sábado, setembro 12, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Grafitti no muro do Hospital Júlio de Matos, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Carlos Costa, vice-governador do BdP

É cada vez mais óbvio que nem o BdP é independente do governo como mandam as regras da União Monetária, nem Carlos Costa é governador do banco, é antes vice e a verdadeira governadora é Maria Luís. Há muito que se percebia que os eleitores não iam conhecer os reais prejuízos da operação BES e que tudo seria adiado. Resta saber se o governador negociou a venda do banco de boa fé ou se fez tudo para que os candidatos desistissem, prejudicando o país.

Se o governador foi escolhido por ser quem melhor estava em condições poara vender o Novo Banco perante este falhanço maldoso só lhe resta demitir-se por incompetência e em nome da defesa dos interesses do país.

«O processo de venda do Novo Banco caminha para um adiamento. A operação está em vias de passar para depois das eleições, cenário que vem ganhando força nas últimas semanas, e poderá ser retomado depois dos testes de stress do BCE, a realizar em novembro.

Segundo a SIC, as negociações com os chineses com a Fosun já terminaram com o mesmo resultado que tiveram as negociações com os também chineses da Anbang, ou seja, o fracasso. Os candidatos estão a oferecer preços muito abaixo dos mínimos pretendidos pelo Banco de Portugal, pelo que se espera que as ofertas possam ser mais elevadas assim que se conhecerem melhor as necessidades de recapitalização da instituição. Recapitalização esta que terá, assim, de ser feita pelo Fundo de Resolução.» [Observador]

 A campanha do medo

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Uma das melhores formas de acompanharmos a estratégia de intoxicação da direita é ler o Observador, a versão moderna da Voz do Povo onde o José Manuel Fernandes era redactor. Umas vezes parece que o Observador escreve o que os marketeiros de Passos mandam, outras parece ser o pessoal do Observador a sugerir pistas a Passos Coelho. Passado o choque do debate, que ocupou o Observador durante quase dois dias, com sucessivos artigos tentando desvalorizar a derrota de Passos Coelho o pessoal da Voz do Povo retomou o ataque.

O país que se prepare, a estratégia do medo envolve as pensões, precisamente uma prestação social que o Passos Coelho não se importaria nada de eliminar ou de reduzir a um mínimo simbólico. Esta directiva do JMF não é nova, há quatro anos, em plenaa campanha eleitoral para as últimas legislativas, quando o antigo propagandista da UDP trabalhava para a fundação do merceeiro do Pingo Doce foi produzido um livrinho sobre pensões que as lojas do Pingo Doce sugeria a compra, dizendo aos velhotes que se informassem se iam ter pensões no futuro.

Os truques desta extrema-esquerda recauchutada em extrema-direita não mudam muito.

 Hungria: alimentando refugiados como se fossem galinhas

Aqui.
  
 Alguém disse que ia ser uma borla para os contribuintes?

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 Ainda não conhece o Passos Coelho

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 E ainda mandou a foto para os jornais!

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Este Sócrates é um descarado! Deve ter sido para provocar o Alexandre.
  
 Dúvidas imbecis

Tentando tirar o máximo partido de uma imagem de Sócrates e de um grupo de amigos que assistiram ao debate um jornalista da Voz do Povo armou-se em Rosário Teixeira e ficou cheio de dúvidas em relação à imagem.

Viu um fundo em todos os copos e concluiu que se tinha bebido vinho, sugerindo uma dúvida periogosa, onde estará a garrafa de vinho? O imbecil não reparou em duas coisas, que o fundo dos copos tem sempre a mesma dimensão e que mesmo a água num copo vermelho num ambiente escuro criaria a ilusão de ser vinho.

Concluiu maldosamente que a casa teria de ter ar condicionado em função do preço. Para o jornalista a casa teria de ter ar condicionado, todos os convivas gostariam de ar condicionado e nenhum deles sofreria de problemas de alergias.

Pergunta onde está o conviva no topo da mesa, mas a resposata é óbvia, "está tirando a fotografia ó imbecil!".

Contou os copos e reparou que havia mais copos do que convivas. Enfim, um estava tirando a fotografia os outros poderiam estar a mijar ou não gostam de ser fotografados.

O jornalista ainda ficou incomodados por se usarem copos e guardanapos pouco ecológicos e com a presença de uma ventoinha. Enfim, os redactores da Voz do Povo proecupam-se com tanta coisa!

      
 E não é que o grande problema da coligação PAF, afinal, é Passos Coelho?
   
«Enquanto a campanha eleitoral se desenrolou no campo das máquinas partidárias tudo corria bem para o PAF. A diferença entre o profissionalismo e a organização das duas campanhas chega a ser chocante. E longe de ser só no campo dos aspetos mais ligados, digamos, à forma, como a habilidade como se semeavam resultados de sondagens que iam corroendo a confiança do adversário, como se criavam factos e fait-divers de cada vez que o PS tinha uma mensagem importante para passar ou aconteciam coisas desagradáveis para a coligação, como se ampliavam os mais pequenos erros de campanha do PS. As redes sociais serviam para amplificar os slogans e para criar ruído segundo as necessidades e os media que se alimentam delas fariam o resto. Mas sobretudo a mensagem política estava bem formulada, era fácil de perceber e ainda mais fácil de difundir pela máquina partidária e pelos delegados mais ou menos ligados aos partidos da coligação nos media; os sound-bytes eram orelhudos e repetidos à saciedade; os alvos estavam bem definidos e eram trabalhados com uma mensagem dirigida para cada um deles e não duma forma global.

Não me recordo duma campanha tão bem feita.

O facto é que o primeiro revés da campanha aconteceu quando a sua principal figura, o candidato a permanecer como primeiro-ministro, teve de aparecer sem ser num ambiente protegido. Passos Coelho não foi capaz de passar as tais mensagens tão bem desenhadas e que pareciam, enunciadas por outros ou apenas através de instrumentos de campanha, tão efetivas. Das três uma: ou as mensagens não eram assim tão boas, ou Passos Coelho as não conseguiu passar, ou na boca dele soam a falso. A questão é que a campanha estava a correr bem até o atual primeiro-ministro ter de debater as tais ideias.

Percebe-se agora melhor porque havia tanta falta de vontade de fazer debates, porque se limitaram tanto as aparições de Passos Coelho.

Nada vai mudar na estratégia do PAF, o desafio será tentar fazer esquecer o debate de ontem e muito provavelmente o da próxima quinta-feira e retomar o rumo definido. O problema é que agora está muito claro que se quer e porque é que se quer esconder Passos Coelho - e o eleitorado é capaz de não apreciar um candidato que se esconde.» [DN]
   
Autor:

Pedro Marques Lopes.

 Nada como uma boa rasteira para acordarmos
   
«A imagem do menino morto na praia é demasiado pessoal. Quer dizer, de cada um consigo próprio. Que desperdício. Quem tem o que muitos chamam fé pode refugiar-se no diálogo interior que os apazigua ou acicata. Eu fiquei simplesmente derrotado. Obrigado, Petra Laszlo, por me teres salvo. Petra Laszlo é aquela - resisti em dizer coisa, porque precisamente ela não o é -, é aquela mulher de jeans e camisa azul, filmando com uma câmara refugiados na Hungria. Reparem que não digo nem húngara, nem jornalista, porque são circunstâncias irrelevantes para aqui. Digo mulher, descrevo a roupa e o objeto que manipula porque ajudam a descrevê-la. E livre de todas as ninharias posso ir para o essencial: aquela mulher tratou gente aflita de forma abjeta. Pontapeou um rapazinho que fugia, rasteirou uma rapariguinha e voltou a rasteirar um homem angustiado que fugia levando nos braços uma criança, talvez o filho. Petra agiu de forma violenta quando ela própria não estava em perigo - os outros eram pobres diabos que se sabiam com poucos direitos e quem dominava a cena era polícia que certamente protegeria Petra se fosse necessário. E, apesar disso, Petra escolheu agredir, entre os desapossados à sua volta, os mais fracos. Obrigado, Petra Laszlo. Há dias que me sentia desarmado. O mal que levara o menino à praia eu sabia o que era, mas demasiado longe (e não só em quilómetros). Agora, reconheço o inimigo à mão. Ajuda a pôr a cabeça na ordem.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

   
 Uma boral fiscal eleitoralista
   
«O governo aprovou um plano de ação para apoio ao setor leiteiro que inclui a isenção contributiva para a Segurança Social durante três meses, a criação de uma linha de crédito e o incentivo às exportações e ao consumo. O plano foi aprovado em Conselho de Ministros e detalhado pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas.

Um dos quatro eixos do plano é uma "medida excecional e temporária de isenção contributiva para a Segurança Social, por um período de três meses". A ministra afirmou que "a medida está pensada para ser reavaliada ao fim desse período [de três meses]" e tem "um custo estimado de 1,9 milhões de euros" e admitiu que a mesma poderá ser eventualmente prolongada se houver necessidade.» [Expresso]
   
Parecer:

Esta notícia é um verdadeiro escândalo.

As prestações que as empresas entregam à Segurança Social têm duas componentes, uma proveniente dos descontos efetuados nos salários dos trabalhadores (11% do salário) e outra suportada pela entidade patronal (correspondente a 23,75% da massa salarial paga mensalmente pelas empresa).

Se a isenção agora anunciada inclui os descontos dos trabalhadores, isso seria crime, porque estariam as empresas a apropriar-se de dinheiro que é dos seus trabalhadores.

Se a isenção se refere apenas à parte das prestações suportadas pelas empresas, essa componente é considerada como um verdadeiro imposto, e esta medida é inconstitucional porque viola os princípios da igualdade e da generalidade. As receitas tributárias são indisponíveis e o governo não pode dispensá-las desta forma.

Como as receitas da segurança social são indispensáveis para o pagamento das pensões, o efeito desta medida é que os 1,9 milhões de receitas que o sistema perde com esta medida terão que ser suportados pela generalidade dos contribuintes do sistema. Assim, o governo está a transferir dinheiro de todos esses contribuintes para um grupo de empresas.

Para agravar o problema, trata-se de empresas ineficientes, que não conseguem vender os seus produtos nos mercados a preços de concorrência. Temos assim o Estado a financiar empresas ineficientes com dinheiro dos contribuintes. Esse dinheiro, que é de todos, vai parar ao bolso de meia dúzia de empresários.

Esta medida viola também regras básicas de livre concorrêncioa, porque só beneficiam dela as empresas portuguesas. As empresas estrangeiras que colocam leite em Portugal a preços mais baixos, que beneficiam os consumidores, e com índices de qualidade idênticos, não vão conseguir competir com as empresas portuguesas.

Em termos políticos esta medida abre um precedente que é grave, porque daqui para a frente qualquer empresa que não consiga competir nos mercados pode pedir isenção de impostos.

Os beneficiários da medida são 1 ou 2 empresas que em Portugal dominam a distribuição do leite..
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à Miss Cristas que respeite as eleições..»



 Estado Islâmico contra a emigração
   
«O grupo extremista Estado Islâmico (EI) afirmou que os sírios que fogem para a Europa estão a cometer "um pecado grave" porque "essas terras dos cruzados regem as leis do ateísmo e da indecência", foi hoje divulgado.

Na edição de setembro da revista do grupo radical sunita, com o título Dabiq, os 'jihadistas' criticaram os sírios e os líbios que "arriscam as próprias vidas e as próprias almas" e que abandonam "voluntariamente a pátria do Islão pela terra dos infiéis".

O EI referiu igualmente que as crianças na Europa e nos Estados Unidos estão sob "a constante ameaça do sexo, da sodomia, das drogas e do álcool".» [DN]
   
Parecer:

Unidos com a extrema-direita europeia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Luís Filipe Menezes criminoso
   
«No capítulo “Menezes vs Mendes: cacicagem científica contra golpes de secretaria”, Vítor Matos conta como, “contra todas as apostas”, o ex-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia conseguiu chegar à liderança do partido. Algumas pistas: “Investiu na digitalização de um ficheiro com mais de 100 mil militantes” e “houve suspeitas de espionagem e de subornos a funcionários do partido”. Ainda assim, “se não fosse um ato de pirataria informática, a vitória teria sido impossível: um hacker foi pago para descodificar o algoritmo que gerava os códigos do multibanco para pagar as quotas a milhares de militantes“.

“Os barões e notáveis, os grandes nomes do partido e os líderes de opinião, apareciam ao lado de Marques Mendes, assustados com a vaga possibilidade de Menezes ganhar. A candidatura sediada em Gaia reforçava o discurso basista de que o poder é do povo e que o povo laranja é que decide o futuro e não meia dúzia de baronetes da elite lisboeta ou portuense. Só que o povo militante vota consoante outros baronetes, os locais”. Era nestas bases que mendistas e menezistas partiam para o duelo pela liderança do PSD.» [Observador]
   
Parecer:

è bom recordar que este bandido foi um dos mais firmes apoiantes de Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho qual tem sido o papel de Marco António.»

   
   
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