sábado, abril 11, 2015

Umas no cravo e outras na ferradua



 Foto Jumento


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Arrábida (2002)
  
 Jumento do dia
    
António Guterres

Depois de muitos meses a brincar Guterres lá se decidiu a assumir que tem melhor do que servir o país. Enfim, já não era sem tempo de assumir que andou a empatar as presidenciais dando esperanças aos poucos que ainda confiam nele.

«António Guterres colocou-se completamente de fora da corrida a Belém numa entrevista dada à televisão Euronews e noticiada em exclusivo pelo Expresso. “Não sou candidato a ser candidato. Sempre me interessei pelo serviço público e pretendo continuar a fazê-lo, mas o que gosto mais de fazer é o tipo de função que tenho atualmente, que permite ter uma ação permanente e direta a sobre o que se passa no terreno”, diz o antigo governante, dando a entender que pretende mesmo avançar para a liderança da ONU.

Em janeiro, Guterres tinha dito ao Expresso que era livre de decidir a sua vida e o Público adiantou que já teria recusado o convite três vezes. Agora, o socialista vem afirmar que não se vai candidatar à presidência, preferindo manter-se em funções similares às que ocupa atualmente na ONU, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados – uma indicação que poderá estar a preparar a sua candidatura a secretário-geral a ONU. » [Observador]

  isto já não é uma legislatura

É um governo em avançado estado de putrefacção.

 Chuva de conferências

No Porto, no Palácio de Cristal, o Instituto de defesa Nacional organiza uma conferência onde "brilha" Paulo Rangel, o deputadozinho europeu que em tempos propôs a criação de uma agência pública para ajudar a emigrar, em Lisboa os amigos da ministra Maria Luís vieram de Bruxelas elogiar o governo português numa conferência organizada para o efeito pela ministra das Finanças.
 
Parece que esta direita não vai fazer comícios, organiza conferências pagas pelo Estado para onde convida quem lá vai elogiar o governo.

      
 Como os bandidos
   
«A manifestação/concentração de 14 de novembro de 2012 à frente do parlamento, lembram-se? Foi aquela em que a polícia, de capacete e fato antimotim, esteve a levar com pedras do passeio, arremessadas por meia dúzia de pessoas, durante uma - inexplicável - hora. Ao fim da qual avançou e varreu à bastonada a praça e todas as ruas, circundantes e não circundantes, até ao Cais do Sodré, agrediu dezenas e prendeu outras dezenas de pessoas.

Pois bem: mais de dois anos depois, aliás, dois anos, quatro meses e duas semanas depois, a 1 de abril (adequado, como se verá), soube-se do resultado da averiguação efetuada pela Inspeção-Geral da Administração Interna. E sabemo-lo por um jornal, o Sol, que "teve acesso ao relatório", porque acesso público - por exemplo no site da instituição, onde seria de esperar ver o dito - não existe. Aliás, mesmo para jornalistas, fui informada, só por requerimento e "tem de ir a despacho".

Criada há 20 anos, na sequência da horripilante decapitação de um cidadão no posto da GNR de Sacavém, a IGAI surgiu como a grande esperança de que as forças policiais fossem na sua atuação alvo de fiscalização e formação no sentido de respeitarem a lei - incluindo, naturalmente, os deveres de respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos, razão de ser primeira das polícias. Mas o tempo incompreensível ocorrido desde os acontecimentos até, segundo o Sol, o relatório ficar "disponível" (para quem?) e os excertos reproduzidos esmorecem a expectativa. Diz então a IGAI que houve "abuso de poderes funcionais" por parte dos agentes. Enumera: "empunhar o bastão com o cotovelo acima do ombro" (dando balanço); bater na cabeça (e até na cara, num dos casos reportados pelo relatório); conduções ilegais a esquadra "para identificação"; colocação de pessoas, nem sequer detidas formalmente, em celas; etc. Menciona por exemplo um bombeiro que, indo para o trabalho, foi apanhado na confusão e acabou cinco dias no hospital e uma jovem de 17 anos que diz terem-na obrigado a despir-se integralmente e a pôr-se, nua, de cócoras (fez queixa ao DIAP, que arquivou), entre outros. Conclusão da IGAI: se a conduta dos agentes em causa "mereceria certamente censura e ação disciplinar", como "as caras estavam escondidas pelos capacetes e viseiras" nada se pode fazer. O mesmo quanto às nove pessoas que alegam ter sido agredidas na casa de banho da esquadra do Calvário por "agentes embuçados": "Uma agressão poderia produzir gritos e estes seriam ouvidos pelas muitas pessoas que estavam na esquadra", cita o Sol. Mas "mesmo que houvesse prova, os seus autores não poderiam ser reconhecidos" - estavam embuçados, então. O jornal resume: "Tudo arquivado." Pode acrescentar-se: batam, prendam ilegalmente, torturem, desvirtuem por completo a vossa missão, envergonhem o vosso uniforme, senhores polícias. Desde que ninguém filme e tapem a cara, da IGAI (que também pode pintá-la de preto, já agora) não esperem castigo.» [DN]
   
Autor:

Fernanda Câncio.


 António Costa quer centros de competência
   
«António Costa deu depois como exemplo o facto de não ser necessário uma estrutura de especialistas em contratação em cada um dos diferentes ministérios.

“Precisamos certamente de um centro de elevada competência na administração pública para garantir que quem contrata em nome do Estado não está amanhã a representar quem contratou com o Estado noutro tipo de atividade. A garantia da transparência e da isenção reforça-se também assim – e quando se fala tanto de corrupção, entendo que uma das boas formas de a prevenir é ter uma administração pública de alta qualidade, independente dos diferentes interesses que necessariamente existem e que estão em confronto na sociedade”, defendeu o secretário-geral do PS.» [Observador]
   
Parecer:

Pois, mas com o que o Estado paga um dia destes não vai ter nem centros de incompetência.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a António Costa se vai manter os cortes de vencimentos que considerou inconstitucionais.»

 Agora o mal já é dos mercados
   
«“A União Europeia e a zona euro só funcionam se as regras forem observadas e se não estivermos sujeitos ao que os mercados dizem”, afirmou esta sexta-feira Carlos Costa, o governador do Banco de Portugal. Mas “não basta ter regras, é preciso ter instituições”, defende o responsável, juntando-se às várias vozes que defendem a criação de um Fundo Monetário Europeu (FME), um órgão “forte, com mandato para resolver os desequilíbrios”. Isto porque, diz Carlos Costa, o projeto europeu e da moeda única tem tido “demasiados sobressaltos para a nossa capacidade cardíaca”.

“Se em 2010 alguém dissesse que cinco anos depois íamos ter um Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e todos os mecanismos que hoje temos, dir-se-ia que não seria possível”, afirma Carlos Costa, na sua apresentação de abertura num seminário sobre “Governação e Políticas para a Prosperidade na Europa”, no Ministério das Finanças, em Lisboa. “Mas a realidade de hoje obriga-nos a dar um salto do ponto de vista institucional” e isso passa pela criação de “um órgão especializado em resolver os desequilíbrios”.» [Observador]
   
Parecer:

No passado foram contra qualquer intervenção do BCE ou qualquer mudança na zona Euro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Haja decoro!.»

 Novo Banco: A melhor proposta dá prejuízo
   
«A proposta mais alta para a compra do Novo Banco terá sido entregue pelo grupo chinês Anbang, avança o Diário Económico desta sexta-feira. A oferta, ligeiramente acima dos quatro mil milhões de euros, terá sido seguida de perto por outro candidato chinês, a Fosun.

Na quinta-feira, já o Expresso Diário tinha avançado com a informação de que dois grupos chineses teriam apresentado ofertas indicativas para o Novo Banco. A Fosun, dona da Fidelidade, já havia confirmado o seu interesse, enquanto a Anbang era apontada como concorrente.

Segundo o Expresso, a oferta chinesa mais elevada ultrapassa os quatro mil milhões de euros, mas ainda assim, fica abaixo do investimento de 4900 milhões de euros feito no capital do Novo Banco, pelo que representará sempre um prejuízo para o Fundo de » [Observador]
  
«O futuro dono do Novo Banco compra uma instituição que tem direito a um crédito fiscal futuro avaliado em 2.865 milhões de euros. Este montante, transferido do BES para o Novo Banco por ordem do Banco de Portugal, permite reforçar os rácios de capital da instituição que está à venda. No entanto, a utilização deste crédito abre a porta à entrada do Estado no capital da instituição.

O tema já tinha sido levantado na comissão parlamentar de inquérito ao Banco Espírito Santo, mas com notícias que apontam para a existência de ofertas baixas, na casa dos dois mil milhões de euros, para o Novo Banco, a questão foi colocada pela deputada do Bloco de Esquerda à ministra das Finanças na interpelação ao governo esta quinta-feira.» [Observador]
   
Parecer:

E ao prejuízo terá de se acrescentar outros prejuízos que o BdP tem varrido para os tribunais. Se a estes montantes acrescentarmos uma possível borla de 2,5 mil milhões em créditos fiscais o prejuízo sobe astronomicamente.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Exijam.-se as contas ao BDP.»

  Relvas aderiu aos vistos Simplex
   
«As escutas realizadas pela Polícia Judiciária no âmbito do caso dos vistos gold revelaram a ação de António Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), que terá favorecido personalidades que incluem o ex-ministro Miguel Relvas, o antigo presidente do PSD e comentador político Marques Mendes, e o futebolista David Luiz. É o que revelam o jornal i e a SIC.

O ex-ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas terá telefonado a António Figueiredo para pedir ajuda para obter um registo criminal da mulher para poder conseguir um visto. Figueiredo, já na altura sob investigação por suspeitas de corrupção, acedeu ao pedido de Relvas em apenas duas horas, e foram os motoristas do IRN a levar o documento a uma morada indicada pelo ex-ministro.» [DN]
   
Parecer:

Parece que Passos manteve o Simplex mas só para os VIP do PSD.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
 Concurso fantoche
   
«O Governo nomeou uma gestora que tinha sido chumbada pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap). Ana Pinho foi escolhida para vogal do Programa Operacional de Inclusão Social e Emprego, uma entidade gestora de fundos comunitários, apesar de a comissão liderada por João Bilhim ter apresentado reservas à sua nomeação, considerando que lhe faltava experiência, avança o jornal Público.

Embora o parecer da comissão não seja vinculativo, foi a primeira que o Governo ignorou a recomendação, desde que esta foi criada em 2012. Em quase três anos, a Cresap chumbou 26 gestores públicos, mas até agora o Governo tinha sempre aceitado a decisão.» [DN]
   
Parecer:

É uma vergonha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Revogue-se o sistema e anulem-se todas as nomeações feitos ao abrigos dos concursos fantoches.»
  

   
   
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