quinta-feira, maio 28, 2015

Mais um museu de cera

Parece que a moda dos museus de cera pegou, dantes existia o Museu de Cera da Madame Tussaud, mas um pouco por todo o lado foram-se multiplicando as imitações. Por cá a cera já não serve apenas para as velas ou para reduzir a produtividade do trabalho, inspirado pela designação de mamute Sócrático que atribuiu ao Museu dos Coches agora inaugurado com a pompa devida a uma verdadeira obra de regime dessa dupla maravilha formada por Cavaco e Passos o governo decidiu lançar um novo museu. Portugal já tinha o museu de cera de Fátima, onde podemos ver os três pastorinhos e a santinha, agora passa a ter o Museu de Cera do Senhor Coelho.
  
Digamos que as figuras deste museu seriam melhor utilizadas numa capela dos ossos pois estamos mais perante mortos-vivos do que de figuras que mereçam ser conservadas para a posteridade como se ainda estivessem vivas.

Neste museu já deram entrada personagens quase esquecidas como Miguel Relvas que muito antes do bobo da Horta Seca andar a dar um ar de seriedade à venda da TAP já tinha dado corda aos sapatos e andou pelo Brasil a vender a empresa. Ou um Vítor Gaspar que perante o desastre eminente também deu corda aos sapatos e fugiu para o BdP de onde seguiu para o FMI.
  
A última aquisição do museu de cera foi uma tal Anabela Rodrigues de quem ninguém se lembrará quinze dias depois das eleições legislativas, nem mesmo o Passos Coelho que a designou ministra mas que a esta hora já tem pesadelos só de pensar nela. Mais do que um zombie estas senhora é um nado-morto governamental que se vai arrastando pelo que resta de um ministério de onde já fugiu um secretário de Estado e onde só permanecem os que são obrigados a isso.

Ao lado de Anabela Rodrigues ficará em exibição essa personagem original que segundo consta ainda deverá ser ministra da Justiça, mas que desde a crise do Citius quase desapareceu. A senhora já tinha uma cara que parecia estar conservada dentro de uma garrafa de álcool ou de clorofórmio, mas tudo indica que desapareceu de circulação para levar uns retoques na pintura antes de ser colocada em exibição.
  
Quem está em exibição quase desde a abertura do museu é Crato, o pior ministro da Educação na já longa história da escola pública em Portugal. Depois das patacoadas que disse nos seus blogues não se pode dizer que a triste personagem nos desiludiu, se antes de ser ministro dava pontapés em seco, desde que chegou a ministro acerta em cheio na qualidade das escolas, que já nem conseguem abrir a tempo e horas.
  
Maduro que chegou ao governo quando Passos decidiu transferir Relvas para o seu museu do ridículo encerado transitou logo para as oficinas, os moldes começaram a ser feitos logo que iniciou os famosos briefings promovidos pelo seu secretário de Estado Lomba, outra personagem que desde então só reapareceu com um programa ridículo de regresso de jovens empreendedores.
  
É uma pena que em vez de figuras de cera os membros deste governo não tenham sido transformados em burros ou mesmo promovidos a cavalos. Com o Museu dos Coches aberto à pressa para Passos aparecer a dizer que tenha feito qualquer coisa, nem que fosse dar vida a um mamute socrático, estes autênticos cavalos sempre dariam vida aos coches e até poderíamos ter a sorte de ver Crato a puxar a  Carruagem do Porto Covo, a Anabela Rodrigues a puxar pela Berlinda da Cama, a coitada da ministra da Justiça puxando o Landau do Regicídio ou o Poiares e o Lomba a puxarem a Berlinda dos Leões.