segunda-feira, setembro 14, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do dia
    
Jerónimo de Sousa

Quanto tempo vai tardar Jerónimo de Sousa a pedir descuklp+a às vítimas?

«Seguranças da festa do "Avante!" terão espancado e sequestrado participantes no evento comunista. As denúncias feitas ao Expresso, e publicadas na edição impressa que está desde ontem nas bancas, conta as histórias de seis pessoas que alegam ter sido vítimas de "violência gratuita", "vendadas", "sequestradas" e "sufocadas com uma corda".

A PSP conta já com dez queixas, feitas nas últimas duas edições, e sabe que existem mais vítimas, no entanto, ainda não formalizaram a denúncia. Dois dos casos mais graves estão a ser investigados pela Polícia Judiciária.

Um dos casos revelado ao Expresso, é o de um cidadão espanhol, de 34 anos, que se queixa de ter sido levado por um grupo de três seguranças depois de estar, num local isolado, a beijar um homem. Segundo este ativista galego, os seguranças, todos voluntários do partido, disseram-lhe que estaria a fazer "algo proibido".» [Expresso]
  
 Quem trouxe a Troika?
  


 A Rua Abade Faria

A Rua Abade Faria é mais referida todos os dias pela CM TV do que a Downing Street é referida na comunicação social britânica, mas os jornalista que só não disseram quantos bidés há na casa que designam por "prisão de luxo" de José Sócrates esqueceram-se de nos dizer quem afinal foi o Abade Faria (ver Tertúlia Bibliográfica) que deu nome à rua mais famosa e visitada do país.

«Filho de Caetano Vitorino de Faria e de sua mulher Rosa Maria de Sousa, ambos goeses católicos, os quais mais tarde se separaram e tomaram Ordens.

Chegou a Lisboa em 1771 e a Roma em 1772. Nesta última cidade esteve até 1780, formando-se em Teologia e recebendo as ordens de sacerdote.

Pertenceu ao grupo dos conspiradores que tentaram derrubar o regime português em Goa em 1787. A chamada Conjuração dos Pintos foi denunciada e exemplarmente reprimida pelas autoridades portuguesas. Faria apressou-se a ir para a França em 1788. Defensor da Revolução Francesa (1789), comandou em uma das secções que, em 1795, atacaram a Convenção Nacional. Foi professor de Filosofia nos Liceus de Marselha e Nîmes.

Iniciado na prática do magnetismo animal por Amand Marie Jacques de Chastenet de Puységur o marquês de Puységur, no ano de 1813 abriu em Paris um gabinete de magnetizador. A prática de hipnose por sugestão trouxe-lhe uma enorme clientela e uma pronta reação de descrédito, sendo rotulado de maníaco e bruxo.

Os últimos anos da sua vida passou-os como capelão de um convento.

Como cientista demonstrou o carácter puramente natural da hipnose, tendo sido ele o primeiro a descrever com precisão os seus métodos e efeitos. Soube antever as possibilidades da sugestão hipnótica no tratamento das doenças nervosas.

Uma versão ficcionada sua é uma personagem do romance O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas.

Tem uma rua com o seu nome no Areeiro, em Lisboa.»
  
Agora vamos ver se há alguma relação entre o apoio de Sócrates a António Costa e a origem goesa do Abade faria ou se haverá alguma relação entre conspiração designada por Conspiração dos Pintos e o ódios dos magistrados ao Pinto de Sousa. Aqui ficam as pistas para o pessoal do CM desenvolver e ter com que entreter os telespectadores enquanto nenhum empregado da Telepizza pata à porta do 33.
  
Curiosamente o Abade Faria foi escolhido para personagem principal do "Conde de Monte Cristo", juntamenete com "Os três mosqueteiros" uma das mais conhecida obras de Alexandre Dumas. Lendo a Wikipédia sabemos que:

«Edmond Dantés, um audacioso mas ingênuo marinheiro, é preso sob falsa acusação, em 1815, por ter ido à Ilha de Elba, onde teria recebido uma carta de Napoleão em seu exílio. Na verdade, era vítima de um complô entre três pessoas interessadas:


  • o juiz de Villefort, filho do destinatário da carta de Napoleão, que, mesmo atestando sua inocência, quis silenciá-lo;
  • seu amigo, Danglars, que desejava o posto de capitão do navio, já que Dantés recebeu o posto por mérito, e
  • Fernand Mondego, catalão interessado em Mercedés (noiva de Dantés), que invejava Dantés por ser o alvo de seu amor, tornando-se o futuro marido da catalã (que, porém, nunca o esqueceu).
Após muito tempo, na prisão do Castelo de If, Edmond consegue fugir, angariando uma grande fortuna. Fá-lo com a ajuda de um amigo, vizinho de cela, o abade Faria, um preso político que lhe indicou o local do tesouro do Cardeal Spada, além de tê-lo educado por vários anos sobre diversas artes e ciências (química, esgrima, línguas e história em geral). Mesmo não acreditando muito, Edmond investe na aventura e confirma a história de seu velho amigo de prisão, tornando-se milionário. Até lá, sobrevive trabalhando com piratas, incluindo Jacopo, marinheiro do navio "The Young Amelia". Junta ao seu séquito, o corso Bertuccio e a princesa grega, Haydée, cujo pai, o sultão Ali Paxá, foi destronado.»



O Abade Faria da obra é um padre italiano condenado por conspiração política e que se dedicava à hipnose, tal como sucedeu com o nosso Abade Faria, a personalidade que inspirou Alexandre Dumas. Curiosamente uma das citações mais famosas do filme inspirado na obra é quando na prisão quando o Abade Faria morre:

«Esta é sua lição final:
- Não cometa o crime pelo qual cumpre sentença. Deus disse: A vingança é minha.

Edmond responde:
- Eu não acredito em Deus.

Abade:
- Não importa...ele crê em você.» [Youtube 51:48]

Enfim, coincidências, o Alexandre que se cuide e o Rosário que vá ler o livro, talvez o ajude na sus mega investigação Às obras pública construídas depois do castelo de Guimarães.

 Gozando com quem enganou

Passos Coelho sabe muito bem que os lesados do BES recorreram aos tribunais e os seus advogados têm tomado posições na comunicação social, sabe igualmente que a estratégia do governo e do Carlos Costa para enganar os portugueses tem sido remeter para o banco mau ou para os tribunais todas as dívidas de que podem livrar o Novo Banco de forma a valorizá-lo, sabe também que com a justiça portuguesa a maioria dos lesados já estarão enterrados quando um tribunal decidir o que quer que seja.

Passos Coelho gozou com aqueles que enganou ou ajudou a enganar quando lhes disse que podiam confiar na solidez do BES, quando tinha esperança de iludir os mercados com um aumento do capital do banco.

 Ainda porque mal perguntem

Porque será que Paulo Porta é um rapaz tão vaidoso ao ponto de mudar de roupa três e quatro vezes ao dia. Anda, anda e ainda quebra o celibato antes de voltar a estar num governo.
  
 Até onde se despia para ser deputada?

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Um dia destes os tempos de antena vão ter de exibir uma bolinha e um aviso para os sustos que as criancinhas podem apanhar.

Só umna pequena dúvida: o Ag!r ainda estar a a tempo de mudar o nome para Desp!r?

      
 Agora um peditório
   
«Pedro Passos Coelho não para de surpreender. Ontem, de visita a um mercado de pré-campanha eleitoral, viu-se cercado e insultado por um grupo de lesados do BES. A cada passo lá ia explicando que nada tinha que ver com o assunto, que não era problema dele nem do governo que lidera, que não pode fazer patavina para minimizar as perdas daqueles aforradores porque isso é coisa para ser tratada pelos tribunais. Acossado, apertado, castigado, lá acabou por assumir um compromisso perante quem se lamentava por não ter dinheiro para financiar um processo contra o banco: "Organizarei uma subscrição pública para os ajudar a ir a tribunal." A demagogia, de facto, não tem limites. Um primeiro-ministro não é provedor da Santa Casa nem presidente da Cáritas ou do Banco Alimentar. Não lhe compete ser promotor da caridadezinha ou de exercícios de crowdfunding que têm por único objetivo servir-se do desespero alheio à procura de votos. Não se tivesse Passos Coelho demitido das suas funções, isto é, de resolver os problemas que afligem a comunidade, e, provavelmente, o Novo Banco já estaria vendido. Na verdade, o primeiro-ministro e líder da coligação Portugal à Frente, que nunca hesitou em tomar decisões que puniram o país, lavou as mãos como Pilatos da decisão política mais importante do último ano. Escondeu-se atrás do Banco de Portugal (BdP), o regulador, ao qual delegou o papel de tratar dos negócios. E com isso quis desresponsabilizar-se das suas consequências. Na verdade isso não acontecerá porque os efeitos que a operação vier a ter na derrapagem do défice público não deixarão de lhe ser assacados. Aquilo que Passos Coelho devia ter dito, é também para isso que é primeiro-ministro, é que fará tudo o que esteja ao seu alcance para que o BdP e a CMVM se entendam para acudir a esta gente, garantindo-lhes o acesso universal à justiça. Mas não, optou pela demagogia e pelo eleitoralismo mais básico, que já lhe vimos, aliás, na campanha de 2011. Que não cortava salários nem pensões e que não aumentava impostos. Os mercados eram os mesmos, os eleitores porventura também. Passos promete pois, a título pessoal, contribuir com dinheiro seu para financiar as custas judiciais de eventuais processos que venham a existir. Ficamos à espera de outras subscrições, ainda faltam três semanas para as eleições, promovidas pelo primeiro-ministro para trazer de volta aqueles que emigraram, ajudar os que não têm emprego ou comprar os remédios aos reformados a quem cortou nas pensões ou no complemento solidário. De facto, a demagogia não tem limites. Já agora, e só em jeito de fait divers, convém lembrar que este Passos Coelho, generoso e pronto a abrir os cordões à bolsa, é o mesmo de quem o pai, António, disse há poucos dias numa entrevista: "O meu filho é um teso! Tudo o que ganha, gasta." O que, a ser verdade, não augura grande peditório.» [DN]
   
Autor:

Nuno Saraiva.

 Um PM organizador de peditórios e o Relvas
   
«1-Os governos não são eleitos para resolver problemas de lana-caprina. O colapso dum grande banco, duma instituição financeira onde se encontrava cerca de um quarto da riqueza nacional, é uma questão que tem de ser tratada diretamente pelos que elegemos para conduzir os destinos da comunidade. Nunca passando a responsabilidade dum problema desta magnitude para outras entidades. Muito menos para o Banco Central.

É evidente que o Banco de Portugal poderia apoiar o governo na resolução dos vários problemas, nomeadamente na questão da reprivatização, mas nunca ser o responsável pelo processo. Mas em que parte do mundo um regulador se transforma num vendedor? Em que parte do estatuto dum banco central consta as funções de mediação de negócios? Alguém é capaz de nomear um negócio que Carlos Costa tenha organizado - compra da casa e do carro não contam? Agora querem que tenha competência e experiência para fazer um negócio de muitos milhões? Por outro lado, pôr um regulador a vender uma entidade que depois vai ter de regular é um disparate sem nome.

Se encararmos a venda do Novo Banco como um assunto político - que o é -, jamais deveria ser a entidade que regula os bancos a tratar do assunto; se olharmos para a questão em termos de negócio, nunca poderia ser uma instituição que não tem como função ser uma Remax de bancos a tratar do assunto.

Os erros de base para a resolução do dossiê NB começaram aqui. Mas o pior foi a intenção por detrás dessas decisões: gerir com objetivos eleitorais um problema que afeta duma maneira vital a comunidade. Alijar a questão para o Banco Central, de forma a que se existissem prejuízos se desse a ideia de que a responsabilidade não era do governo.

Incompetência e eleitoralismo formam um cocktail mortal e, desta vez, correram contra quem o misturou e contra os do costume: nós, está claro. Carlos Costa, qual Jorge Mendes de aviário, não conseguiu gerir bem o dossiê de venda, e ficou absolutamente claro, a meia dúzia de dias das eleições, que, como era óbvio desde o início do processo, as perdas para a comunidade vão ser avultadas - digamos que eleitoralmente para a coligação PAF não será um tema fácil.

Mais, e ainda pior, é cada vez mais evidente que Vítor Bento tinha razão quando defendia que era preciso mais tempo para vender o banco e que era preciso capitalizá-lo para o valorizar. Numa palavra: a solução governo/Carlos Costa vai sair muito mais cara aos contribuintes.

A mentira, mil vezes repetida, de que os portugueses não iriam ter de pagar nem um tostão e as tentativas de mascarar o óbvio irão resultar em prejuízos ainda maiores. E foi uma mentira estúpida. Estúpida porque, por muito que nos custe, não há memória, em qualquer época, de que um problema desta dimensão não acarrete encargos para os cidadãos. Infelizmente, todos o sabemos.

Mas, não fossem a incompetência e o eleitoralismo suficientemente graves num processo deste interesse público, temos agora um primeiro-ministro que lança campanhas de subscrição. Custa a acreditar, mas é mesmo verdade: "Organizarei uma subscrição pública para os ajudar a ir a tribunal." Deve ser a primeira vez na história que um primeiro-ministro sugere uma angariação de fundos para um problema que ele tem, pelo menos, de ajudar a resolver. Por este caminho, ainda o vou ver lançar campanhas de recolha de fundos para os desempregados que não têm acesso ao subsídio de desemprego, outra para não deixar fugir os jovens do país, outra para ajudar a arranjar os 600 milhões para a Segurança Social ou até substituir a recolha de impostos por operações de crowdfunding.

Já tínhamos um primeiro-ministro que não quis resolver um problema que só o seu governo devia tratar, que nos vai fazer uma conta maior do que a que já sabíamos ir ter de pagar por causa dos seus cálculos politiqueiros, só faltava mesmo um primeiro-ministro que acha que deve organizar operações de caridade pública em vez de tentar resolver os problemas da comunidade.

Em vez de um primeiro-ministro temos um organizador de peditórios. Às tantas, Passos Coelho está a candidatar-se ao lugar de Isabel Jonet e ninguém se tinha apercebido.

2-Esta semana correu bem ao líder do PS. O debate deu um novo impulso à sua campanha e motivou os seus seguidores.

Costa e os socialistas não esperariam é pelo bambúrrio que foi o aparecimento do ex-doutor Miguel Relvas como comentador. Não serão precisas grandes explicações sobre a imagem do ex-ministro junto do eleitorado. Rever o cavalheiro fez-nos lembrar as suas peripécia pouco edificantes. Digamos que a coligação PAF não deve ter gostado muito de que as pessoas voltassem a lembrar-se de que Miguel Relvas foi ministro deste governo e uma das suas principais figuras.
Das duas uma: ou Relvas acha que as pessoas se esqueceram dele e considera que a sua imagem está recuperada ou quer contribuir para uma possível derrota eleitoral do partido de que é militante. Agora escolha.» [DN]
   
Autor:

Pedro Marques Lopes.
  

   
   
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