domingo, janeiro 20, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Jardins do Palácio Nacional da Ajuda

IMAGEM DO DIA

[Jasper Juinen/Getty Images]

«MADRID, SPAIN - Father Juan Manuel Villar touches the nose of a Carlino dog with an aspergillum while blesses the dog during the feast of San Anton, the patron saint of animals, at the San Anton church on January 17, 2008 in the center of Madrid, Spain. San Anton is honored by many Catholic churches in Spain where thousands of animal lovers flock to their nearest place of worship to have their animals blessed.» [Tiscali]

JUMENTO DO DIA

Um Sócrates compreensivo e tolerante

Se mais nada tivesse sucedido na Cimeira Ibérica a edição deste ano teria servido para conhecermos um novo Sócrates, um Sócrates compreensivo e tolerante, capaz de se decidir por alterar rapidamente uma lei injusta. Na verdade as regras do imposto automóvel para além de injustas em relação aos espanhóis residentes que trabalham em Portugal eram inaceitáveis do ponto de vista da livre circulação. Sócrates não só percebeu isso como mostrou ser capaz de ter um discurso dialogante.

A partir de agora em vez de protestarmos contra as muitas injustiças deste governo vamos meter uma cunha a Zapatero e esperar pela próxima cimeira.

DECIDIR

«Acontrovérsia sobre a localização do novo aeroporto contém lições importantes, em pelo menos dois planos: o da natureza da política e o dos processos de decisão.Quanto à natureza da política, ela mostra bem os limites que hoje enfrenta o tradicional comportamento do "sei-quero-posso-e-mando", seja na sua versão vanguardista do "sei/quero", seja na sua versão voluntarista do "posso/mando". O tempo das lideranças iluminadas passou, a democracia individualista de massas não as permite, seja qual for a maioria em que se apoiem.» [Diário de Notícias]

Parecer:

A crítica soft de Carrilho a Sócrates.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MENTIRA E DIREITO À VERDADE

«Em Portugal, quando se olha para as promessas incumpridas dos políticos, jogos obscuros na banca, subterfúgios à procura da localização de aeroportos, uma política de saúde que fecha maternidades e urgências e descura pobres e velhos, o caos na justiça, um leque salarial gritantemente indecoroso, previsões inverdadeiras da inflação e outras infindas manobras com corrupção activa e passiva à mistura, tem-se a sensação de que se avança em terreno minado pela mentira, com uma democracia perplexa, triste e quase impotente. Quando os portugueses têm direito à verdade.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Uma reflexão oportuna do padre Anselmo Borges.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A VIDA DIFÍCIL DOS ECOLOGISTAS RADICAIS

«O debate sobre a co-incineração foi um dos mais tristes que existiram em Portugal. A ideia, que tem mais de 10 anos, foi sucessivamente adiada por razões que nada têm a ver com o bem comum. Apenas porque cada vez mais ganham adeptos o que os ingleses chamam movimentos «nimb», iniciais de «not in my backyard» (não no meu quintal) que têm por trás interesses perversos.

Que as populações, com mais ou menos informação, tenham reacções destas é compreensível. Que os autarcas (e mesmo direcções de alguns partidos) os acompanhem é deveras preocupante, mas um país tem de estar preparado para ter políticos demagógicos. Porém, quando alguns ambientalistas - sempre os mais radicais na defesa da nossa qualidade de vida - preferem que os resíduos perigosos estejam abandonados a céu aberto a que sejam co-incinerados numa cimenteira cujos filtros até melhoram o ambiente, é caso para perguntarmos a que se deve tão estranha posição.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Por Henrique Monteiro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

É O QUE TEMOS

«Quando gostam de se insinuar como políticos de uma profunda reflexão e de ideias para além da ‘espuma dos dias’, os políticos de agora dizem que a sua fonte de inspiração é Churchill. A sugestão implícita é a de que são políticos de causas, batendo-se por ideais contra a ‘ditadura mediática’ e sempre apressada da luta política dos tempos de hoje.

A sugestão é, obviamente, ridícula e deve ser desprezada como tal. Nenhum político de hoje tem a estatura de um Churchill, e por várias e irremediáveis razões. Primeiro, porque não nascem ricos nem aristocráticos, não se podendo permitir o luxo de olhar para a carreira política com o tom diletante com que o fazia Churchill: quando precisou de ganhar dinheiro a sério para manter o elevadíssimo nível de vida que não queria largar, Churchill ganhou-o como escritor, como colunista de jornais ou como jornalista e repórter de guerra e não sentado no Governo ou nos Comuns. Segundo, porque o grande luxo de não precisar da política para ser conhecido ou para ganhar dinheiro dava a Churchill a faculdade de poder fazer política por duas únicas razões: por gozo ou por sentido de dever patriótico. Terceiro, porque, tendo-lhe sempre sido indiferente a imagem que transmitia, permitia-se fazer e dizer qualquer coisa que lhe apetecesse, onde e quando lhe apetecia.

Conta-se que, largos anos depois do final da guerra, o marechal Montgomery, o ‘herói do deserto’ e vencedor de El Alamein, contava a Churchill qual era o segredo da sua longevidade e boa forma física: “Nunca fumei, fiz sempre exercício físico e durmo bem todas as noites”. Ao que Churchill, mais velho que o marechal, respondeu: “Pois eu cá, o meu segredo é que sempre fumei, nunca fiz exercício físico e só durmo bem à tarde”. A sua actividade noctívaga era célebre. Durante o «blitz» de Londres, era frequente vê-lo a seguir as operações anti-aéreas, noite fora, no centro de comando, e, quer em guerra, quer em paz, mantinha sempre um «staff» de três secretárias, que rodavam por turnos, de modo a cobrir as 24 horas do dia e a estarem sempre disponíveis para quando lhe desse a espertina. A secretária que fazia o turno da manhã começava o despacho sentada ao lado da banheira onde o poderoso Winston Churchill se banhava nu durante horas, ao mesmo tempo que tomava um pequeno-almoço de ovos estrelados, bacon e costeletas de carneiro, acendia o primeiro charuto do dia e ditava ordens, discursos ou artigos para os jornais. Está bom de ver que um homem com tais hábitos jamais faria carreira política nos tempos de hoje.

Mas, ao contrário do que apressadamente se supõe, Churchill esteve longe de ter uma carreira política de triunfo em triunfo. Nos seus longos anos no poder, na oposição ou à margem da política, o que lhe sucedeu foram sobretudo derrotas. Como primeiro lord do Almirantado, no começo da I Guerra Mundial, teve de se demitir, assumindo a responsabilidade política por erros de estratégia militar da Marinha de Guerra. Muitos outros erros cometeu como supremo responsável pela estratégia militar durante a II Guerra Mundial, e alguns deles com elevadíssimos custos humanos. Entre guerras, encaixou uma série de desaires eleitorais e passou vinte anos a pregar sozinho no deserto contra o Tratado de Versalhes e a avisar que a Alemanha hitleriana se estava a rearmar. Mesmo reconhecido unanimemente como o principal responsável pela vitória dos Aliados, foi despedido sumariamente pelos ingleses na primeira eleição pós-guerra, dando razão a uma sentença célebre: “A ingratidão para com os grandes homens é o sinal das grandes nações”. Em Ialta, ao lado de Roosevelt (a quem os historiadores depois desculparam, dizendo que estava muito doente), ele deixou-se literalmente enganar por Estaline, só tarde de mais acabando a vociferar contra a Cortina de Ferro. E quando a Índia se batia por uma independência que a Inglaterra já não conseguia mais evitar, ele profetizou que, sem a Índia, a Inglaterra desapareceria do mapa e sozinho levantou-se nos Comuns para protestar contra a visita negocial de Gandhi, a quem chamava “esse faquir seminu”.

O que sobretudo interessa reter da biografia de Churchill é o retrato de um homem de uma imensa coragem física e moral, de uma personalidade à prova de quaisquer comentários ou julgamentos alheios e de um absoluto sentido de dever e de amor à Inglaterra - ou melhor, à ideia do Império Britânico, pelo qual combateu, como soldado, na Flandres, na África do Sul, na Índia, no Afeganistão e no Sudão. De todas as célebres histórias acerca do seu famigerado sentido de humor, a que acho que melhor retrata a sua filosofia de corredor de fundo é talvez a última em data. Já muito velho, mas ainda deputado nos Comuns, sentado no seu obscuro lugar de «backbencher» e aparentemente adormecido durante um debate, Churchill ouviu uma conversa sobre si de dois jovens deputados sentados próximo: “O velho está mesmo xexé”. Rodando sobre o cotovelo em que se apoiava, parecendo dormir, o velho Winston encarou-os e disse: “E surdo!”

Devo confessar que estas reflexões sobre o ‘leão’ me ocorreram olhando para a ainda incipiente carreira de Luís Filipe Menezes à frente do PSD. Como é que um bom autarca e um homem que parecia ter chegado à maturidade política - ou, pelo menos, ao lugar para que se vinha preparando há tempo suficiente - se transforma no espaço de dois meses num catavento político, que não conhece bússola, nem pontos cardeais, nem direcções do vento?
Parece-me óbvio: afinal, não estava preparado. Ou cobiçou o lugar sem saber muito bem porquê ou para quê. Acabado de eleger pelos militantes do PSD, ei-lo que se foi entregar nas mãos de um «spin doctor» e fazedor de imagem. Escolheram Menezes, saiu-lhes Cunha Vaz: foi uma má maneira de começar as coisas. Convencido que a política moderna é apenas a imagem mais as frases certeiras no momento certo, Luís Filipe Menezes transformou-se numa marioneta triste, sem tom nem som, uma espécie de caricatura de si próprio. Começou por seguir a moda das gravatas de cor lisas e de discursar com uma mão estendida, segurando o polegar e o indicador - deve ser o Cunha Vaz que acha que impressiona na televisão. Depois, sem assento no Parlamento, inventou uma fórmula assaz patética de fingir que está presente nos debates principais, convocando a imprensa para discursar a seguir sobre as intervenções do primeiro-ministro, sozinho e sem contraditório. Enfim, mal preparado, sem ideias sobre os assuntos que interessam nem tempo para as ter, reduziu toda a postura de líder da oposição a uma regra simples: o que Sócrates fizer, ele é contra; e, se fizer o que ele quer, é porque se rendeu às ideias de Menezes. Com excepção das extraordinárias propostas que fez para dividir com o PS as grandes obras públicas, a banca e os comentadores televisivos, Menezes oscila conforme acha que sopra o vento, se necessário desdizendo hoje o que dissera ontem. Se no passado, tal como Sócrates, defendia a Ota, acabou a reclamar vitória em Alcochete; se Sócrates desistiu de convocar o referendo ao Tratado de Lisboa (que Menezes tanto queria evitar) foi o primeiro-ministro que se rendeu às ideias do PSD e por não as ter próprias; se o Governo emenda a mão no dia seguinte e desiste de pagar os aumentos das pensões em duodécimos, tal como reclamado pela oposição, tal representa simultaneamente uma grande vitória do PSD e um sinal de desnorte do Governo. Se Sócrates se gaba de ter posto o défice público abaixo dos 3%, Menezes chama o infausto dr. Bagão Félix para explicar ao estupefacto país que foi ele próprio e no Governo Santana Lopes quem conseguiu transformar a água em vinho e outros milagres que tais. E a quem, lá dentro do partido, lhe pergunta para onde vai com tantos ziguezagues, ele responde que são uns cobardes e que, se quiserem, já está pronto para eleições: não contra Sócrates, mas contra os inimigos internos.
Pobres políticos de agora! Que raio de profissão!»
[Expresso assinantes]

Parecer:

Miguel Sousa Tavares evoca Churchill, um gigante, para desancar em Menezes, um pequenote.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

REGULAMENTOS DE PACOTILHA

«Quem faltasse ao respeito à "religião do reino, catholica, apostólica, romana (...) tentando por qualquer meio fazer proselytos, ou conversões para religião diferente ou seita reprovada pela egreja", ou "celebrando actos públicos de um culto, que não seja o da mesma religião", era condenado na prisão de um a três anos e numa multa de três meses a três anos, nos termos dos números 3 e 4 do artigo 130.º do Código Penal de 1852, revisto pela Novíssima Reforma Judiciária de 1894.

O atentado contra a vida do rei ou rainha reinante era punido com a pena de morte pelo art.º 163.º e o art.º 166.º determinava que "o homicídio consummado, ou frustrado, de qualquer membro da família do rei" era, igualmente, punido com a pena de morte.

Previa o artigo 256.º, por exemplo, que "aquelle que não tem domicílio certo em que habite, nem meios de subsistência, nem exercita habitualmente alguma profissão ou offício, ou outro mester, em sua vida; não provando necessidade de força maior, que o justifique de se achar n"estas circumstancias, será competentemente julgado e declarado vadio, e punido com prisão correcional até seis meses e entregue à disposição do governo, para lhe fornecer o trabalho pelo tempo que parecer conveniente".

E é conhecida a disposição do código de 1852 que previa que, no caso do homem casado que encontrasse a sua mulher em adultério, se a matasse a ela ou ao adúltero, ou mesmo a ambos, não seria preso, mas meramente desterrado para fora da comarca por seis meses.

Já se lermos o artigo 358.º do Código Penal de 1982 verificamos que o atentado contra a vida, a integridade física ou a liberdade do Presidente da República, ou de quem constitucionalmente o substituir, é punido com prisão de cinco a 15 anos, situação que se mantém.

Estas disposições foram ou são lei num determinado momento histórico da nossa sociedade representando a consagração de entendimentos sociais ou do poder sobre valores mais ou menos essenciais à vida em sociedade. São, por natureza, transitórios: os conceitos de justo ou injusto e a definição do que é crime ou não é crime têm necessariamente uma geometria temporalmente variável.

Basta pensar que o facto de a religião católica deixar de ser a religião do reino acabou com uma série de crimes e que a evolução do papel da mulher na sociedade determinou a extinção de alguns crimes e a criação de novos. A preocupação com a saúde pública e a criminalização e regulamentação em tal área também se transformam, naturalmente, com o decurso do tempo, não sendo absurdo reflectir sobre as novas religiões laicas que vão emergindo.

Actualmente o que é preocupante é constatarmos que a política estatal sobre questões de higiene e saúde pública vive num frenesim que, numa lógica empresarial e mais ou menos europeia, esmigalha actividades artesanais que parece que devemos respeitar não só pelas pessoas que as protagonizam, como, muitas vezes, pelas qualidades dos produtos alimentares que fabricam.

Alguém pode comparar uma canja de galinha feita com galinha do campo ou de aviário? Um arroz de cabidela? E os doces do Algarve, que uma senhora na TSF contava que se arriscava a deixar de poder produzir, por exigências das novas Brigadas Móveis Todo o Terreno da ASAE?

Não queremos certamente que estes exemplares da gastronomia regional só possam ser produzidos industrialmente e não é aceitável que se utilize o argumento da higiene pública para destruir e inviabilizar um viver social respeitável. Parece que os riscos de intoxicações ou de quaisquer doenças não justificam o, é certo, mediaticamente ampliado, afã da ASAE em termos de tolerância zero ou menos que zero quanto às actividades alimentares artesanais.

Será que a anunciada formação em tácticas paramilitares dos inspectores da ASAE é uma decisão acertada nas suas variadas vertentes? Será que um excessivo mediatismo não estará a virar-se contra a eficácia e reputação da ASAE? Será que o presidente da ASAE na sua ida ao Parlamento a convite do CDS consegue explicar tudo o que se está a passar? Nomeadamente, por que é que foi fumar uma cigarrilha para um casino no dia 1 de Janeiro?

É indiscutivelmente meritório o essencial do trabalho da ASAE, sendo de salientar as múltiplas inspecções a empresas que representam um importante contributo para a defesa da nossa saúde, da nossa economia e dos nossos direitos. Mas para além de um dinamismo louvável, ao que parece há actuações pouco curiais. E essas devem ser objecto da nossa atenção. Ao delegarmos, não abdicámos, como devia ser evidente.

Verdade seja dita que não é só a actuação da ASAE que deve ser motivo da nossa preocupação cívica, mas também a legislação que, na sua redacção, cria as maiores ambiguidades e permite tão diversas interpretações e discricionariedade na actuação. No caso da lei do tabaco, por exemplo, face aos custos económicos dos sistemas de ar condicionados, a Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP), decidiu esperar que o Governo defina o que regulamentou e diga o que afinal pretende. Um método algo passivo que cria o risco de responder a voz do fundamentalista de serviço.

Mas pode ser que não, pode ser que haja alguma inteligência e que, graças à sociedade civil, a actual discriminação quase absoluta dos fumadores se venha a converter numa mera diferença abrangida pelo respeito da dignidade da pessoa humana e, que, apesar de tudo, nos seja permitido continuar a conviver. Não só nos casinos, claro.» [Público assinantes]

Parecer:

Francisco Teixeira da Mota questiona os excessos da ASAE.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A LEI ANTI-FUMO ESTÁ A ESFUMAR-SE

«E ao décimo nono dia de prática da lei do tabaco, as certezas parecem cada vez mais esfumadas. A erosão do princípio geral da proibição de fumar em recintos fechados de utilização pública, enunciado com clareza na lei apesar de esta admitir excepções cuidadosamente elencadas e com exigências muito estritas em relação à qualidade do ar e da protecção dos não fumadores, começou nas primeiras horas do primeiro dia de aplicação da legislação, quando o principal responsável pela sua fiscalização, o inspector-geral António Nunes, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) foi "apanhado", por uma equipa de reportagem do DN, a fumar no casino Estoril. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Depois da cigarrilha do senhor António não se esperava outra coisa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao senhor António Nunes.»

OPORTUNISMO MÓRBIDO

«Apesar de o INEM garantir que não houve falhas de assitência, em tom de "revolta", o presidente da Câmara de Anadia considerou que o desfecho trágico poderia ter sido outro se as urgências locais não tivessem fechado a 2 de Janeiro passado. "É o nosso primeiro mártir do hospital", disse qualificando o caso como "insólito" por ocorrer "à frente" das instalações encerradas pelo Ministério da Saúde "com tanta gente, médicos e enfermeiros, de braços cruzados".» [Diário de Notícias]

Parecer:

O presidente da autarquia da Anadia devia ter um pouco de vergonha na cara em vez de usar morte de uma criança nas suas guerras políticas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao autarca que tenham mais respeito pela vida alheia.»

ALEGRE NÃO VAI ABANDONAR O PS

«Manuel Alegre garantiu ontem, no Parlamento, que "não vai deixar o PS". O deputado socialista e vice-presidente da Assembleia da República pôs, assim, um ponto final em rumores que o davam em rota de colisão com o seu partido, antecipando mesmo a sua saída, e a hipótese deste vir a ser o rosto de um novo partido político.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Digamos que fica apenas com um pé lá dentro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se que mantenha o pé direito por ser o que melhor se ajusta ao PS de Sócrates.»

NOVO PORTUGAL

«Nasce, em Março, um novo movimento cívico composto por cem jovens quadros com menos de 45 anos, que se propõem marchar pelo país. “Chamar essa geração, que não quer intervir pela via da partidocracia e não é chamada a intervir por outras formas, a pensar o que se quer para Portugal, que país querem deixar aos filhos quando abandonarem os cargos de responsabilidade que virão a ocupar”, é o objectivo, sintetizado nas palavras do advogado Tiago Gali Macedo. O palco da estreia pública da iniciativa ‘Novo Portugal’ será um barco que, em dois dias, subirá o Douro.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Será o "Compromisso Portugal" dos Pequeninos? A direita desdobra-se para adquirir a visibilidade política que não consegue nem se quer dar ao trabalho de conseguir nas urnas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»

NÃO PEÇAS A QUEM PEDIU, NEM SIRVAS A QUEM SERVIU

«Os orçamentos dos governos Guterres não só não foram suficientemente anticíclicos - como deveriam ter sido - como os aumentos salariais excederam o que seria aceitável, considerou esta semana o ex-ministro da Economia e das Finanças, Joaquim Pina Moura, na conferência sobre o ‘Acesso da República da Eslováquia à Zona Euro’, em que participou. Além disso, não foram feitas as reformas estruturais que se impunham.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Este Pina Moura já não me surpreende.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se Pina Moura se já se esqueceu de que foi ministro das Finanças e que a sua passagem pelo ministério foi uma palhaçada.»

BIO-COMBUSTÍVEIS PODEM CAUSAR FOME

«A África subsariana, a região mais pobre do mundo, é a mais ameaçada pela expansão dos biocombustíveis, de acordo com o relatório anual sobre a Situação da Alimentação Mundial apresentado recentemente numa conferência em Pequim pelo International Food Policy Research Institute (IFPRI), uma instituição norte-americana sediada em Washington.

O relatório traça dois cenários de expansão até 2020 - moderada e elevada (ou drástica). No caso de um forte crescimento na produção mundial de biocombustíveis, a disponibilidade de calorias na África subsariana poderá registar uma queda de 8% e na América Latina e Caraíbas de cerca de 7%, “com consequências adversas na saúde das populações no curto e longo prazo”. Quanto à evolução dos preços das principais matérias-primas alimentares, o relatório aponta para aumentos que variam entre 8% e 26%, no cenário moderado, e entre 26% e 71% no cenário extremo.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Quando lancei o alerta aqui no Jumento alguns comentadores da "esquerda muito inteligente" caíram-me em cima.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguardem-se pelos comentários dos "inteligentes".»

MANUEL ALEGRE CRITICA POLÍTICA DE SAÚDE DO GOVERNO

«O ex-candidato presidencial independente e deputado socialista, Manuel Alegre, teceu hoje duras críticas à reforma dos serviços de saúde, considerando que se trata de um "erro colossal" e de uma política "estapafúrdia" do actual Governo.» [Público]

Parecer:

Com camaradas com Alegre Menezes até poderia ir de férias.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Menezes que escolha o Egipto, sempre pode seguir as pisadas de Sarkozy.»

DAVID BACKHAM DÁ NOME A MARCA DE PRESERVATIVOS, OS BEIKEHANMU

«En chino, los preservativos se denominan Beikehanmu y en todo China se han convertido no sólo en el gran tema de conversación junto a los Juegos Olímpicos, sino que también son un éxito en ventas.» [20 Minutos]

A ÚLTIMA MODA DO YOUTUBE: OLHAR PARA A CÂMARA

O GOVERNO DO DUBAI QUER COMPRAR O LIVERPOOL

«El Gobierno de Dubai quiere hacerse con el Liverpool y para ello ha preparado una oferta de 500 millones de libras, unos 670 millones de euros, por medio de su brazo financiero, la compañía Dubai International Capital (DIC).

De acuerdo con la BBC, los copropietarios del club, los estadounidenses George Gillett y Tom Hicks, recibirán la oferta de esta compañía emiratí en las próximas horas.» [20 Minutos]

GEORGE BUSH CRIOU UM BLOGUE

«No es broma. El presidente de los Estados Unidos, George W. Bush abrió un blog temporal en la web de la Casa Blanca. Allí contestó a las preguntas que le hicieron los ciudadanos. El mandatario norteamericano habló acerca de su reciente viaje por Oriente Medio.

El espacio se alimentó durante su gira, aunque diversos responsables del Gobierno escribieron artículos pero el pasado 16 de enero, el propio Bush quiso contestar a siete cuestiones, tanto personales como políticas, que les plantearon, según informa Periodistas21 [20 Minutos]


ARIGATO

IGOR P.

STROGANOFF A.

S. PRASLOFF

KATIA ROZIT

ACIDENTE NO ENSAIO DE DANÇA

NOBODY REMAINS VIRGIN

OS MELHORES LETREIROS DE INDIGENTES [Link]

STOP BUSH

74 BALÕES

DIESEL

[2][3][4][5][6][7]

Advertising Agency: Marcel Paris, France
Creative directors: Frederic Temin, Anne de Maupeou
Copywriters: Eric Jannon, Dimitri Guerassimov
Art directors: Nicolas Chauvin, Romin Favre
Photographer: Laurie Bartley

MIDICOVER

[2][3]

Advertising Agency: Cohn&Jansen / Ashley&Holmes, Bucharest, Rom
aniaCreative Director: Andrei Cohn
Art Director: Alex Stanciu
Group Creative Director / Copywriter: Catalin Rusu
Photographer: Carioca

GIBSON & BARNES

[2][3]

Advertising Agency: Hammerhead Advertising, Hoboken, USA
Creative Directors: Todd McVey, John Perls
Art Director / Illustrator: Elias Kotsias
Copywriter:John PerlsPhotographer:Ken Thurlbeck
Retoucher: Mark Beckelman