quarta-feira, outubro 14, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto dos amigos do Jumento


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Grafitti, Montreal, Canadá
  
 Jumento do dia
    
Maria de Belém

Maria de Belém está mesmo convencida de que vai disputar a vitória nas presidenciais ou da presidência ela só tem o apelido?

Para quê votar em Belém para Belém se Belém sempre esteve e vai continuar em Belém?

«Maria de Belém recusa que a eleição presidencial já esteja ganha por quem quer que seja. Numa referência indireta a Marcelo Rebelo de Sousa. “Numa República democrática não há coroação nem nomeação para a Presidência. Há eleição. E eu candidato-me para disputar a vitória”, afirmou no discurso com que apresentou oficialmente a sua candidatura à Presidência da República, esta terça-feira de tarde, no Centro Cultural de Belém.» [Expresso]

 O algodão não engana

O último grande argumento em defesa de um governo de direita que governe com um programa rejeitado por mais de 60% dos portugueses é a queda do PSI20 na bolsa de Lisboa, uma bolsa que, como todos sabemos reflecte a realidade da nossa economia. E que empresas deram um tombo? Pois, foram os bancos. E que bancos deram esse tombo? O Millennium e o BPI, caíram quase 10%.

Haverá alguma racionalidade no comportamento dos accionistas destes bancos que perante a declaração da Catarina Martins de que o Passos já era? Aparentemente não, a direita empenhou-se em que os eleitores do PS votassem na Catarina, mesmo sabendo das suas propostas de reestruturação da dívida e de nacionalização da banca.

É evidente que os accionistas não receiam uma nacionalização da banca, o que eles receiam é o fim de uma política de austeridade onde são os funcionários públicos e a generalidade dos trabalhadores a financiar a recuperação dos bancos. É o fim do "ai aguentam, aguentam!".

É caso para dizer que o algodão não engana e os accionistas destes bancos sabem muito bem que se for o sistema financeiro a suportar os custos das suas diatribes no BES e não tiverem um governo que promova uma transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos e, designadamente, para os banqueiros, estes bancos valem muito menos do que aquilo que de forma artificial conseguem capitalizar na bolsa.

 Ó Elizabete Tavares!

De repente senti algo nos dois olhos e quando fui ao espelho qual não foi a minha surpresa, a Elizabete Tavares do Expresso online as meter-me os dedos pelos olhos, ainda bem que a senhor só tem dois braços pois nem quero imaginar até a onde a senhora poderia ir com aquilo que escreve.

Informa-nos a diligente proletário por conta do Balsemão em título que "Ações descem e juros sobem com medo de um Governo de esquerda", um título que quase me ia deixando mais borrado do que aquilo que vemos com a direita a recear o regresso dos come-meninos. Mas ainda bem que como no tempo do fascismo temos de saber ler o Expresso. Dantes o Expresso iludia a censura deixando caixas em branco, agora tenta deixar a cabeça dos leitores em branco recorrendo aos título.

Ao que parece ainda há por ali alguns complexos de honestidade, pelo que temos de descodificar as notícias. A rapariga continua insistindo e diz-nos que "A bolsa portuguesa está em queda e os juros da dívida soberana sobem ligeiramente no mercado secundário, perante a perspetiva de vir a tomar posse um Governo de esquerda". Condiz com o título.

Prosseguimos a leitura e no parágrafo seguinte a coisa muda de figura:

«O PSI-20 desliza 2% depois de já ontem ter fechado em queda. As ações dos bancos são as mais penalizadas bem como a Pharol, que foram os títulos que mais subiram nas últimas semanas. O BCP cai 7,8% e o BPI 4% e a Pharol desliza 6%.

Mas a Bolsa nacional também é afetada pela descida das pares europeias, que seguem a tendência já registada na Ásia. Novos dados negativos na China reforçam receios sobre o crescimento da economia a nível. Mundial.

Os investidores aproveitam para vender e realizar lucros depois das subidas fortes registadas recentemente em diversos títulos e praças financeiras.»

Afinal a culpa já não e do Costa e do seu esquerdismo, o PSI desliza em linha com a Europa e as empresas que mais descem são precisamente aquelas que mais dependem das decisões governamentais. Há aqui qualquer coisa de errado, então o Pires de Lima diz que não se mete nas empresas e são estas que entram em pânico com a hipótese de terem de ter um governo que as apoiem? Curioso.

Então como explicar o pânico e brutal aumento dos juros da dívida soberana coisa que como se sabe nunca acontece a não ser que se aproxime um governo inimigo? A explicação é-nos dada por um tal Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB Portugal, que ninguém sabe muito bem quem é. Já imagino a Elizabete ao telefone "Ó Ricardo explica aí porque e que os mercados não querem o Costa!".
  
Ainda há poucos dias o Ricardo estava muti tranquilo porque o dono de Portugal é o tio Cavaco:

«Ontem António Costa encetou conversações com o PCP e o partido de Jerónimo de Sousa mostrou-se disponível para permitir a formação de um governo de esquerda com a liderança do PS. Para já, os investidores não mostram preocupação, acreditando que Cavaco Silva apenas permitirá um governo que honre os compromissos assumidos pela República, sendo que os partidos mais à esquerda do PS terão dificuldade em aceitar temas que constam do programa do segundo partido mais votado. Por isto, as yields da dívida a 10 anos seguiam a negociam em queda, abaixo do fecho de ontem Sessão Asiática» [Informa D&B]

Parece que o Ricardo conclui que foi o António Costa que adoptou o programa do PCP e o Cavaco nada pode fazer a não cer alguma cena com a dona Maria.
  
Estamos informados, esclarecidos e cheios de medo da esquerda, ao que parece os mercados preferem a direita, nada de admirar, eu também prefiro as jornalistas honestas e elas são cada vez mais escassas. Paciência.
  
 O provedor dos eleitores do PS

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Fez grandes progressos, a última vez que o vi em Portugal estava nos Açores servindo à mesa.

 Documento facilitador

Quando o PS apresentou os seus cenários macroeconómicos a direita exigiu que os mesmos passassem pelo crivo do Conselho Superior de Finanças Públicas e pela UCTAD. Agora adoptam-se medidas com um impacto financeiro aparentemente maior e não se fazem contas? Ou o governo perdeu a cabeça ou está negociando de má fé.

 O provedor dos eleitores do PS

A direita adora a Catarina Martins, o PCP já não ajuda a direita a estar no poder, a Playboy vai deixar de publicar imagens de nu integral, como será que isto vai acabar? É o mundo de sonho de Cavaco Silva que se está a desmoronar.

 Pescada no Facebook

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Aqui

      
 Que Cavaco não empurre para o sucessor
   
«Quentinhos nos 15 por cento da sua zona de conforto, o PCP e o BE eram felizes com o subsídio, em cada eleição, de 30 deputados (os dois somados). Feliz, ainda, a direita, à qual convinha que esse total continuasse a fragilizar o PS, a única esquerda disposta a governar. O 4 de outubro deu cabo dessa modorra. Porque a coligação só teve maioria relativa; porque anos de cumplici-dade escondida com o PCP adormeceram no PSD e no CDS o instinto de sobrevivência; porque este (o instinto de sobrevivência) soou forte no PC, por causa do BE; porque o PS tem António Costa, que há muito aposta em libertar o tal gueto dos 15 por cento... - eis os acasos felizes, para uns, ou a tempestade perfeita, para outros, destas eleições. E mais isto: a soberba do PR. Na véspera dos portugueses votarem, Cavaco disse que sabia "muito bem aquilo que irá fazer" e que era "totalmente insensível a quaisquer pressões". Como se a sua função não fosse, exatamente, ser sensível à pressão do portugueses, sobretudo a eleitoral. Cada voto exprimiu o que cada respetivo eleitor português quis - e só isso! É abusivo interpretar vontades coletivas de "maioria de esquerda" ou qualquer outro tipo de aliança. O que há a reter é que, voto a voto, vontade a vontade, há uma repartição parlamentar prenhe de várias possibilidades. Todas legítimas. Os partidos que as pensem e Cavaco não as empurre para o sucessor. Entretanto, a vida política está hoje mais livre e inteligente.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Mais uma herança da incompetência deste governo
   
«No contrato de venda, o Executivo comprometeu-se a reestruturar a dívida de curto prazo da transportada TAP, como prevê o contrato ao consórcio Gateway. No entanto, quatro meses depois ainda não há solução.

O Estado não está a conseguir, junto dos bancos credores, reestruturar os prazos da dívida bancária de 647 milhões de euros acumulados pela TAP, avança a TVI.

Para que a privatização avance e a companhia aérea seja vendida é necessário que o Estado corresponda a este requisito. Contudo, os bancos estão receosos, principalmente por terem em conta a incerteza em torno da formação de governo.

O consórcio liderado por David Neeleman e Humberto Pedrosa assinou o contrato de venda da participação de controlo da TAP que prevê que no espaço de um ano o Estado promovesse o prolongamento mas ainda não há acordo com a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o BIC e o Deutsche Bank.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Mais um buraco para outros solucionarem, à medida que passam os dias o país vai-se apercebendo da verdadeira herança deixada pela direita e que foi encoberta nos últimos meses.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Denuncie-se.»
  
 Quem abateu o avião da Malásia
   
«O presidente da Autoridade de Segurança Holandesa, Tjibbe Joustra, começou por dizer que o míssil foi disparado numa área de 320 km quadrados no Leste da Europa, mas sublinhou que a sua agência não tem autoridade para investigar se essa área era naquele momento controlada pelo Exército ucraniano ou pelos combatentes rebeldes pró-russos — essa investigação está a ser feita num inquérito criminal paralelo e os resultados deverão ser apresentados no início do próximo ano. Mas mesmo essa investigação muito dificilmente será clara, porque o sistema Buk é usado tanto pelo Exército russo como pelo Exército ucraniano.» [Público]
   
Parecer:

Quem teria mais a ganhar, os extremistas ucranianos que esperavam um conflito do Ocidente coma inimiga Rússia ou Putin que não tinha qualquer interesse nisso?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adivinhem.»

 Este MP parece estar à margem da lei
   
«Os juizes desembargadores que analisaram o recurso entendem que o despacho do Tribunal do Central de Instrução Criminal que decretou a penhora dos bens de Morais Pires padece de uma nulidade insanável. Isto é, a promoção do Ministério Público aceite pelo juiz Carlos Alexandre verificou-se antes do ex-braço direito de Ricardo Salgado ter sido constituído arguido – facto que contraria o Código de Processo Penal no entender da Relação de Lisboa.

O despacho está a ser analisado pelo Ministério Público de forma ser ponderado um eventual recurso para o Tribunal Constitucional – última instância de recurso neste caso concreto.» [Observador]
   
Parecer:

Não acerta uma em matéria de respeito da lei que supostamente deve fazer cumprir.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 O poder a troco de nada
   
«IVA da restauração, IRC, quociente familiar, salários da função pública e feriados são assuntos que separam a coligação e o PS, mas não entram nas propostas para um entendimento que a direita mandou para o Largo do Rato. Do que está no “documento facilitador de um compromisso” percebe-se que a coligação, para já, pouco mudou em relação ao que dizia antes das eleições: pega em ideias do PS que já tinha elogiado, noutras que encaixam nas linhas orientadoras da direita, e deixa cair alguns temas que já vinham perdendo força no seu discurso nas últimas semanas. Mas cedências de monta quase não há – as questões em que PSD e CDS mais se aproximaram do PS são a aceitação de um futuro Ministério da Cultura (com impacto sobretudo simbólico) e a concordância com a reposição do valor de referência do complemento solidário para idosos (que se contrapõe à insistência da coligação nas pensões mínimas, sociais e rurais).» [Expresso]
   
Parecer:

Quando é o Expresso a dizer isto percebe.-se que Passos Coelho só sabe negociar de má fé.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o rapaz à bardamerda.»

 Uma boa pergunta ao Marcelo
   
«"Não posso ser mais sincero. Para já, o tempo para pensar não tem sido muito e mesmo que conseguisse pensar muito, acho que ainda não tinha conseguido chegar a nenhuma conclusão porque eu ainda não sei o que é que ele pensa do exercício da função presidencial. Por exemplo, eu gostava imenso de o ouvir dizer o que faria no lugar de Cavaco Silva agora. Nomeava Pedro Passos Coelho ou não? Ou dava posse a António Costa?", questionou Santana Lopes.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

parece que Marcelo ficou mudo depois da festa de despedida da TVI.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

   
   
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