domingo, setembro 06, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Oceanário Pingo Doce, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho, cata-vento presidencial

Agora que Rui Rio já fala em apresentar ou talvez não apresentar uma candidatura presidencial Passos Coelho olha para o cata-vento e talvez por achar que desse lado há menos vento já equaciona um apoio a Marcelo. Compreende-se, Marcelo tem sido um dócil apoiante de Passos Coelho, enquanto Rui Rio prefere jogar com um pau de dois bicos, se Passos Coelho sobreviver candidata-se a presidente, se Passos Coelho se queimar dá as presidenciais pro perdidas e quer substituir Passos Coelho.

No meio disto tudo o cata-vento acaba por ser o próprio Passos Coelho e mesmo assim não parece saber de que lado sopra o vento. Ou será que depois de negociar a candidatura com Rui Rio o líder do PSD usa o professor Marcelo para limpar a candidatura de Rui Rio do efeito Marco António?

«Primeiro recusou apoiar um candidato que seja “um cata-vento de opiniões”, classificação que Marcelo Rebelo de Sousa encaixou como sendo dirigida a si. Depois foi recusando falar de presidenciais, mas agora parece existir uma aproximação da relação entre o primeiro-ministro e o professor, possível candidato a Belém. O Expresso diz que Passos não recusou a possibilidade de um apoio e ao Observador Marcelo sorri com a hipótese.

O semanário (edição impressa) dá conta que as relações têm vindo a ficar menos frias entre os dois e relatam uma fonte próxima do primeiro-ministro que diz que este “nunca mostrou ter sobre o assunto uma posição fechada ou alicerçada no preconceito”, dando a entender que a possibilidade de um apoio a Marcelo não tem a porta fechada.

Marcelo Rebelo de Sousa prefere não comentar, mas em conversa com o Observador não deixa de sorrir com a “boa notícia”. O comentador fica por aqui na reação à notícia de que afinal ainda nem tudo está perdido no que aos apoios do partido diz respeito.» [Observador]

 Sugestão

Agora que parece haver uma vaga em Évora pode ser que o MP mande para lá o Marco António.

 Egipto: seis meses de prisão por dançar como Shakira


      
 Passos Coelho escondido com Gato de fora
   
«Passos Coelho não quer ser entrevistado por Ricardo Araújo Pereira. Ohhh... Eu gosto de ver todo o mundo entrevistado pelo RAP, sobretudo quem oferece maiores promessas de se espalhar. Se fosse generoso, Passos aceitava o convite. Mas isso é não entender como funcionam os políticos. Um político nunca falha, quando precisa de mim, aparece. Não quando eu preciso dele. O que me leva a pensar: o que leva Passos a não precisar de me dar uma entrevista dele ao RAP? Se calhar a resposta está no espelho dessa pergunta: o que me leva a precisar de Passos numa entrevista do RAP? Esta, sei, duas dúvidas: 1) os cantos de boca caídos, botox mental para ter pose grave, e 2) os olhos que se esvaziam à medida que a voz se torna colocada. A primeira, julgo, é a forma de ele passar por estadista - certamente acentuou os cantos bucais na célebre madrugada de Bruxelas em que ele salvou a Europa com uma ideia. Uma ideia! - os portugueses são sempre assim, lá fora são capazes de coisas que nunca suspeitámos neles, cá. A segunda, julgo também, é a luta de contrários neste homem sem estados de alma: a dialética entre a falta de luz no olhar e o quente da voz. Trabalhar as pregas vocais sempre foi mais fácil do que animar um olhar. Essas duas suspeitas que tenho sobre Passos Coelho sei que tiraria a limpo ao vê-lo falar com o RAP. Mas, pronto, não vou ter essa oportunidade. Vou ter de ler o programa da coligação, mas duvido que aborde essas questões.» [Diário de Notícias]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 E eu a pensar que ela só queria dar nas vistas
   
«À pergunta sobre a intenção política de surgir sem roupa e a exibir a sua gravidez na capa de uma revista, Joana Amaral Dias responde com outra questão: “Porque não?”

Indignada com as interrogações dos jornalistas – ainda que reconheça que “não são uma surpresa” -, a cabeça de lista por Lisboa da coligação Ag!r/PTP/MAS assume ao PÚBLICO que se tratou de uma “decisão pessoal” na “plenitude da mulher e da candidata, que são uma só”, e atira-se à “hipocrisia” da comunicação social e de “muitas pessoas que se dizem libertárias e de esquerda”.  

“As minhas intenções foram mostrar que a comunicação social é capaz de passar como cão por vinha vindimada pelos programas e propostas eleitorais [dos pequenos partidos], mas depois não larga o osso” quando um candidato assume uma atitude inédita como a sua. A candidata tornou-se a primeira política portuguesa ao posar nua com o companheiro na capa de uma revista que foi para as bancas a um mês das eleições legislativas.» [Público]
   
Parecer:

Enfim, um dia destes ainda vamos ver o Jerónimo de Sousa a fazer-se fotografar na Praia do Meco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Santana Lopes já apresentou a factura
   
«É o duelo previsível na capital em 2017: Fernando Medina contra Pedro Santana Lopes. O cenário tornou-se mais provável desde que, há pouco mais de uma semana, o antigo presidente da Câmara de Lisboa anunciou que não seria candidato a Presidente da República. Continuará, para já, como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa — lugar que lhe dá palco e o mantém no terreno, deixando-o em boa posição para uma futura campanha eleitoral para os Paços do Município.

Logo que Santana começou a dar sinais de querer entrar na corrida a Belém, foi alertado por alguns conselheiros de que esse seria terreno muito adverso — sobretudo, por já estar marcado por Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio —, aconselhando-o, em alternativa, a concluir o mandato na Santa Casa, e reservando-se para as autárquicas, onde teria boas hipóteses de derrotar o recém-chegado Medina. Agora que Santana abdicou oficialmente da disputa presidencial, esse cenário volta a estar em cima da mesa. As pressões dos seus conselheiros e do partido a nível local já se fazem sentir. A ausência de uma alternativa óbvia ou forte, ajuda.» [Expresso]
   
Parecer:

O ideal era ficar na Santa Casa até às autárquicas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

   
   
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