ele (mal informado) poderá significar o despedimento de 4.000 docentes. Idêntica preocupação, pelo mesmo motivo, exprimiu o Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente. Estranho não ter ouvido (admito que tenha sido distracção minha) nem um nem outro pronunciarem-se quando medidas do anterior Governo atiraram para o desemprego 28.000 professores do ensino público. Mas estranho mais que D. Manuel Clemente tenha amputado a dimensão espiritual da solidariedade quando afirmou que “solidariedade sem subsidiariedade, não o é de facto” ou, como diria qualquer laico menos erudito, “honraria sem comedoria é gaita que não assobia”. Já tínhamos políticos defensores do liberalismo subsidiado. Temos agora um dignitário da Igreja defensor da solidariedade, desde que subsidiada. E porque Sua Reverência citou o Papa, dizendo que ele disse que o Estado deve ser subsidiário do direito e da responsabilidade dos pais, relativamente à educação dos filhos, considerando que esse ponto é que é principal, permito-me ver de modo diverso e considerar, reverentemente, que o principal é o que o Papa recomendou às escolas católicas, aquando do seu último Congresso Internacional, depois de se ter afirmado envergonhado perante uma educação elitista e selectiva: “Saiam para as periferias. Aproximai-vos dos pobres porque eles têm a experiência da sobrevivência, da crueldade, da fome e da injustiça… O desafio é andar pelas periferias …”» [Público]
   
Autor:

Santana Castilho.

      
 JJ já não ama o pai sportinguista?
   
«O treinador Jorge Jesus afirmou, esta quarta-feira, que deverá continuar no Sporting na próxima temporada e destacou a “época fantástica” que a formação ‘leonina’ realizou, apesar de ter falhado a conquista do campeonato português de futebol.

A receção que a equipa teve em Alvalade depois do jogo de Braga mexeu muito comigo, até em relação a algumas ideias que podia ter. Essa receção foi importante para perceber que é com esta gente que tenho que caminhar”, afirmou o treinador português ao canal Sporting TV, dando a entender que se vai manter em Alvalade em 2016/17.
Após o último treino da época, Jesus destacou o crescimento da equipa e considerou que, apesar ter ficado no segundo lugar da I Liga, o emblema lisboeta terminou a temporada “noutro patamar”.

“Estes jogadores fizeram uma época fantástica. Só faltou serem campeões. Estivemos quase. Fomos à luta até ao fim. Foram 10, 11 meses em que a equipa cresceu muito. Sporting desta época deixou de ser o Sporting que chegava ao final do campeonato e não discutia nada. O Sporting está a afirmar-se”, frisou.» [Observador]
   
Parecer:

Pela suas declarações parece que o treinador do SCP está dizendo "agarrem-me, senão eu fujo", fica-se com a impressão de que tem vários convites feitos por clubes dispostos a pagar 10 milhões de indemnização, ou que só cumpre o contrato que o une ao clube que é seu patrão se assim o entender.

Não é a primeira vez que Jorge Jesus se comporta como se tivesse alternativa e o FCP de Pinto da Costa tem-no ajudado neste papel, mas a verdade é que não há conhecimento de um único clube que o tenha convidado.

Também é estranho que em vez das obrigações contratuais o treinador invoque a recepção em Braga, quando foi para o SCP era porque sempre foi SCP e porque isso fazia o seu pai feliz. Compreende-se que o amor aos adeptos já seja mais importante do que o amor paterno nas suas escolhas profissionais, por aquilo que se ia lendo nas redes sociais arriscava-se a começar a ouvir uns apupos na rua.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»