quinta-feira, agosto 27, 2015

Não enganem as criancinhas

O PSD reuniu as suas criancinhas em mais uma encenação a que designam pomposamente universidade, cujo reitor lá aparece na mesa com ar informal, uma espécia de quota cor ar de pintas. Em tempo de eleições ficaram de fora os candidatos presidenciais ou presidenciáveis do PSD e evitaram exibir personalidades de outros quadrantes como peças de caça cozinhadas em ambiente gourmet.
  
Lá aprece a costumeira Maria Luís Albuquerque que aproveita estas iniciativas para dar ares de professora de política económica, talvez porque isso lhe recorda os tempos em que era ela que ensinava outro iletrado, por sinal o agora primeiro-ministro. Tendo em consideração o ambiente e o nível dos alunos era uma oportunidade para brilhar e o PSD ficaria a ganhar, os putos sempre aprendiam alguma coisa.
  
Mas parece que em vez de ensinar algo de útil a ministra optou pelas sua larachas do costume, só que neste caso foi mais longe e em vez de bons valores transmitiu maus valores. O que será o futuro político destes putos quando uma ministra das Finanças vai falar-lhe do programa eleitoral da oposição e diz uma verdadeira alarvidade, diz cobras e lagartos do programa mas admite que não o leu todo. De uma ministra esperar-se-ia mais rigor e seriedades.
  
Mas a alarvidades não se ficaram pelas senhora da Estação Sul Sueste, outro alarve a estar presente foi um tal Durão Barroso, um senhor que fugiu de Portugal em busca da sua zona de conforto, fugindo a tempo de evitar crises piores do que a austeridade adoptada para corrigir o défice que deixou. Este senhor descobriu agora que a culpa da crise não foi dos governos do PS e muito menos dos nossos abusos consumistas:
  
“A crise do euro é uma expressão curiosa, sugere que o euro está no centro da crise. Mas não é verdade, o que esteve em crise não foi o euro, o euro manteve-se sempre como moeda estável e sólida. A crise nasceu nos EUA, e o detonador foi a falência do Lehman Brothers, a crise do subprime, o crédito excessivo dado a quem não tinha como pagar”,
  
Como ninguém espera que Durão Barros tenha aderido às teses da esquerda portuguesa esta conclusão só pode uma explicação, Durão Barroso voltou a ser propriedade do DDT e repetiu a intervenção de Ricardo Salgado na comissão parlamentar de inquérito ao BES. Com professores temos motivos para ficarmos seriamente preocupados com os nós cegos que estão dando nas cabecinhas frágeis daquelas criancinhas.