quarta-feira, julho 31, 2013

Um presidente à manera

A honestidade da senhora ministra das Finanças fez mais uma vítima, depois do ex-ministro Teixeira dos Santos em representação do governo, de Vítor Gaspar e da Direcção-Geral do Tesouro foi a vez de Costa Pina ser um malandro em nome da honestidade da senhora.
  
Em sua defesa veio Cavaco Silva que parece ter menos competências presidenciais do que os jardineiros do Palácio de Belém, para ele a ministra depende da confiança política do primeiro-ministro e este garantiu-lhe que nada manchava o nome da senhora. Isto é, não se percebe bem a existência de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar o conceito de verdade da senhor que deverá ser o seguido e aprovado pela maioria de direita nessa comissão, sendo de supor que a verdade da senhora esteja mais ou menos ao mesmo nível da honestidade dos perdões fiscais de Oliveira e Costa.
  
Se para Cavaco os ministros dependem da confiança política do primeiro-ministro deveria explicar aos portugueses o porquê de quinze dias de crise, enquanto a remodelação ficou a marinar.
  
À falta de melhor começa a ser óbvio que o país só teria a ganhar se o presidente da junta de freguesia de Belém escolhido nas próximas autárquicas acumulasse com as competências de Presidente da República. Aposto que não havia negócios de acções, processos disciplinares por baldas a aulas, amigos como Oliveira e Costa e muitas outras coisas do senhor da Coelha.

Roleta russa

Depois desta remodelação os ministros deste governo deviam deixar de fazer palavras cruzadas ou de jogar à bisca pingada, o jogo mais apropriado é a roleta russa. Não se sabe qual será a próxima vítima daquilo a que Gaspar designou por “falta de liderança”, alguém terá de pagar pelos futuros insucessos ou de ser sacrificado como oferenda aos deuses no altar da ambição de Paulo Portas.
  
Um dia deste Paulo Portas vai escrever outra carta dizendo que a sua decisão é irreversível, tal como sucedeu agora será uma carta marcada e nela estará o nome de quem Paulo Portas quer em sacrifício. Poderá ser o novo ministro do ambiente porque Paulo Portas tem alguém bem colocado para ganhar com os negócios da água ou do lixo, o que será difícil pois esta é uma coutada da Fomentivest, um monstro que tem à cabeça Ângelo Correia, mas que envolve uma boa parte da nata política.
 
Alguém terá de pagar porque Passos Coelho chegou à brilhante conclusão de que a sua ideologia deve ser transformada em orientação económica inquestionável, uma postura que faz lembrar a derrota dos alemães na Rússia depois de Hitler ter chamando a si o comando do exército invasor, ponde de lado os generais de carreira. Passos é o verdadeiro ministro das Finanças e a sua antiga assistente da Lusíada não passa de um pau mandado.
 

Tal como ignorou a carta do seu ex-ministro Passos Coelho nunca aceitará a derrota das suas teses extremistas, longamente debatidas com fieis seguidores nas discotecas da capital.  Se as previsões falhares a culpa não é dele por ser infalível, ou é da economia ou de quem fez as previsões. O problema é que a ministra é ele, isto é, o culpado será escolhido recorrendo à roleta russa.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo Atum_zps9a12e0b5.jpg
 
Painel de Azulejos na Capitania do Porto de Vila Real de Santo António
    
 Só pode estar louco

Vejam bem as barbaridades que o Passos Coelho disse e depois pensem bem se ele está bom da cabeça, dantes não se dava muito pelas suas ideias, agora começa a merecer uma ida a uma consulta de psiquiatria:

  • Quer que a moção de confiança “seja um pacto de confiança com todos os portugueses”.
  • “Podemos estar muito próximos da inversão da crise":

 Surpresa!
 
O CDS votou favoravelmente a moção de confiança apresentada por Cavaco Silva que por estar a mudar o óleo ao jipe não esteve presente delegando em Passos Coelho a sua defesa.
 
 Heil Passos
 
 photo heil-passos_zpsd96c3638.jpg
   
   
 De controleiro a porta-voz de Cavaco
   
«À margem da sua tomada de posse enquanto presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), que hoje decorreu no Salão Nobre da Assembleia da República, David Justino, que é consultor do Presidente da República, Cavaco Silva, e foi o observador da presidência nas negociações partidárias para um acordo de salvação nacional, afirmou-se convencido de que "o futuro vai demonstrar" a possibilidade de se chegar a um compromisso.

"Sei [porque não foi possível os partidos entenderem-se sobre o futuro], mas não o posso dizer, porque a informação é dada ao Presidente da República. Julgo que, muitas vezes ao contrário do que se nota no debate político, há muito mais pontos comuns do que aqueles que sugerem a divergência. O problema são as estratégias políticas e opções em cima da mesa", afirmou Justino.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

É o Justino ou o Cavaco que fala?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Justino que adopte o sotaque de Boliqueime.»
  
 Outro boche apanhado a copiar
   
«Acusações de plágios ensombram mais uma carreira de um alto quadro político da Alemanha. A tese de doutoramento do presidente do parlamento alemão foi posta em causa na Internet, isto após duas acusações terem levado à demissão de dois ministros no país. Norbert Lammert nega o crime e já solicitou a revisão do seu trabalho feito nos anos 70, segundo a imprensa internacional.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
E a Merkel não terá copiado nada?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   
 Não foi o sr. Silva que anunciou a moção?
   
«O primeiro-ministro garantiu no Parlamento que se a moção de confiança que hoje apresenta "pudesse ser encarada como um desafio ao Presidente da República, não a apresentaria".» [DE]
   
Parecer:
 
Este deve estar a gozar com o país.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

terça-feira, julho 30, 2013

Jumento do Dia

    
Cavaco Silva

É a primeira vez na história das democracias que o estratega político de um governo, o responsável pela ideia de apresentar uma moção de censura e o primeiro a propô-la e a apresentá-la aos portugueses não deu a cara, não esteve presente nos debates, não deu a cara para a defender.

Moção de confiança ou moção de censura

O que Cavaco pretende com a moção de confiança que forçou o governo a apresentar é uma fantochada política, tenta passar a mensagem de que o que sucedeu foi mais do que um upgrade do governo para eliminar alguns dos seus bugs, mas sim uma nova versão do governos com novas funcionalidades e um novo manual de instruções.
 
Tenta-se desta forma adquirir uma legitimidade que não se tem, o governo deixou de governar para o país para governar para um parlamento que não passa de um “animal” de estimação. Desta forme tenta-se iludir a ilegitimidade de um governo que mentiu premeditadamente para obter os votos de eleitores que hoje estão arrependidos.
 
Mas, Cavaco aposta tudo no seu governo e sabe que o fracasso de Passos Coelho é o seu próprio fracasso e se um dia tiver de der posse a um novo governo do PS só lhe resta demitir-se, manter-se em funções destruirá o pouco que resta da sua dignidade política. Cavaco não quer apenas assegurar a sobrevivência do seu governo, tem dois anos para o ajudar a destruir o PS.
 
Até qui Cavaco tem sabido manipular Seguro, chegando ao ponto de o pressionar através da comunicação social, como fez quando denunciou supostas manobras para boicotar a sua manhosa salvação nacional. Toda a gente sabe que o parlamento vota no que Passos mandar, muitos dos seus deputados até concordariam em dar uns açoites à mãe se isso lhes fosse exigido.
 

A dúvida não está em saber se Passos tem apoio parlamentar, mas sim em saber se Seguro sobreviver. Esta moção é mais uma tentativa de homicídio político do líder do PS. De um lado Cavaco montou um Passos dialogante e com soluções, do outro estará aquele que Cavaco espera se mostre um banana que não está à altura da situação, é esta a mensagem que a direita pretende fazer passar no debate da moção de confiança, esta moção é na verdade uma moção de censura a Seguro.

segunda-feira, julho 29, 2013

Umas nos cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo Aguas_zpsa8fceee8.jpg
   
Águas-furtadas, Vila Real de Snato António
   
   
 E vão dois mais o Gaspar
   
«Selassie, o chefe de missão da troika em Portugal, que representava o FMI, vai dizer adeus ao País e à missão, pois, segundo fonte oficial, o responsável vai antes assumir funções no departamento africano.

O representante do FMI na missão portuguesa será substituído em Setembro por Subir Lall, director do departamento europeu do FMI e chefe de missão para a Alemanha e Holanda, países que, segundo o Sol, acumulará com Portugal já na oitava e nona avaliação.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Pois, o rapaz sempre revelou mais jeito para países como o seu, só é pena que desta forma se escape às responsabilidades pelo que fez em Portugal. Gaspar demitiu-se assumindo o falhanço, o Durão Barroso calou-se, o comissários dos Assuntos Monetários despareceu e o BCE não diz nada, a troika prepara-se para não assumir as responsabilidades pelo desastre português.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Que vá com Deus.»
  
 Começa a perceber-se porque Portas queria demitir o Álvaro
   
«A indicação de Pires de Lima, transmitida em nota enviada à agência Lusa pelo Ministério da Economia, surge no dia em que o Correio da Manhã noticia que, dias antes de abandonar a pasta da Economia, o antecessor Álvaro Santos Pereira "deu instruções para ser declarado o incumprimento definitivo do contrato de contrapartidas da compra dos torpedos para os submarinos".

Segundo o gabinete do novo ministro com a tutela da Economia, o contrato de contrapartidas que deriva de aquisição de torpedos tem um período de vigência de oito anos, que termina em fevereiro de 2014.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
O CDS volta a controlar o negócio.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 O elogiador oficial
   
«Nuno Amado elogia os responsáveis do Governo pelas pastas das Finanças, Maria Luís Albuquerque e da Economia, António pires de Lima. Para o banqueiro, “ser ministro nestas circunstâncias não é fácil".

Na opinião do presidente do BCP, o cargo de ministro "hoje em dia não é um posto tão apetecido assim".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Este senhor não trabalhava no banco Santander, o tal que se encheu a vender swaps?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se um estojo de graxa ao senhor.»
   
 Despedimento preparado em Agosto
   
«“O Ministério das Finanças deu indicações às direções gerais e regionais dos diferentes serviços da Administração Central do Estado, já na semana passada, para que apresentem, até sexta-feira, dia 02 de agosto, horários de trabalho reformulados à luz da nova legislação hoje aprovada com vista ao aumento do horário de trabalho no Estado”, revelou à Lusa o dirigente da Frente Sindical da Administração Pública (FESAP), José Abraão.

O responsável sindical referiu ainda que o Governo deu indicações aos serviços para que “reformulem os mapas de pessoal para que, perante a indicação de excedentários, estes possam ser colocados no regime de requalificação até ao final do ano”.

“O Governo está a pedir aos dirigentes que façam o trabalho sujo”, acusou José Abraão, considerando tratar-se de uma “precipitação” do Governo, numa altura em que se desconhece se os diplomas, hoje aprovados na especialidade e que ainda aguardam a votação final global em plenário, “vão ou não cair no Tribunal Constitucional”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Era de esperar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

Jumento do Dia

    
Medina Carreira

Já não há paciência para aturar este modesto fiscalista,

«Medina Carreira voltou a tecer duras críticas ao actual estado da política nacional. No seu espaço de comentário na TVI 24, o jurista defendeu que a mais recente crise política “nasceu da coligação entre políticas orçamentais”, não deixando de atribuir a culpa aos partidos, mas não só aos que pertencem ao Governo.» [Notícias ao Minuto]

A sorte destes gajos

A sorte destes gajos é que na hora de a Europa decidir superar esta crise não se pode esquecer de ajudar os idiotas que acreditaram na tese da austeridade e que de forma tão servil foram mais boches do que os alemães, desempenhando o papel de pitbull da senhora Merkel. Os alemães não se vão esquecer de um velho amigo que num dia publicava artigos no site do ministério das Finanças alemão e uma semanas depois demitia-se assumindo-se como um falhado ao serviço de outro falhado.
 
A sorte destes gajos é que qualidades como a falta de honestidade intelectual ou o oportunismo não é um exclusivo nacional, ninguém na Europa vai querer assumir o falhanço da tese da austeridade brutal, até porque isso colocava a questão das consequências e responsabilidades financeiras. Além disso ninguém quer a continuação desta crise financeira, nem mesmo as agências de notação pois quanto mais se propaga e prolonga a crise mais penalizados estarão os investidores que lhes pagam os serviços. A crise vai acabar da mesma forma que começou, com mentiras.
 
A sorte destes gajos é que a Alemanha, assim como a União Europeia, vai preferir dizer que Portugal é um caso de sucesso e premiar esse estatuto com ajudas que ajudarão a disfarçar o desastre. É isso que justifica a docilidade com que foi recebida a crise ou a forma tolerante com que foi adiada a 8.ª avaliação. Nem se ouviram as habituais mensagens do pitbull O’Connors,

A sorte destes gajos é que a troika vai permitir aligeirar a austeridade em 2014 e o adiamento do pacote de austeridade que o Passos se propôs lançar para compensar os resultados desastrosos dos primeiros dois anos do ajustamento
 

O problema destes gajos é que nem a boa imprensa da nova vedeta do ministério da Economia, nem o ressuscitar dos projectos de Sócrates promovido por Paulo Porta e muito menos os discursos de Passos Coelho irão promover o crescimento económico. Estes gajos vão perceber que nem tão cedo os investidores, nacionais ou estrangeiros, vão confiar num país governado por loucos.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo Aldrabas_zpseace6817.jpg
  
Aldrabas da porta da antiga Alfândega de Vila Real de Santo António
    
 Dúvida

Têm a certeza de a modesta gestora de empresas com uns conhecimentos de swaps tem capacidade técnica par orientar a preparação de um Orçamento de Estado?

 Este senhor irrita-me

 photo Beleza-de-merda_zps2785284a.jpg

Cada vez que aparece a falar fico com uma vontade danada de mandar o PS à bardamerda. Quando li o título no email do Notícias ao Minuto pensei que a declaração fosse de umas dessas personagens obscuras do PSD que costumam ser chamadas quando é preciso dar golpes sujos.
  
      
 Agora é que vai ser
   
«1. O governo pequeno e enxuto, aquele que ia provar que todos os governos anteriores eram grandes e despesistas, não correu bem.

Foi assim: uns rapazes leram umas coisas numas contracapas duns livros sobre Estados pequenos e fortes, confundiram aquilo tudo e pensaram que se criassem uns superministérios e fizessem muita força ia tudo funcionar às mil maravilhas. O próprio Estado, por artes mágicas, ficava mais maneirinho. Entretanto parou-se o funcionamento dos ministérios durante meses. Perdeu-se muito tempo e muito dinheiro. Agora voltamos aos anteriormente chamados governos grandes e despesistas e vai ter de se começar tudo de novo. Estamos perante uma situação que merece um estudo académico aprofundado: o caso de meia dúzia de deslumbrados que andaram a brincar aos governos durante a mais grave crise dos últimos anos. Mas agora é que vai ser.

2. Durante dois anos não se conseguiu atingir uma meta, nem acertar uma previsão. Nem consolidação orçamental, nem reforma do Estado, nem reformas estruturais, nem austeridade nos sítios certos. Mas tivemos desemprego, recessão, emigração e impostos com fartura.

O principal executor da política prosseguida, o que aplicou a receita além da troika, o que pôs no terreno aquele que seria o programa do Governo mesmo que não houvesse memorando, foi-se embora dizendo que o plano estava errado e que Passos Coelho tinha problemas de liderança. O primeiro-ministro e a ministra das Finanças - a senhora com problemas de memória que é uma espécie de Gaspar de antes da carta de demissão - passaram as duas últimas semanas a dizer que a estratégia que tudo tem destruído é para manter e é-nos afiançado que uns pozinhos de perlimpimpim transformaram Passos Coelho num líder.

Ao mesmo tempo, os membros do Governo patrocinados pelo outro primeiro-ministro lançam foguetes anunciando que agora vai ser crescimento económico até fartar e investimento a rodos. De que forma é que se esqueceram de dizer.

Digamos que é capaz de não estarem reunidas as condições para entendimentos e talvez se torne difícil fazer o Orçamento para 2014.

Quem vai renegociar o memorando? Os que acham que se tem de mudar de rumo ou os que pensam que ainda se não foi suficientemente longe na loucura?

Mas agora dizem-nos que tudo isto pouco importa. Temos de esquecer as profundas diferenças programáticas e até ideológicas entre os membros do novo Governo, esquecer que foi este o primeiro-ministro dos dois anos anteriores, ignorar a catástrofe em curso e fingir que há alguma hipótese de crescimento e investimento com os cortes programados e a manutenção das políticas troikianas. E porquê? Porque agora é que vai ser.

3. Coesão, Credibilidade, Confiança. Os tais atributos que o Presidente da República não reconhecia a esta nova solução governativa há quinze dias, mas que agora por qualquer razão que nos esqueceu de explicar existem com fartura.

Um vice-primeiro-ministro que troca o valor da sua palavra e a sua honra por uns cargos para si e para o seu partido não inspira grande confiança.

Um Governo que insiste em ter ministros que mentem com os dentes todos que têm na boca no Parlamento não será propriamente de fiar.

Um Governo que continua a ter um primeiro-ministro que acha os portugueses preguiçosos e cometeu todos os erros possíveis e imaginários durante dois anos não se torna credível apenas por agora ter gente com a qualidade e a experiência política e profissional de Pires de Lima ou Moreira da Silva - já tinha e continua a ter excelentes elementos como Paulo Macedo ou Miguel Macedo. Sim, as pessoas são importantes, mas se os líderes são maus e, sobretudo, as políticas estão erradas nada pode mudar.

Um Governo em que o ministro dos Negócios Estrangeiros acha o vice-primeiro-ministro politicamente hipersensível e de comportamento errático e que pensa que será muito difícil aos ministros aceitar o primeiro-ministro ao lado de Paulo Portas, que acha que Maria Luís não é a pessoa indicada para o novo rumo que será preciso tomar, não indicia grande coesão.

Mas, claro está, isto são suspeitas infundadas. Está tudo coeso, sólido, unido. O que lá vai, lá vai. Agora é que vai ser.

4. Para nós portugueses, os que sofremos com todos os desvarios presentes e passados, seria bom que o Governo mudasse de política e de atitude perante os nossos credores. Que este novo Governo abandonasse os delírios revolucionários Que a incompetência desse lugar ao mínimo bom senso. Que subitamente Passos e Portas se transformassem em estadistas. E isso será talvez tão fácil como pôr galinhas a voar. Impossível, mesmo que se diga muitas vezes, batendo com a mão no peito, que agora é que vai ser.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.
   
   
 Está à rasca
   
«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, deixou hoje um aviso aos que pensam que as autárquicas são "favas contadas" e que podem abrir uma crise política dentro de uns meses com o resultado das eleições de setembro.

Passos Coelho, na Festa de Verão do PSD de Vila Real, em Pedras Salgadas, concelho de Vila Pouca de Aguiar, e debaixo de chuva intensa, justificou aos militantes e simpatizantes sociais-democratas a prioridade que deu, nestes dois anos, à execução do programa de assistência económica e financeira.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Sempre que está a passar por um mau bocado Passos Coelho foge par Vila Real onde se monta um encenação para se filmarem uns quantos indígenas  aplaudirem-no, algo que hoje só é possível por aquelas bandas ou em dia de missa no Mosteriro dos Jerónimos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
  Subsidiodependentes
   
«Governo de Passos Coelho e Jardim garantiram que a fundação, com património superior a 10 milhões de euros, "não recebe um tostão do Estado". Mas as verbas para a reflorestação vieram da UE e do OE

A Fundação Social-Democrata da Madeira (FSDM) recebeu apoios no montante de 1,1 milhões de euros, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira (Proderam 2007/13), destinados à reflorestação da herdade do Chão da Lagoa, onde terá lugar este domingo a festa anual do PSD regional.

Os dois primeiros financiamentos concedidos pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), em 2010 e 2011, no âmbito do Proder madeirense, destinaram-se a projectos de reflorestação da herdade da fundação. O Ministério Público interpôs uma acção contra esta entidade junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, por denúncia particular feita em 2007 contra o depósito de terras e alteração morfológica do terreno, para apurar se houve violações ao licenciamento nas terraplenagens executadas para acolher as amplas zonas de comício e estacionamento na festa do PSD.

A fundação - que tem como finalidade "contribuir para o desenvolvimento do regime democrático e da autonomia política da Madeira (...) através principalmente da realização de estudos e de acções de investigação, divulgação e formação" - também recebeu em 2012 mais 503 mil euros. Neste caso, segundo a própria beneficiária, para financiar um novo projecto de reflorestação "motivada pelos incêndios de 2010 e consequente devastação da floresta integrante da Herdade do Chão da Lagoa", que levaram ao adiamento da festa de Julho para Setembro desse ano.» [Público]
   
Parecer:
 
Ainda vamos descobrir que fomos nós a pagar a poncha das bebedeiras da festa e ainda vão fazer como a Luisinha Tóxica e dizer que foi coisa do governo anterior.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

domingo, julho 28, 2013

Jumento do Dia

    
Pedro Passos Coelho

O mais recente afilhado do senhor Silva é um defensor quase doentio do consenso, do diálogo e agora até da bafienta união nacional.

«“Quero apenas reafirmar que o país precisa muito de um espírito de união e de união entre todos os portugueses e de uma união nacional”, salientou Passos Coelho quando questionado pelos jornalistas, em Alijó, sobre as reações dos partidos da oposição ao seu apelo.

O primeiro-ministro disse na sexta-feira que o país precisa de um “clima de união nacional, não é de unidade nacional, é de união nacional, que permita essa convergência"» [Notícias ao Minuto]

Semanada

Quem visse a alegria transbordantes do governo e até do cota na tomada de posse dos ministros remodelados corria um sério risco de pensar que aquele pessoal estava a meio de uma trip de LSD e o olhar esgroviado se devia a visões psicadélicas. Mas o LSD está fora de moda e as lojas dos cogumelos foram fechadas pelo que a única explicação possível é o álcool, se calhar Cavaco brindou a malta com uns carapaus alimados à moda da Quinta da Coelha e serviu-lhes um Lagoa, um vinho que costuma enganar os principiantes pois parece refresco.
 
Quem parece ter abusado do Lagoa é a ministra das Finanças que se arrisca a ficar conhecida pela Luisinha, a Tóxica, com os seus swaps já pôs em causa vários ex-governantes e nem a sua antiga chefe na REFER se escapou. Só mesmo alguém que esteja sob o efeito do Lagoa não percebe que a senhora não só mentiu, como o fez pondo em causa a dignidade de outras pessoas, contando que estes ficassem caladas. Teve azar e um dia destes vai provar as suas próprias toxinas. Esperemos que saiba passar o dossier aos seus sucessores.
 
Começa a ser evidente que Seguro caiu na ratoeira de Cavaco Silva e isso talvez explique o ar feliz de Cavaco nas posses e a nopva postura dialogante de Passos Coelho. Seguro tem o complexo do rapaz certinho e em vez de terr em consideração os valores e o sentir do partido que dirige ou o que está em causa opta sempre pela posição que lhe dá um ar de rapaz que promete. O resultado tem sido desastroso e o seu amigo Passos Coelho farta-se de gozar com ele e já faltou mais para que o líder do PSD venha em auxílio de Seguro contra os conspiradores do seu partido, os tais que Cavaco acusou de estarem a boicotar a sua salvação nacional.
Passos Coelho anda a ler muitos livros sobre Salazar e agora até já propõe uma união nacional. Bem, sempre há algum progresso, sempre é melhor o governo inspirar-se em Salazar do que no nazismo, algo que parece suceder quando se chama requalificação a um despedimento ou quendo se sugere aos portugueses que emigrem.

Umas no cravo e outraas na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo VRSA-01_zps64d788ec.jpg
 
Vila Real de Santo António
    
 Quem lidera a oposição

Há qualquer coisa de errado, com um governo tão sacana e incompetente e não há candidato a líder da oposição.

 Deve ser das leituras que faz
 
A proposta de união nacional feita por Passos Coelho a Seguro cheira mal que tresanda e o que fez Seguro? Ficou calado.

      
 Albuquerque e o dominó dos swaps
   
«Cuspir para o ar num Governo onde há sempre ventos contrários, às vezes até em turbilhão, é um tremendo risco. A imagem é repugnante, mas é de propósito. Porque é exatamente isso que está a acontecer com a polémica dos swap e o envolvimento de Maria Luís Albuquerque. A tentativa pueril de atirar as culpas de mais um caso de desaire financeiro - quase tão mau como as famosas PPP - para o anterior Governo foi desde o início mal medida. Passos Coelho e a tropa de assessores nascidos na blogosfera e nas agências de comunicação que levou para o Governo esqueceram-se da promessa eleitoral de nunca se desculparem com o passado e quiseram fazer chicana política. Politiquice. E a ideia não podia deixar de dar para o torto. A nova ministra das Finanças acaba apanhada numa rede na qual quanto mais estrebucha mais se enleia. Só pelo seu percurso profissional, Maria Luís Albuquerque tinha de saber do assunto. Sabe-se agora também que, na sua ainda curta carreira política, esteve sempre atenta ao problema. E que recebeu informação e foi avisada da gravidade do problema. A questão central não é pois se mentiu e quanto mentiu no Parlamento, porque isso apenas atesta sobre a sua credibilidade pessoal e política. É porque deixou passar dois anos, comprovadamente sempre preocupada em receber todos os dados, até gritar aqui d"el rey. Dois anos durante os quais as perdas potenciais de que foi alertada logo quando se tornou secretária de Estado duplicaram. Houve um erro grave de vários gestores de empresas públicas e dos ministros que os tutelavam no tempo de Sócrates: aplicaram dinheiro público através de instrumentos financeiros de alto risco e deviam ser responsabilizados pelas gigantescas perdas que este jogo de casino trouxe ao Estado. Era fazer isto, doesse a quem doesse, e assunto encerrado. Mas não. Optou-se por uma caça ao rato que de repente se tornou num daqueles jogos em que as peças de dominó vão caindo sucessivamente até à última. E, depois de administradores e secretários de Estado, essa derradeira figura pode ser a da própria minis- tra. Fragilizada numa nomeação contra o parceiro de coligação que se demitiu por sua causa. Fragilizada porque ao revogar a sua irrevogável decisão, Portas ficou com a tutela de muitas das suas competências. Fragilizada por uma polémica que a consome por dentro, Albuquerque é uma ministra a prazo. E é ela a grande ameaça à nova coesão do Governo.
  
A quota do Banco Português de Negócios
  
Das duas, uma: ou este governo tem mesmo a tentação do abismo ou, face ao descrédito em que mergulhou, já não consegue convencer ninguém a juntar-se-lhe. Seis meses depois da escolha de Franquelim Alves para secretário de Estado este sai e Passos Coelho deve ter decidido que tinha de manter a quota de BPN dentro do Governo e escolheu Rui Machete para ministro dos Negócios Estrangeiros. Não está em causa a competência de um ou de outro. Nem sequer a responsabilidade de qualquer dos dois no maior escândalo, o maior crime financeiro, existente em Portugal. Está em causa a ética política e a ética da responsabilidade. Se não fosse isso, nem eles nem quem os contratou teriam tido vergonha de colocar no currículo essa parte do passado. Passos pode até ter querido vingar-se de Cavaco, que em 95 afastou Machete do Governo do Bloco Central em que era vice-primeiro-ministro de Soares. Ou, simplesmente, ter sentido a necessidade de ter um peso pesado da política para dar uma aura de maturidade a um governo em que a falta dela tem sido mais do que evidente. Mas parece não aprender com os erros. É que, como se não bastasse, ainda acabou a semana a dar uma nova oportunidadea Agostinho Branquinho, o salta-pocinhas-mor do poder político para o económico. Assim, não há confiança dos cidadãos que resista.
  
O isolamento de Seguro
  
Passos perdeu porque viu o CDS fazer uma OPA hostil no Governo. Portas perdeu porque o seu poder governamental aumentou menos do que diminuiu a sua credibilidade política. Cavaco também não ganhou nada. Mas o grande derrotado da semana e meia de negociações para o consenso de salvação nacional foi António José Seguro. Como candidato a primeiro-ministro e estadista, nunca podia dizer não ao repto presidencial. Mas todos sabiam que o acordo era impossível, que a ideia presidencial estava condenada à partida. Onze dias e nove rondas de negociações depois, nunca se saberá realmente o que foi verdadeiramente discutido. Mas ficou a nu que o PS apresentou uma mão-cheia de propostas que tinham tanto de inconciliáveis como de irrealistas. Com as quais vai ser encostado à parede. A cada proposta da maioria que se aproxime das apresentadas pelos socialistas, a começar já pela reforma do IRC, Seguro vai ver Passos e Portas exigirem-lhe o apoio obrigatório e não conseguirá justificar uma recusa. Ameaçado pela velha ala do partido e pela concorrência de sempre, é um líder ainda mais isolado a quem o Governo não vai deixar de pressionar. Pelo que se alguém, daqui a uns anos, teorizar que a crise das últimas semanas foi congeminada por Cavaco, Passos e Portas, ainda tenderemos a acreditar.» [DN]
   
Autor:
 
Filomena Martins.
   
   
 É o efeito Crato
   
«A participação portuguesa na 54.ª edição das Olimpíadas Internacionais de Matemática, a decorrer na Colômbia até domingo, foi a melhor de sempre, com o 36.º lugar na classificação por países, num total de 97.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Um ano e pouco mais e a miudagem já sabe de matemática, um verdadeiro milagre cratino, ou terá sido antes a Nossa Senhora de Fátima?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se ajuda à especialista em santinhos para identificar o santo milagreiro.»
  
 O que é preciso é ajudar o Menezes
   
«A candidatura independente de Nuno Cardoso à Câmara do Porto não vai incluir listas às freguesias para não ser cúmplice da “reforma administrativa” do Governo, disse à Lusa o ex-autarca.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Até onde poderá descer o ser humano?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Está explicada a festa da remodelação
   
«A equação da felicidade foi desenvolvida pelo professor nova-iorquino Todd Kashdan que apresentou seis fatores essenciais para atingir o bem-estar e, consequentemente, a felicidade, avança o jornal britânico 'Daily Mail'. A equação resulta da combinação perfeita desses elementos.
  
Segundo o professor de psicologia, os agentes para uma vida feliz são: viver no momento (M), ser curioso (C), fazer coisas de que gostamos (L), pensar nos outros primeiro (T), cultivar as relações (N) e cuidar do corpo (B).» [CM]
   
Parecer:
 
Até o Cavaco deve ter seguido a equação, até parece que estava com uma pedrada ou que tinha abusado do tintol com os carapaus alimados, tal era a felicidade que transparecia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 TE a Luisinha Tóxica ainda é ministra?
   
«A ministra das Finanças, permitiu, em janeiro deste ano, um contrato entre a Parpública e a ELOS - Ligações de Alta Velocidade com swap associado, com uma perda potencial de 180 milhões de euros.
  
No contrato, a que o CM teve acesso, pode ler-se: "O financiamento em causa tem associados vários contratos swap de taxa de juro originalmente negociados entre os diferentes bancos e a ELOS, cujo valor de mercado, atualmente desfavorável à ELOS, ascende a cerca de 180 milhões de euros que a Parpública tem de assumir nos termos do acordo global".» [CM]
   
Parecer:
 
Digamos que Passos Coelho teve um momento de generosidade e de abertura à oposição ofercendo-lhes o direito a abono de família.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à senhora se já percebeu que não tem futuro ou se encomenda as previsões no mesmo sítio onde as encomendava o Gaspar.»
   
 Velhos conhecidos
   
«No início dos anos noventa o actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, presidiu à comissão parlamentar de inquérito aos alegados perdões fiscais concedidos pelo ex-secretário de Estado de um Governo do PSD e, mais tarde, presidente do BPN, Oliveira Costa, a empresas do centro do país, nomeadamente, à Cerâmica Campos. No relatório final, os deputados ilibaram Oliveira Costa, que é hoje o principal arguido do caso BPN (onde o Estado já injectou cerca de 4 mil milhões de euros), de qualquer “actividade discriminatória culposa imputável”.

A nomeação de Rui Machete para ministro de Estado e chefe da diplomacia portuguesa surpreendeu os meios políticos e suscitou críticas à esquerda pela sua relação com o BPN. “No momento em que as fraudes do BPN e da SLN pesam tanto nas contas públicas e no bolso de cada contribuinte, julgo tratar-se de uma escolha de muito mau gosto”, afirmou o deputado João Semedo do Bloco de Esquerda. O ministro dos Negócios Estrangeiros respondeu após ter sido empossado. “Isso denota uma certa podridão dos hábitos políticos”, criticou, assegurando estar “de consciência tranquila há muitos anos.”» [Público]
   
Parecer:
 
Este até o Corleone ilibava se fosse amigo dele.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

sábado, julho 27, 2013

    
Marques Mendes

Marques Mendes comenta política, Marques Mendes aconselha o Chefe de Estado, Marques Mendes dá conselhos televisivos a Passos Coelho, Marques Mendes divulga a maior parte dos projectos do governo, Marques Mendes serve de porta-voz oficioso, Marques Mendes desdobra-se em apoios a candidaturas autárquicas. mas diz que não vai regressar à política. Querem ver que a dita sou eu?

«Numa altura em que não tem poupado críticas a Passos Coelho e ao Governo nos seus habituais comentários televisivos na SIC, o antigo ministro e ex-líder do PSD Marques Mendes garantiu, nesta sexta-feira, no final de um jantar de apoio aos candidatos autárquicos do partido no concelho de Lagoa, realizado numa unidade hoteleira da localidade do Carvoeiro, que não está "nem de longe nem de perto de regresso à vida política".» [DN]

O click do crescimento

 photo click_zps4ee01f35.png

Agora que anda tanta gente a dizer que vem aí a fase do crescimento será bom recordar que é ao Gaspar que se deve o anúncio desta estação primaveril tantas vezes anunciada. Atrapalhado com os sucessivos erros de previsão e com a economia em colapso o ex-ministro anunciou a fase do crescimento ao mesmo tempo que preparava a duplicação da dose da austeridade.
 
Desde então o governo não se cansa de anunciar a mudança para a estação do crescimento, chegou mesmo a divulgar um vasto programa e o malogrado sôr Álvaro inventou mesmo a tese da reindustrialização da Europa, chegou mesmo a envolver um condescendente e paciente governo francês nesta palermice digna de uns bitaites de um intervalo entre a bica e o bagaço.
 
Ao que parece as economias entram em recessão por decisão governamental como se fosse uma dieta para combater uma troika formada pelo colesterol, diabetes e hipertensão e quando estão magrinhas e elegantes o governo decide que está na hora de voltar a crescer, mas desta vez em vez de crescer à base de celulite despesista, deverá fazê-lo com músculo, um crescimento saud´vel a que designam sustentado, deve ser por ser sustentado por tanta miséria...
 
Parece que estamos naquela fase em que podemos voltar a ganhar volume, ainda que a dieta continue a ser rigorosa, tão rigorosa que vamos ficar com pele e osso. Mas mesmo assim a direita anima a vítima prometendo-lhe a fartura. Este governo lembra-me a anedota do amigo que na hora do jantar metia um filho ao colo e ia-lhe falando as melhores iguarias até que, deliciado com tanta fartura, o puto acabava por adormecer. Cada vez que um adormecia gritava para a mulher “ó Maria, traz outro que este já jantou!”.

Estes senhores querem convencer-nos que depois de terem destruído uma boa parte do tecido económico, depois de terem falado mal de Portugal e dos Portugueses em todo o mundo, depois de terem atirado o país para uma profunda crise social, depois de terem promovido a fuga de capitais, os consumidores desatam a consumir r os investidores fazem fila nas fronteiras. Para isso basta nomear para a Economia um rapaz simpático com o MB e promover o Porta a primeiro-ministro em exercício.
 
Estes palermas estão esquecidos do tempo em que Durão Barroso aumentava o défice de forma exponencial prometia linhas de TGV em barda, divulgava mega orçamentos para a investigação em reuniões extraordinárias realizadas em Óbidos e todos os dias via sinais de retoma. Tudo servia de sinal de retoma, desde as cotações da bolsa às previsões meteorológicas. A direita portuguesa sempre teve um grande jeito para promover o desenvolvimento económico.
 
Cavaco gastou milhões e deixou a economia em recessão, Durão deixou um défice digno de uma república das bananas e fugiu de Portugal com o país em recessão. Vai ser o grandioso Passos Coelho que sabe tanto de economia como eu de lagares de azeite que sem investir um tostão, com os bancos à rasca, os investidores e os consumidores assustados e com mais um programa de austeridade brutal vai conseguir o crescimento.
Esta tese de que se decide o crescimento económico com um click só pode ser gozo, estão gozando com Portugal e com os portugueses.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Tempo de praia
  photo Cabeccedilo_zpsdde227a3.jpg
  
Praia do Cabeço, Castro Marim
   
Até meados de Agosto vou andar por ali, pelo que a publicação neste blogue vai apresentar sintomas de arritmia, nada que não seja mais difícil de superar do que as toxina da Maria Luís.
    
 A encenação

Ou o pessoal do governo se enfrascou ante da posse dos remodeladores e estavam todos bêbados ou o país asssitiu a uma encenação colectiva de felicidade, até o Paulo Portas que parecia que andava com os ditos apertados apareceu todo sorridente e apaixonado pela personagem do Rui Machete.

Quem não conhecesse essa gente até ficaria a pensar o PSD tinha acabado de ganhar as eleições, que a ministra das Finanças nunca tinha sido toxicodependente financeira e que o Paulo Portas tinha voltado a aderir ao PSD e pedido perdão a Cavaco por tudo o que disse dele no Independente.

 O cumprimento
 
Ninguém reparou, mas na cerimónia e posse não havia apenas um homem do BPN, na verdade houve mesmo um simpático abraço entre um ex-reponsável da SLN e um ex- administrador do Banco Efisa. Aliás, o segundo até já deu uma entrevista onde elogia a escolha do primeiro.

Adivinha: qual foi o ex-administrador do Banco Efisa que esteve presente na cerimónia? Uma pista: procurem no Google por "elogia escolha de Rui Machete".
 
 O governo que era zipado

Ao ritmo a que este governo cresce a próxima reunião informal do Conselho de Ministro terá de se realizar nas bancadas do Estádio Nacional.
 
 O Pinóquio já não precisa de morrer infeliz, tem a sua Pinóquia
 
 photo Pinoquia_zps7358e7e9.jpg

      
 A dissimulação
   
«Paulo Portas decidiu-se: escolheu dissimular. Assim sendo, o anunciado “segundo ciclo” de governação da direita será, assumidamente, o ciclo da dissimulação. E o espectáculo já começou.

No mesmo comunicado em que, por razões de alegada "consciência", anunciou a sua famosa demissão "irrevogável", Paulo Portas antecipou, com impressionante franqueza, o que significaria continuar no Governo. Explicou ele, preto no branco: "ficar no Governo seria um acto de dissimulação". É sabido que depois, pensando melhor entre a demissão e a dissimulação, Portas decidiu-se: escolheu dissimular. Assim sendo, o anunciado "segundo ciclo" de governação da direita será, assumidamente, o ciclo da dissimulação. E o espectáculo já começou.

Como explica o Dicionário da Porto Editora, "dissimulação" é o "acto ou efeito de dissimular; fingimento, disfarce; ocultação". E "dissimular" é "fingir" ou "fazer parecer diferente". A propaganda ostensiva dos últimos dias prova que o desafio assumido por este Governo remodelado é esse mesmo: fazer parecer que é o que não é.

O primeiro fingimento, demasiado grosseiro para passar despercebido, consiste na tentativa de fazer passar este Governo remodelado por um "novo Governo". A intenção é óbvia: fugir às responsabilidades pelos resultados desastrosos dos últimos dois anos - como se estes devessem ser facturados não ao Governo de Passos Coelho e Paulo Portas mas a essa outra entidade, entretanto desaparecida: o "Governo do primeiro ciclo". Mas não há disfarce que resista: 

o Governo que Gaspar reconheceu falhado e desacreditado, e que o País viu dividido e desautorizado, é este mesmo Governo que Passos Coelho e Portas conduziram até aqui, com 127% de dívida pública, 10,6% de défice, 4% de recessão e quase 18% de desemprego. Nenhuma renovação de caras, nenhuma revisão orgânica, nenhuma redistribuição de poder poderá apagar estes dois anos de falhanço, desastre económico e tragédia social. 

O segundo fingimento não é menor do que o primeiro e diz respeito à própria ideia de um "novo ciclo". É aí que Paulo Portas terá de jogar o melhor das suas habilidades na arte da dissimulação para cumprir uma estratégia de absoluta duplicidade: garantir continuidade à ‘troika' ao mesmo tempo que se promete mudança aos portugueses. É certo, a escolha do discurso e dos protagonistas pode ajudar. Mas não é tudo. Há-de chegar o momento da verdade, sem lugar para mais fingimentos nem disfarces: o Orçamento para 2014 e o corte de 4.700 milhões de euros. O novo ciclo confirmar-se-á, então, como um segundo ciclo de austeridade, com mais cortes nas pensões e nos salários. Com mais despedimentos na função pública e com mais desemprego. Nesse dia, cairá a máscara.

Ao fim de dois anos de reconhecido falhanço e três semanas de crise política, o Governo, a mando do Presidente da República, propõe-se perguntar ao Parlamento se é digno de confiança. Mas, verdadeiramente, não é sobre isso que o Parlamento lhe vai responder. O que vai ser votado é o juramento de fidelidade do CDS a um Governo que queimou, uma a uma, todas as bandeiras políticas que fizeram a identidade do CDS - dos contribuintes, aos pensionistas. E que, com maior ou menor dissimulação, vai continuar a fazê-lo. Ficaremos então a saber o que já se suspeitava: a identidade do CDS é revogável.» [DE]
   
Autor:
 
Pedro Silva Pereira.
   
   
 Governo usa fraldas para incontinentes
   
«“Dois ou três chumbos inviabilizarão as metas e não temos alternativa”, afirmou ao Sol fonte governamental.

O semanário noticia hoje que o “Governo está assustado” e que o maior medo do Executivo nesta altura, depois da acalmia provocada pela comunicação do Presidente da República, que pediu um Governo até ao final da legislatura, deve-se à atitude do Tribunal Constitucional face às novas medidas de contenção na despesa.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Pois, o voto do PS dava muito jeito.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Afinal havia outro...
   
«Cavaco Silva não enviou apenas um observador para as recentes negociações tripartidárias mas também uma carta detalhada aos três partidos – PSD, CDS-PP e PS – que serviu de guião, noticia hoje o jornal Sol, que adianta que o intuito era abrir caminho à renegociação com a troika.

A carta tinha o carimbo de “confidencial e pessoal” e foi enviada logo na sexta-feira, dia 12, dois dias depois do discurso de Cavaco Silva ao País. O objectivo foi assegurar que não restavam dúvidas sobre o que o Presidente pretendia em torno do “compromisso de salvação nacional” e transmitir que o objectivo central de Cavaco era um acordo concreto que pudesse abrir caminho a um pedido conjunto para rever o memorando de entendimento com a troika, ou seja, não bastava chegar a um documento vago.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Afinal, quem fez pressões sobre Seguro, alguém do seu partido ou alguém do PSD que tem gabinete em Belém?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»