sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Pintando na Rua Augusta

IMAGEM DO DIA

[Hoge Noorden / EFE]

«Vertido. Una de las aves rescatadas de un vertido de petróleo en el Mar del Norte, en Alemania, y que ha sido acogida en un refugio en Moddergat, Holanda, donde son limpiadas.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

A política do sofá de Francisco Louçã

Longe vão os tempos em que Francisco Louçã procurava inspiração política nos velhos livros de Trotsky, agora fá-lo confortavelmente sentado no sofá. Há alguns dias uma televisão dava conta da utilização de salas pré-fabricadas com a aparência de contentores (se fossem contentores os camiões teriam que usar duas faixas), ontem lá foi o Louçã ao local para fazer a homilia da praxe e ganhar dois minutos de tempo de antena.

A IRMÃ LÚCIA VAI SER BEATIFICADA MAIS CEDO

O mais curioso é que tal como nos hospitais onde uma cunha serve para acelerar a consulta, também na beatificação dos pastorinhos recorreu-se ao estratagema da cunha, para o que se contou com o cardeal que tem precisamente a pasta dos santos e beatos. É uma pena que o Durão Barroso que prometeu meter umas cunhas em favor do país não tenha o mesmo jeito do cardeal.

UM CARTOON QUE TAMBÉM SE PODIA APLICAR A PORTUGAL

"Para quê estudar para águia se depois só há trabalho de abutre?"

AZAR!

Quando se esperava mais uma má notícia o INE divulga um crescimento económico, pela forma como os partido da oposição reagiram parece ter sido um azar, estavam desejando piores resultados e já nem o conseguem esconder. Esta oposição é tão miserável e sem ideias que só lhe resta que sucede alguma desgraça para que se anime.

SOCIALISMOS

«A forma como Correia de Campos, o antigo ministro da Saúde, foi imolado perante os protestos da rua e as exigências de Manuel Alegre, foi unanimemente vista como uma abertura à "esquerda" que, neste momento, ameaça o futuro do eng.º Sócrates e o seu hipotético sucesso eleitoral. É verdade que a oposição do PSD, mais do que uma ameaça, é um precioso brinde ao Governo e à maioria socialista que o apoia. E é verdade também que o primeiro-ministro, no exacto momento em que despachou o eng.º Correia de Campos, passou miraculosamente a "compreender" todos os portugueses que são afectados por algumas das suas reformas. Os "privilegiados" de ontem passaram, assim, a ser os "compreendidos" de hoje: da mesma forma que o eng.º Sócrates deixou de ser um primeiro-ministro autoritário para se transformar, de repente, num primeiro-ministro que nasceu estrategicamente em Alijó. E, como o povo bem sabe, nascer em Alijó não é um acaso da vida, mas um certificado de garantia que ilumina os predestinados.

Perante isto, a dita "esquerda" floresceu: com o futuro do eng.º Sócrates na mão e a cabeça do eng.º Correia de Campos no bolso, Manuel Alegre, depois de um merecido repouso, reapareceu em glória e em nome do socialismo. Sem sair do partido, que os tempos não estão para grandes aventuras, este misterioso apóstolo da mudança exige, no entanto, que o PS se abra ao debate e se apresente como uma verdadeira "alternativa", com a ideologia no sangue e o Estado Social na lapela. Infelizmente, não é possível conhecer os contornos que definem esta radiosa alternativa. Como o próprio confessa, num súbito acesso de modéstia, ele não é nenhum "milagreiro", capaz de articular coerentemente o "milagre" da sua receita.

Claro que, entre a utopia do socialismo e as ameaças que enfeitam o seu tormentoso caminho, é fácil perceber que toda esta ficção se divide inevitavelmente entre o cálculo eleitoral e uns vagos estados de alma que não colam com a realidade. Sem conseguir libertar-se dos jogos da pequena política, Manuel Alegre fica aquém das dificuldades da esquerda, ficando-se simultaneamente pelos lugares-comuns de um populismo primário. Como Manuel Monteiro, nos seus bons velhos tempos, o eterno dirigente do PS insurge-se contra as chagas do sistema e os interesses obscuros que bloqueiam os partidos e tolhem a liberdade. Com o seu pujante movimento de opinião, Manuel Alegre pretende, antes de mais, regenerar o país, desbloquear o regime e "abrir janelas" no sistema. Pelo meio, como entusiasticamente anuncia, tenciona ressuscitar o socialismo, acabar com as desigualdades, reforçar o Estado Social, promover o diálogo e dar uma lição a uma Europa que se recusa a aceitar a natureza inviolável dos direitos sociais. Mas se a ressurreição do socialismo é um milagre ainda por deslindar, a Europa não é mais do que uma nota de rodapé.

Aliás, as suas entrevistas, as suas declarações, os seus hipotéticos debates não chegam sequer a Badajoz: são parte intrínseca deste quintal e iluminam um pequenino mundo, sem horizontes, onde florescem impunemente as intrigas de bairro, os ajustes de contas, as vinganças miúdas e as ameaças veladas. Não admira que a direcção do PS "saúde" as declarações do seu insubmisso deputado; ou que Manuela Ferreira Leite, sem saber do que fala, se deixe "enternecer" por esta "coisa nostálgica" que não tem "a mínima adesão à realidade".

Ao contrário do que possa parecer, o socialismo de Manuel Alegre não é só um delírio ideológico de quem nunca teve nada a perder: é uma manobra partidária que visa satisfazer os interesses de um reduzido grupinho que, valendo-se do descontentamento popular, pretende condicionar a acção do Governo e acabar com as suas incipientes reformas. Como se depreende, a esquerda, a tal esquerda que se arrasta, por aí, depois da morte do socialismo e dos ataques do terrorismo pouco ou nada tem a ver com este tipo de jogos internos em que se entretêm as várias facções de um partido. Basta ouvir ou ler as declarações e as entrevistas que Manuel Alegre distribuiu, nos últimos dias: por mais que se procure, não há uma palavra sobre a intervenção no Iraque, o conflito no Médio Oriente, as eleições nos Estados Unidos ou sobre o futuro da Europa, depois do Tratado de Lisboa. Manuel Alegre não sai da sua pequena paróquia: deste PS, no qual não se revê; e do seu Movimento, onde assegura um palco que lhe oferece notoriedade.

Quanto ao resto, o dr. Soares que faça as despesas da casa, enquanto a esquerda europeia, laica e republicana, unida no ódio aos Estados Unidos, se verga perante as exigências do Islão. Dando lustro a esta espécie de sentimento, o arcebispo de Cantuária declarou entusiasticamente que a lei inglesa devia "incorporar" a sharia, a bem do fundamentalismo e para uma maior coesão do país. Enquanto isso, em Espanha, o sr. Zapatero decidiu atirar-se violentamente à Igreja Católica porque esta teve o atrevimento de se pronunciar sobre algumas medidas do seu fantástico Governo. O ódio ao Ocidente, e, em particular, aos Estados Unidos, consegue justificar o injustificável: o laicismo exacerbado, o regime de Saddam, a teocracia do Islão e até as bombas do terrorismo. Resta saber como irá a esquerda europeia sobreviver, quando já não tiver G.W. Bush na Casa Branca. Uma pequena questão que passa, naturalmente, ao lado dos interesses mais domésticos que animam a "esquerda" de Manuel Alegre.» [Público assinantes]

Parecer:

Constança Cunha e Sá desfaz Manuel Alegre.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

E QUERIAM DEFENDER A HONRA

«O Ministério Público do Porto tem apenas registadas duas diligências relevantes no caso Ricardo Bexiga, entre Janeiro de 2005 e Novembro de 2006. A audição do queixoso (24 de Fevereiro de 2005, um mês depois da agressão), bem como um reconhecimento fotográfico, a 14 de Março do mesmo ano.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Se alguém pretendesse arquivar o processo de Ricardo Bexiga sem grandes investigações não teria feito melhor. É bom que os magistrados do Porto se expliquem porque começa a haver a sensação de que alguns senhores do norte actuavam em total impunidade.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Pinto Monteiro que permita aos magistrados do MP do Porto que venham a público defender a sua honra tal como pediram.»

SENTIDO DE OPORTUNIDADE DE SANTANA LOPES

«O PSD quer mexer no regime de incompatibilidades dos deputados, apertando o crivo ao exercício do cargo em paralelo com o desempenho de actividades profissionais liberais. Entenda- -se sobretudo o exercício da advocacia - nas últimas semanas alvo de enorme polémica, após as declarações do bastonário da Ordem dos Advogados, que se manifestou contra a acumulação das duas funções.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Faz todo o sentido que Santana Lopes avance com esta proposta, mas esperemos que sejam proibidas relações com o Estado, designadamente, as autarquias, com empresas públicas, municipais ou participadas, com governos regionais ou com empresas que tenham estado ou estejam envolvidas em negócios com o Estado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela proposta de Santana Lopes.»

RUI RIO VOLTA A ELOGIAR O GOVERNO

«O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, voltou a elogiar o Governo de José Sócrates. Foi ontem durante a cerimónia de apresentação de trinta novos efectivos da Polícia Municipal. "Agradeço ao ministro da Administração Interna porque desencalhou" um problema que se arrastava há anos, deste o tempo da governação do PSD, sublinhou o autarca, apontado como candidato à liderança do partido no pós-eleições legislativas de 2009.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Não deve ser a última vez a fazê-lo...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Luís Filipe Menezes.»

BENFICA DEIXOU DE SER UM DOS 20 CLUBES MAIS RICOS DO MUNDO

«Um ano após a entrada, o Sport Lisboa e Benfica já não faz parte do Top 20 da Money League, um "ranking" que incluiu os 20 clubes mais ricos do mundo e é elaborado pela consultora Deloitte, com base nos dados financeiros da época de 2006/07.

No ano passado, o clube de Lisboa entrou para este grupo ocupando a vigésima posição, tendo registado, na época 2005/06, uma receita de 85,1 milhões de euros. A participação do clube na Liga dos Campeões na referida época proporcionou uma receita de 16,4 milhões de euros.

A consultora salientou, no ano passado, que para que o Benfica se mantivesse nesta lista durante os próximos anos teria que manter o nível de receitas e continuar a participar na chamada "Liga Milionária". Na época passada, o clube, na altura conduzido por Fernando Santos, não passou da fase de grupos desta competição, o mesmo aconteceu já nesta época.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Era de esperar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Quem joguem melhor.»

HI SHAMOTA

DUNKELHEIT

ALEXANDER BUROV

EKATERINA ORLOVA

LENA KURASHEVA

ANN SUMMERS

TOP INTERIOR

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FOUNDATION AGAINST DRUG ADDICTION

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MELTIN' POT

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