quarta-feira, janeiro 13, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Rouxinol-bravo (Cettia cetti), Jardim Gulbenkian, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Maria de Belém, a candidata que se atrasou a apanhar o comboio

Maria de Belém parece estar convencida de quem for mais vezes Jumento do Dia ganha as presidenciais e não á dia de campanha em que não nos brinde com as suas pérolas políticas, é caso para dizer que cada cavadela é uma minhoca. Agora chegou à conclusão de que Eanes, Soares e Sampaio apoiaram Sampaio da Nóvoa porque este candidato deu um golpe na fila e foi o primeiro a pedinchar-lhes o apoio. É uma chatice, da próxima vez não deve esperar pelo meio da campanha de umas legislativas para lançar a divisão, deve começar muito antes.

Cada dia que passa Maria de Belém vai revelando uma personagem política há muito escondida atrás daquele ar de santinha, afinal não lhe faltam truques e golpinhos e amos conhecendo uma personagem política bem mais velhaca e manhosa do que poderíamos supor. Mas que falta de grandeza...

«Surpreende-a, então, que os ex-Presidentes da República Mário Soares, Ramalho Eanes e Jorge Sampaio apoiem um candidato que não tem experiência política?

Não me surpreende porque foi uma decisão que tomaram muito antes de eu ter decidido candidatar-me.

Acha então que se se tivesse candidatado mais cedo eles teriam-na apoiado?

Eu não posso dizer o que é as outras pessoas fariam. Se a minha candidatura tivesse aparecido mais cedo… Agora, o que eu sei é que apareceu bastante mais cedo a candidatura que eles decidiram apoiar.» [Observador]
  
 Erro manhoso
  
Alguém que conhece os números disse aos jornalistas que a reposição do horário de 35 horas no Estado, pondo fim ao horário dos tempos do fim.-de-semana inglês, custaria mais de 200 milhões de euros e o Marcelo referiu a existência desse custo. É mentira que a medida tenha custos, a verdade é que nos últimos anos os trabalhadores do Estado foram roubados em mais de 200 milhões de euros só com esta medida.
  
Recorde-se que a medida foi implementada de uma hora para a outra e sem qualquer processo negocial, fundamentando-se numa mentira. Os trabalhadores do Estado foram tratados como escravos, a quem se pode aumentar o horário de trabalho sem qualquer processo negocial. É assim que foram e parece que é assim que continuam a ser tratados e é isso que explica que alguém se tenha enganado e em vez de dizer que houve um roube diz que vaio haver uma despesa.

 Sondagens nas presidenciais

O professor Marcelo gosta tanto de praticar desportos radicais que poupadinho como é decidiu aproveitar as sondagens para praticar queda livre.

 O candidato que gostaria de não ter apoiantes

Pobre Marcelo, cada vez que vem alguém de peso apoiar a sua candidatura perde votos, já tinha sucedido com Passos e Portas, depois veio o Durão Barroso, agora é o pequeno Rangel, mais dia menos dia ainda vai aparecer o Santana Lopes. Se os seus apoiantes se juntassem teríamos uma lixeira tóxica.

Diz o povo que "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és". Marcelo anda com o Ricardo Salgado, com o Passos Coelho, com o Durão Barroso, com o Paulo Portas, com o Cavaco Silva, enfim, anda mesmo muito mal acompanhado, e nem vale a pena falar de Marcelo Caetano com quem ele aprendeu a andar ou com Salazar de que ele bebeu o pensar.

      
 Vamos esconder as mulheres no Carnaval?
   
«Em 2007, Asmaa Abdol-Hamid candidatou-se ao parlamento dinamarquês. Usava hijab, que lhe escondia os cabelos e moldava a cara, vestes longas e luvas compridas. Apesar de tão blindada, proibia ainda qualquer contacto com os colegas de partido. Nem um aperto de mão. E tinha está frase honesta: "Eu não gosto da palavra integração."

Que partido medieval apoiava a criatura? A Aliança Vermelha e Verde, sociais-democratas de esquerda, trotskistas e ecologistas. Logo nessa altura, escrevi sobre a aberração. Muitos marcham só pelas ideias, mas alguns tem alguma história e juntam páginas lidas com vida vivida.

No início da década de 70, fui trotskista, militante da Ligue Communiste, francesa e, nessa altura, a mais influente organização europeia de extrema-esquerda. Fez algumas asneiras mas teve um mérito imenso: foi das organizações políticas que mais soube perceber o movimento feminista e contribuiu como poucas para os direitos das mulheres - certamente o mais fundo contributo da Europa moderna para a civilização. Em 2007, pensei como as minhas camaradas de 1971 enxotariam Asmaa do convívio de civilizados.

Em janeiro de 2015, nos liceus franceses houve um minuto de silêncio contra o ataque bárbaro a um jornal. Este tinha desenhado Maomé; e, em nome de Maomé, mataram-se 11 pessoas. No minuto de silêncio, em França, houve 400 incidentes provocados por estudantes que achavam que um desenho de Maomé justificava 11 mortos.

Meses depois, com os atentados de Paris, em novembro, novo minuto de silêncio nos liceus. Os psicólogos da Educação Nacional francesa fizeram este aviso: "Os professores não devem forçar todas as crianças e jovens a cumprir o minuto de silêncio, é preciso que digam àqueles que não queiram fazer o minuto de silêncio que não são obrigados e que podem fazer outra coisa." O quê? Manguitos aos fuzilados do Batclan?

De facto, os incidentes já não foram relatados, porque os jornais se cortaram, porque os conselhos dos psicólogos suavizaram a coisa, mas, sobretudo, porque estar numa esplanada e levar com um tiro na testa já foi percebido como uma coisa má, até por um jovem francês. Se, amanhã, os terroristas islâmicos fizerem o favor de entrar num berçário em Lyon e matarem 36 bebés atirando-os contra as paredes, o currículo de cidadania nos liceus franceses será, enfim, entendido por todos.

Entretanto, chegámos ao fim-de-ano em Colónia, Zurique e festas avulsas na Suécia. Tudo sabido a conta-gotas e com este medo que cresce: oh, como vai ser no Carnaval?... É um medo legítimo.

E nem tanto pelos energúmenos das festas. Destes, qualquer mulher sem taipais a andar nos passeios vizinhos à estação central de comboios de Bruxelas, capital da Europa, qualquer dia de semana, o sabe, é o seu quotidiano. Mas "o" problema não são eles.

O problema é a Europa. Esta é como os 400 dos incidentes do minuto de silêncio e os camaradas de Asmaa Abdol-Hamid: é estúpida. A Europa suicida-se devagarinho, até ser educada pelos radicais islâmicos que talvez lhe façam o tal favor de atirar bebés contra as paredes. Aí, talvez entenda. Mas, aí, talvez seja tarde.

A tempo, seria desprezar Asmaa; a tempo seria chamar os pais dos 400 que insultaram o minuto de silêncio e tirar-lhe os apoios sociais; a tempo seria expulsar de imediato os agressores expulsáveis.

A tempo, em nome dos europeus que cá estão e dos que chegam para se tornarem europeus, era dizer: por cá gostamos da palavra integração. E é assim, ponto.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Não há reversão nos subsídios aos colégios privados
   
«O Ministério da Educação (ME) indicou nesta segunda-feira, em respostas ao PÚBLICO, que “está a estudar o redimensionamento da rede do ensino particular e cooperativo, abrangida actualmente por contratos de associação, no sentindo de uma maior racionalização”, mas assegurou que garantirá “os compromissos já assumidos” no âmbito do financiamento do Estado aos colégios. Este estará assim garantido por mais dois anos lectivos, conforme estipulado pelo anterior Governo.

Foi uma das alterações concretizadas já em final de mandato. O financiamento, que era anual, passou a ser atribuídos por três anos, sendo também, pela primeira vez, os contratos atribuídos por concurso, um procedimento que foi concluído em Agosto e no qual foram garantidas verbas a 651 turmas de 81 estabelecimentos do ensino particular. Por cada turma com contrato de associação, nas quais tem de ser assegurado ensino gratuito, os colégios recebem, anualmente, 80.500 euros.» [Público]
   
Parecer:

Reversões, reversões negócios do ensino à parte.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Seis meses?
   
«PS, BE, PCP e Verdes querem repor as 35 horas semanais como período normal de trabalho na função pública, mas não concordam na data de entrada em vigor da lei: o PS aponta a meta de julho de 2016, “para dar tempo aos serviços para se adaptarem e arrumarem a casa”, mas os partidos mais à esquerda querem ver a lei em vigor “o mais rápido possível”. Por isso, sabe o Observador, as várias bancadas estão a negociar. Os projetos de lei vão ser discutidos esta quarta-feira no Parlamento e serão votados na sexta-feira, sendo que a ideia é viabilizar tudo e acertar depois agulhas na especialidade.

Ao Observador, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro, responsável pelo projeto de lei que deu entrada esta sexta-feira na mesa da Assembleia, explica que o facto de o PS remeter para julho a entrada em vigor da lei não é para adiar o objetivo de reposição das 35 horas na administração pública, é sim para “dar tempo aos serviços, desde escolhas a hospitais, para se adaptarem”. “Os serviços nunca conseguiriam em menos de cinco ou seis meses adaptar as escalas e os horários de trabalho, é preciso tempo para arrumar a casa”, diz, explicando porque a nova lei não pode ter aplicabilidade imediata.» [Observador]
   
Parecer:

Dizer que são necessários seis meses para arrumar a casa é gozar com a inteligência das pessoas, o governo anterior publicou em 29 de Agosto o diploma que determinou o aumento do horário de trabalho a partir de 1 de Outubro, isto é, um mês depois. Isto é, para aumentar o horário de trabalho bastou um mês de Setembro em que muitos dirigentes do Estado estão de férias, mas para repor a normalidade são necessários seis meses em que todos trabalham 40 horas!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Marcelo ajudaria a aprovar OE de 2016
   
«Marcelo Rebelo de Sousa disse esta tarde que caso o Orçamento do Estado para 2016 não estivesse aprovado quando tomasse posse "faria o possível e o impossível" para o ajudar a viabilizar. Numa intervenção de cerca de duas horas no Instituto Politécnico de Castelo Branco, o candidato presidencial disse também disse ser "absolutamente absurdo" admitir a "hipótese de dissolução da Assembleia da República".

O ex-comentador político disse esperar "muito sinceramente que o Orçamento do Estado para 2016 seja aprovado. Imagine-se o que era chegar ao verão com crise prolongada. Uma crise política em cima de uma crise financeira (...) teria preço brutal para o país".» [DN]
   
Parecer:

E ninguém o questiona sobre os seguintes, como fez a direita e Cavaco?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Marcelo se a sua promessa também é válida para 2017.»

 Governo "ajuda" a classe média
   
«O Governo vai atribuir incentivos e benefícios fiscais aos proprietários que reabilitem as suas casas para as arrendar por valores acessíveis à classe média, apurou o Económico.

Esta é uma das prioridades em que o Executivo está a trabalhar para dar uma solução de arrendamento à classe média e, simultaneamente, reabilitar o centro das cidades. E pretende ser mais “generoso” face ao que existe actualmente.

“A relação da reabilitação urbana com o arrendamento é um vector essencial de toda a estratégia que está a ser pensada” pelo Executivo, “prevendo-se soluções que satisfaçam as necessidades daqueles que, nos últimos anos, perderam o acesso a um alojamento condigno devido à redução dos seus rendimentos”, explicou ao Económico fonte oficial do Ministério do Ambiente que tem a tutela da reabilitação urbana.» [DE]
   
Parecer:

Digamos que o governo manteve a austeridade sobre a classe média para lhe devolver os cortes salariais, as cinco horas de trabalho e os dias de férias e ainda a sobretaxa sob a forma de benefícios fiscais aos senhorios que nada garante virem a ser repercutidos nas rendas. Digamos que a almofada financeira conseguida à custa dos quadros qualificados permite fazer maravilhas, como não é politicamente correto financiar a requalificação com a TSU recorre-se ao rendimento da classe média.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Voltam a ser servidos sapos em Belém
   
«Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República em final de funções, dá hoje posse aos cinco conselheiros de Estado eleitos pela Assembleia da República, numa cerimónia que decorre ao final do dia no Palácio de Belém. Carlos César (PS), Francisco Louçã (BE), Domingos Abrantes (PCP), Pinto Balsemão (PSD) e Adriano Moreira (CDS-PP) foram escolhidos pelos deputados como os representantes da Assembleia da República no Conselho de Estado, numa votação que decorreu a 18 de Dezembro.

Com 226 dos 230 parlamentares presentes, a lista A (PSD/CDS-PP) obteve 104 votos e a lista B (PS, BE, PCP) conseguiu 116, verificando-se ainda um voto nulo e cinco em branco.

Os cinco novos membros do Conselho de Estado são uma espécie de espelho da nova Assembleia da República resultante das eleições do passado dia 4 de Outubro: três dos nomes pertencem aos partidos de esquerda e dois são propostos pela direita.» [DE]
   
Parecer:

Este Cavaco ainda apanha uma indigestão de sapos antes de regressar para a Quinta da Coelha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aplauda-se.»

 A reversão da privatização dos transportes fica à borla
   
«As reversões das concessões de transportes, decididas na passada quinta-feira pelo actual Governo, prometem fazer correr muita tinta e levar os vencedores dos concursos a recorrer da decisão para os tribunais europeus, em Bruxelas, ou para o tribunal arbitral internacional, em Washington. No primeiro plano de discussão, está a cada vez mais provável intenção de os grupos privados internacionais afastados destes negócios irem recorrer para as diversas instâncias judiciais, exigindo ao Estado português reclamações pecuniárias por danos derivados da quebra dos contratos. 

Em segundo plano, diversas fontes do sector relembram que as subconcessões de transportes iriam poupar ao Orçamento de Estado cerca de 200 milhões de euros já este ano, não se sabendo agora de que forma é que o contribuinte português irá assumir este custo suplementar.

“Os custos desta reversão, para o Estado português, não se resumem à devolução da caução. Participámos de boa fé neste processo e investimos muitíssimo”, disse ao Diário Económico fonte oficial da Alsa, empresa espanhola pertencente ao grupo britânico National Express, que ganhou o concurso de concessão da STCP. Esta fonte não revelou os montantes de investimento aplicados neste processo da STCP e questionada sobre o valor que irá ser solicitado ao Estado português a título de compensação financeira, disse apenas que “está a ser avaliado”.» [DE]
   
Parecer:

O ministro do Ambiente garantiu que sim com base num argumento estapafúrdio, veremos brevemente se tinha razão pois isto mais parece o caso Doyer do SCP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 Diz o roto ao nu
   
«“Os seus adversários, à falta de melhor argumento, procuram explorar um suposto perfil psicológico de Marcelo”, algo que, defende na sua cronica no Público, é “muito ostensivo no argumentário de Maria de Belém e omnipresente no discurso de Sampaio da Nóvoa,”. Isto, refere, prova a diferença “abissal de estatura política que têm para Marcelo”.


O social-democrata considera, ainda, que o centro-esquerda, ao deixar de parte os seus melhores, como António Guterres ou António Vitorino, “enfraqueceu substancialmente a possibilidade de ter êxito na eleição presidencial” e coloca o professor a “léguas de distância de todos os restantes concorrentes”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Ler esta pequena personagem falar de estatura políticas só pode dar vontade de rir.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 A Madeira já não é o que era
   
«A estátua de Cristiano Ronaldo foi vandalizada durante a noite desta segunda-feira. A réplica do futebolista do Real Madrid colocada na Avenida Francisco Sá Carneiro, no Funchal, e inaugurada a 21 de dezembro de 2014 foi pintada em tons vermelhos e foram colocados o número 10 e o nome de Messi na camisola. Neste momento, segundo o Diário de Notícias da Madeira, a estátua já está a ser limpa.

Atos que aconteceram horas depois da atribuição da quinta Bola de Ouro ao jogador argentino do Barcelona, Lionel Messi. O prémio foi entregue na tarde de segunda-feira, na Gala da Bola de Ouro da FIFA, em Zurique, na Suíça. O argentino sucedeu a Cristiano Ronaldo, que também era um dos três finalistas deste ano, a par com o brasileiro Neymar.» [DN]
   
Parecer:

Estamos perante um crime grave contra a Madeira, só pode ter sido obra de cubanos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

   
   
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