quinta-feira, maio 28, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Fotosdos Jumento


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Bombeiros Voluntários de Belas (foto de A. Moura, Faro)
  
 Jumento do dia
    
Carlos Costa, (des)governador do BdP

O facto de uma instituição pedir que a auto-avaliem merece um elogio pois os dirigentes da generalidade das instituições tem uma excelente opinião do seu trabalho e dispensam qualquer avaliação. Mas se é encomendada uma avaliação externa ao comportamento de uma instituição é ridículo e motivo de suspeita que se mantenha essa avaliação no segredo dos deuses.

A decisão do governador do BdP de manter secreta uma avaliação externa à sua actuação no caso BES só pode ser entendida de uma forma, convencido que a avaliação seeria positiva Carlos Costa tornou pública a sua realização, mas conhecidos os resultados ou receando os resultados e para proteger a sua própria imagem esconde os resultados. Conclusão gastou-se dinheiro só para se saber se o relatório da avaliação poderia servir para promover a imagem do governador.

«O Banco de Portugal (BdP) não vai revelar a totalidade do relatório interno da auditoria interna à sua atuação no caso do BES, apesar do pedido do líder socialista para que o fizesse. O Governador do BdP apenas vai tornar públicas as “recomendações” constantes no processo, garantiu numa audição no Parlamento. Aos deputados, Carlos Costa diz que a atuação do regulador durante o seu mandato ficou marcada pelo programa de ajustamento e pela queda do Banco Espírito Santo.» [Observador]

 Paulo Núncio está de parabéns

Num tempo em que se diz que os dirigentes do fisco o ignoravam, algo estranho para alguém que diariamente falava dezenas de vezes com os mesmos, temos a boa notícia de que ainda há gente respeitadora da autoridade, o relatório da IGF encomendado por Paulo Núncio disse aquilo que se esperava, o chefe é uma excelente pessoa.

O relatório só tem uma pequena omissão, depois de concluir que o Secretário de Estado é um verbo de encher não sabendo de nada do que se passa na única direcção-geral que tutela e onde dizem fazer o papel de verdadeiro director-geral teria de concluir sobre o que fazer de um secretário de Estado que não existe.

 Uma sugestão a Maria Luís Albuquerque

Se já sabe quanto se deve cortar na despesa com pensões, se comunicou essa decisão a Bruxelas, se acha que devem ser reduzidas as pensões, se diz que é necessário um consenso, porque razão não formaliza uma proposta onde explica aquilo que diz ser uma reforma das pensões?

 O meu desejo secreto

A manterem-se os cortes nos vencimentos espero que o PSD perca as eleições e que a ministra das Finanças regresse à condição de funcionária pública de que se gaba sempre que reúne com gente do seu ministério. Assim conheceria na pele as consequências das suas decisões, gostava de ver como pagava o empréstimo à habitação de quase meio milhão de euros e dava de comer às filhas com o vencimento privilegiado de funcionária pública mais o do brutamontes do seu esposo.
  
 Mas que argumento idiota!

A crer no CM que, como se sabe, deve conhecer o processo da Operação Marquês melhor do que o inspector Teixeira, a razão para manter Sócrates preso é a perturbação que as suas cartas e entrevistas terão provocado. Enfim, parece que os magistrados consideram que as entrevistas dadas a partir da prisão são menos perigosas do que as dadas em casa.

 Joana Amaral Dias

Esta senhora teria de mudar o seu discursos e alterar os seus comentários na CMTV para ser da extrema direita?

      
 Organizações católicas, dizem eles...
   
«O Hospital de Santa Maria, o maior do país, está minado por uma teia de interesses e lealdades a partidos políticos, à maçonaria e organizações católicas, conclui um estudo que avaliou a qualidade e funcionamento de seis instituições nacionais. A análise ao Hospital de Santa Maria (HSM), a cargo de Sónia Pires, salienta que, “apesar das melhorias registadas a partir de 2005″, a unidade hospitalar “continua atravessada por fortes conflitos de interesse e atos nas zonas cinzentas ou silenciadas que se configuram como corrupção“.

“A Maçonaria, a Opus Dei e a ligação a partidos políticos ainda são três realidades externas que intersetam a esfera do HSM”, refere o estudo “Valores, qualidade institucional e desenvolvimento em Portugal, encomendado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que vai ser apresentado na quinta-feira. A investigadora, que se baseou em questionários e entrevistas recolhidos entre 2012 e 2013, traça um retrato negro da instituição onde se entrecruzam os interesses públicos e privados de “grupos poderosos“, nomeadamente na classe médica e na direção de serviços de apoio que condicionam o funcionamento dos serviços a nível de recursos humanos e aquisição de material clínico.» [Observador]
   
Parecer:

O curioso desta notícia é que se diz sem gaguejar "maçonaria" mas na hora de falar em Opus Dei parece existir um manto protector dos senhores da Obra de Deus, senhores que pela terra parecem mais dedicados a "obrar". Também não deixa de ser curioso que ninguém se lembre da presença da Opus Dei ao mais alto nível do ministério da Saúde.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Macaquinhos de imitação
   
«A menos de meio ano das eleições, os partidos aceleram na conclusão dos programas eleitorais. O processo será liderado pelo gabinete de estudos nacional que recolhe os diferentes contributos dos economistas. Inicialmente, o PSD iria contar com a colaboração de 15 economistas, mas o grupo alargou-se para 20, avança o "Jornal de Negócios". 

O grupo é informal e não reconhecido pelo PSD, mas conta com a coordenação de pessoas próximas de Passos Coelho e do governo: Pedro Reis, ex-presidente do AICEP,  e atualmente assessor da Comissão Executiva do Millennium bcp, João Moreira Rato, ex-presidente IGCP, e Manuel Rodrigues, secretário de Estado das Finanças.

Conhece-se apenas o nome de doze economistas, três pedem anonimato e não foi possível apurar a identidade de outros cinco, diz o Negócios. Há várias personalidades do mundo académico e muitos consideram-se independentes.» [Expresso]
   
Parecer:

Há três que não querem dar a cara com o estatuto de macaquinhos de imitação. Os outros ou são amigos de Passos Coelho ou estão directa ou indirectamente envolvidos com instituições que de alguma forma estão ligadas aos interesses e decisões do Estado.

O curioso é que os 20 economistas apenas apoiam o programa, isto é, não assinam eles próprios qualquer documento, limitaram-se a emprestar o nome.,
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Derrota para a humanidade
   
«O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, diz que não é a Igreja que precisa de rever a sua posição, pois a  “derrota dos princípios cristãos” representa “uma derrota para a humanidade”.» [Expresso]
   
Parecer:

Pura canalhice eclesiástica esquecer que a verdadeira derrota para a humanidade na perspectiva de uma Igreja Católica devia ter sido o escândalo da pedofilia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 FMI vai entrar na campanha eleitoral
   
«As três instituições da troika têm já agendada a segunda avaliação pós-programa a Portugal: os técnicos do FMI, Comissão Europeia e BCE chegam a Lisboa na próxima semana, dia 4 de junho, confirmou o Observador.

A avaliação vai acontecer, deste modo, a quatro meses das eleições legislativas – com o respetivo relatório a ser publicado ainda no verão.

O último, publicado em janeiro, deu azo a uma polémica entre a equipa da troika e o Governo português – mas também dentro das instituições credoras.» [Observador]
   
Parecer:

E mais uma vez o seu representante vai defender para Portugal os padrões de justiça social com que aprendeu a conviver na sua Índia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

   
   
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