sexta-feira, janeiro 16, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Vitral numa porta da Avenida da Liberdade, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Pires de Lima, humorista da Economia

Há qualquer coisa de errado quando um ministro da Economia diz que não interefere nas empresas privadas e depois privatiza a TAP impondo um menu de exigências que configuram uma intervenção do Estado que vai muito para além do que sucede noutras empresas estratégicas como a Galp, a EDP ou a PT.

«"É também exigida a garantia de execução de um projeto estratégico, tendo em vista a preservação e promoção do crescimento da TAP, conservando a marca TAP e a sua associação a Portugal e assegurando que a sede e a direção efetiva do grupo continuam a estar localizados em Portugal", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

O Governo vai ainda avaliar a contribuição do projeto para o crescimento da economia nacional, incluindo o desenvolvimento do atual 'hub' da TAP (no aeroporto de Lisboa) como plataforma estratégica nas relações entre Europa, África e América Latina.» [Notícias ao Minuto]

 E-urgências

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 Dúvidas que me atormentam

Logo que o processo com base no qual se está perseguindo judicialmente José Sócrates foi tornado público a PGR emitiu um primeiro comunicado sem referir a origem do processo. Mas no dia seguinte e para que ninguém pensasse que resultava da queixa da extrema-direita ou que tinha sido inventado com uma das habituais cartas anónimas, a PGR emitiu um segundo comunicado onde esclarecia que o processo tinha nascido com uma comunicação de um banco (soube-se depois que se referia á CGD) ao abrigo da lei do branqueamento de capitais.

Seria lógico que no meio de tantas violações do segredo de justiça já tivesse vindo a público algo sobre o movimento de dinheiro que deu origem ao processo, Mas nada se disse e graças a ess comunicação já sabemos de muita coisa da vida de terceiros. Há qualquer coisa aqui que faz lembrar a Face Oculta, começa-se por investigar alguém para se encontrar matéria que sirva ara acusar um terceiro.

 O califado de Paris

A Europa andou a brincar com o fogo desorganizando os Estados árabes que mais se opunham ao extremismo Islâmico, com o argumento do rderrube de ditadores ajudou extremistas a derrubar governos que no passado foram aliados, como foi o caso do Egipto. Durante muito tempo os extremistas do Estado Islâmico eram tratados como democratas libertadores da Síria e os países ocidentais ignoraram os seus abusos.

Foi preciso os EI degolar um americano e inglês para que os governos do Ocidente fossem obrigado a atacar os extremistas. Durante meses o EI foi a vedeta para muitos jovens euroeus e de todo o mundo e muitos milhares foram para a Síria. Agora começa a ser tarde e enquanto Paris manda um porta-aviões para bombardear o EI em Paris há muitso extremistas prontos a atacar qualquer alvo.

A Europa vai pagar caro a estratégia que tem adoptado nos últimos anos e enquanto as situações de violência não se generalizarem no seu interior as guerras vão tomando conta das suas fronteiras, desde a Ucrânia à Líbia.


 Uma boa notícia
   
«O jihadista Abu Saad al Daguestani, que aparecia no vídeo do grupo Estado Islâmico (EI) em que uma criança supostamente matava dois supostos espiões russos, morreu nesta quarta-feira na cidade curdo síria de Kobani, segundo informaram os próprios extremistas em um fórum na internet. Em breve comunicado, os jihadistas afirmaram que "o irmão Abu Saad al Daguestani" morreu em "Ain al Islam", como os radicais costumam se referir à população de Ain al Arab, denominação em árabe de Kobani, como os curdos a conhecem. Os extremistas costumam acrescentar em seus nomes alguma referência ao lugar de onde procedem, portanto é possível que Al Daguestani seja natural da República do Daguestão.» [R7]
   
Parecer:

Menos um canalha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Allahu Akbar!»

 TAP: afinal o interesse de Portugal é o dos rabalhadores
   
«O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos para a privatização da TAP, conseguindo um acordo com a maioria dos sindicatos da empresa – e com a aprovação da administração de Fernando Pinto e dos conselheiros financeiros que acompanham o processo.

No final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado Sérgio Monteiro considerou que as condições negociadas com os sindicatos representam uma “mais-valia”, argumentando que “a paz social dá valor estratégico e financeiro” para o processo de privatização – não retirando valor à negociação que se segue com os candidatos.

O caderno de encargos inclui várias cláusulas de salvaguarda para os trabalhadores, como a impossibilidade de despedimentos coletivos enquanto o Estado tiver ações da empresa, num mínimo de 30 meses. O futuro acionista também não poderá vender ações da empresa nos primeiros cinco anos e terá de respeitar o atual acordo de empresa “por um tempo mais alargado”, nas palavras – não quantificadas – de Sérgio Monteiro.» [Observador]
   
Parecer:

Há muitos anso que é assim.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Privatize-se a 100%.»

 Teimosia carnavalesca
   
«O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Marques Guedes, afirmou esta quinta-feira que o Governo não dará tolerância de ponto no Carnaval, sublinhando que essa é uma questão que “está resolvida desde o início desta legislatura”.

“A questão do Carnaval está resolvida desde o início desta legislatura. O Governo não dá tolerância de ponto no Carnaval. Entendemos que esse é um assunto que já ficou resolvido nos anos anteriores. Pela nossa parte, já nem é um assunto”, afirmou Luís Marques Guedes.

Confrontado com o anúncio por parte de autarquias de que darão tolerância de ponto aos seus funcionários na terça-feira de Carnaval, o ministro respondeu que “aquilo que decorre da autonomia das autarquias locais, às autarquias locais deve ser perguntado, não é ao Governo”.» [Observador]
   
Parecer:

O país começa a estar farto das manias de Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se com desprezo pela triste figura.»

 Um Charlie que não é Charlie
   
«Poderá um dos fundadores do jornal satírico francês Charlie Hebdo não “ser Charlie”? Henri Roussel, que na década de 70 ajudou a criar a publicação, acusou Stéphane Charbonnier (Charb), editor do jornal e uma das 12 vítimas do atentado terrorista, de ter “arrastado a equipa” para a morte depois das sucessivas publicações controversas que despertaram a ira da comunidade islâmica.

Num artigo publicado na revista Nouvel Obs, sob o pseudónimo de Delfeil de Ton, Roussel, de 80 anos, começou por elogiar o antigo editor da revista, descrevendo-o como um “rapaz incrível”. Mas diz que “a cabeça dura” de Charb terá ditado a morte do cartoonista. Pior, arrastou toda a equipa do Charlie Hebdo, lamentou Roussel.

“O que o fez sentir a necessidade de arrastar a equipa para este exagero?”, questionou o fundador do jornal, referindo-se ao episódio da reprodução da caricatura de Maomé, antes publicado por um jornal dinamarquês.» []
   
Parecer:

Espere-se mais algum tempo para analisar a situação com serenidade.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
  
 Aos poucos vai-se sabendo a verdade sobre a PT
   
«O ex-presidente da PT, Henrique Granadeiro, enviou uma carta para a assembleia-geral da PT SGPS e para a Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM) a defender a anulação da fusão da PT com a brasileira OI, noticia o Diário Económico esta quinta-feira.

Na carta dirigida ao presidente da assembleia-geral da PT, Menezes Cordeiro, e ao presidente da CMVM, Carlos Tavares, o ex-chairman – que negociou os termos do negócio entre a PT e a OI na sequência do default de 900 milhões de euros da Rioforte – defende que “é legítimo à PT SGPS denunciar o acordo de fusão”.

A carta data de 13 de janeiro, precisamente um dia depois da assembleia-geral, que devia ter votado a venda da PT aos franceses da Altice, ter sido suspensa. Também Menezes Cordeiro, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, e a própria CMVM já manifestaram uma posição idêntica.

Henrique Granadeiro renunciou ao cargo em agosto argumentando que, antes da sua saída, um mês após rebentar o escândalo da Rioforte, defendeu sempre os “interesses do grupo”. Mas, agora, o ex-presidente afirma que a Oi, Zeinal Bava e Pacheco de Melo tinham conhecimento das aplicações, uma vez que os títulos da Rioforte estavam no balanço da empresa brasileira.

“Sendo inquestionável […] que a Oi decidiu tais aplicações através da sua filial PT Portugal, é legítimo à PT SGPS denunciar o acordo de fusão porque no caso de virem a ser aprovados pela CVM do Brasil os acordos definitivos […] a participação da PT SGPS ficará muito aquém do limite mínimo de participação (36,6%) estabelecido na assembleia-geral que aprovou o aumento de capital”.» [Observador]
   
Parecer:

E  aidna deve haver muita coisa por saber.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Granadeiro se o governo também teve conhecimento do investimento da PT na Rioforte.»
  

   
   
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