sexta-feira, janeiro 18, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Decorações durante os Santos Populares, Alfama, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[FIAT / EFE]

«Musa presidencial. Carla Bruni en la campaña de promoción europea del automóvil Lancia Fiat.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

O longo Inverno

Parece que Luís Filipe Menezes é um admirador de Napoleão, primeiro veio com as batalhas travadas por Napoleão para agora ameaçar Constâncio de um "longo Inverno" lembrando a campanha napoleónica na Rússia. Cá por mim que este Menezes vai parar Ilha de Santana Helena sem sequer estagiar na Ilha de Elba, isto é, vai voltar a Gaia sem ter residido em São Bento.

OS PARTIDOS QUEREM-SE GRANDES

A actual lei dos partidos, que estabelece a exigência de mais de 5000 militantes para que um partido possa existir, é um absurdo e uma perversão da democracia. Uma perversão porque os grandes partidos criaram um mecanismo para assegurarem que não estarão sujeitos à concorrência de novos partidos. Um absurdo porque segundo a sua lógica os partidos terão que nascer já grandes.

Os cinco militantes de partidos como o PSD nada significam, a maior parte dos militantes dos grandes partidos nunca tiveram actividade partidária, inscreveram-se no partido porque alguém lhes disse para o fazer. O conceito de militância no PSD ou no PSD nada tem que ver com o de outros partidos como o PCP, no PSD e no PS os militantes não passam de "inscritos", qualquer um pode lá ir e inscrever-se sem que daí resulte qualquer militância. Se compararmos os partidos com a Igreja Católica, os militantes do PCP estão para os padres assim como os dos PSD estão para os católicos não praticantes.

A adopção desta norma foi um abuso que os maiores partidos fizeram, espera-se agora que corrijam a situação que criaram.

OS INDEPENDENTES SÃO MAIS VULNERÁVEIS À JUSTIÇA?

Foi isto que Fontão de Carvalho disse ao comentar o facto de ter sido constituído arguido. O facto é que há muita gente que diz que Portas retomou a liderança do CDS para se sentir mais protegido...

O ESTRANHO CASO BRAGAPARQUES

A justiça começa por falar em corrupção e por acusar uma vereadora que acabou por não ser alvo de qualquer acusação e muito depois de ter sido queimada na praça pública. Por fim, abandona-se a acusação de corrupção, a Bragaparques é ilibada e surge a acusação de prevaricação. Parece que os nossos investigadores atiram pedras para o ar para depois irem ver onde caíram.

QUE GRANDE NEGÓCIO

«O grande beneficiado foi a empresa Bragaparques, que deixou de pagar mais de nove milhões em taxas municipais. Também não pagou 1,1 milhão por ter ilegalmente exercido o direito de preferência na hasta pública da permuta de terrenos, enquanto Lisboa abriu mão de 31 milhões em indemnizações, pagas à fundação “O Século” e aos feirantes da Feira Popular.As acusações são do Ministério Público, que, no despacho ontem entregue ao ex-presidente da Câmara Carmona Rodrigues e aos ex-vereadores Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão, considera que aqueles agiram de forma consciente. Cometeram o crime de participação económica em negócio, dizem os magistrados, depois de terem agido “com o intuito de beneficiarem indevidamente a sociedade Parque Mayer SA”. » [Correio da Manhã]

Parecer:

A que ponto chegou a gestão da autarquia.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a decisão do Ministério Público.»

O NIB DE DEUS É DE ARMANDO VARA

«Sempre me impressionou a imagem pública das agora antigas administrações do BCP. Era a descomunal mesa da sala de reuniões do próprio conselho e a sensação de omnipotência que dali emanava; ao pé daquilo, o Conselho de Ministros parecia a direcção de uma colectividade de recreio. E eram os computadores. Aqueles banqueiros não encaravam ninguém de frente - falavam entre si e entreolhavam-se protegidos pelos ecrãs, como seres mais do que humanos que essa barreira separava do mundo dos mortais. O poder absoluto da banca em todo o esplendor. Parecia que aqueles homens controlavam o próprio NIB de Deus e que o Altíssimo os inspirava, via Messenger, através daqueles majestosos computadores. Até que se começou a investigar que afinal as contas não estavam no Paraíso mas sim no Purgatório do off-shore. No espaço de semanas, foi a pequena colectividade recreativa que passou a ditar as leis à imponente instituição bancária.

A história já foi por de mais contada. Mas permanece opaca. Demasiadas perguntas continuam sem resposta e demasiadas atitudes permanecem sem explicação. Que transparência há nesta nova administração que ganha o banco com uma soviética margem de 97 por cento, mas mal se dignou a expor as suas ideias à assembleia que a elegeu? O que levou a Caixa Geral de Depósitos a financiar accionistas como Joe Berardo, que durante meses denegriu publicamente o BCP? Será essa uma forma correcta de um banco público intervir? Como pode uma instituição como o Banco de Portugal ao qual escaparam as irregularidades recomendar depois a exclusão indiscriminada de todos os administradores num prazo de oito anos? É aceitável que um ministro das Finanças, cujo registo foi sempre inequivocamente sério, tenha falado em polícias e ladrões? Podemos admitir a partidarização descarada do jogo económico, expressa pela transição de Armando Vara para o BCP e pela forma disparatada como o PSD reivindicou (e conseguiu) a presidência da Caixa Geral de Depósitos?

A oposição de centro-direita conseguiu mesmo colocar em pé de igualdade a partilha de um banco público e de um banco privado. Nada mal para quem quer ser a favor do mercado. Mas isso não é de surpreender, quando tem um líder que dedica o seu tempo de antena a propor colunistas para falarem nas televisões... Talvez tenha estofo para director de programas, nunca se sabe. Seja como for não será certamente esta oposição comprometida que ajudará a escrutinar um jogo de segredos e de verdades escondidas.

Entendamo-nos: não é necessariamente absurdo que o Estado intervenha numa instituição bancária em crise. No Reino Unido soube-se ontem que o Governo trabalhista admite a hipótese, controversa, de nacionalizar o banco Northern Rock. Não se sabe se o fará, mas admitiu-o. Em Portugal, ninguém admite nada, tudo se passa à porta fechada e sem prestar contas ao público. Velhos hábitos que persistem nesta West Coast of Europe.

Não deixa aliás de ser curioso que nunca se relacione a situação no BCP com o que está a acontecer na banca internacional, por causa da crise dos subprime. Diz o bom senso que não poderia haver pior altura para o BCP ter estado exposto desta maneira ao longo de quase um ano... Bastaria lembrar os resultados desastrosos apresentados pelo Citigroup no mesmo dia em que decorreu a assembleia geral na Alfândega do Porto. Será a banca portuguesa excepção?

Há muito por contar nesta história... Agora que é Armando Vara quem tem acesso ao NIB de Deus, tudo parece ter ficado tão opaco como no tempo em que Jardim Gonçalves e os seus falavam por detrás da muralha de computadores.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Miguel Gaspar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

OS PEQUENOS PARTIDOS VÃO SOBREVIVER

«Uma delegação dos "pequenos partidos" reuniu ontem com as bancadas do PSD e PS que se mostraram "sensíveis" à eliminação da regra que exige a existência de pelo menos 5000 filiados sob pena de se avançar com a sua extinção administrativa.» [Diário de Notícias]

Parecer:

A lei actual é um absurdo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a alteração da lei.»

MAIS UMA MÁXIMA IDIOTA DE MENEZES

«A polémica na supervisão bancária e os "casos" que envolveram o BCP e a CGD são temas que Menezes vai usar estrategicamente ao longo dos próximos meses, um pouco à imagem do que fez, internamente, com o pagamento de quotas no PSD durante as directas que travou com Luís Marques Mendes. O líder social-democrata, em concertação com Pedro Santana Lopes e a direcção da bancada, quer apurar "o se passou nos anos de 2000 e 2001 em termos de supervisão, nomeadamente com certas operações com off-shores e com a compra de acções próprias" por parte de dirigentes ligados a um grande banco português, dizem as mesmas fontes.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Depois de ameaçar Sócrates com o Waterloo, Luís Filipe Menezes promete um "Inverno longo" a Constâncio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes para quem reservou a batalha de Estalinegrado.»

SOLTEIRAS SÃO MAIS FELIZES DO QUE OS SOLTEIROS

«Uma nova pesquisa aponta que 35% das solteiras da Europa se sentem felizes nesta condição. Já os homens se sentem mal sem uma parceira: apenas 9% estão contentes solteiros, segundo o levantamento.

O 2º Estudo Europeu sobre Solteiros 2008, realizado pela agência de namoros Parship e pelo Instituto de Investigações de Mercado Innofact, pesquisou o perfil de homens e mulheres solteiros. Na Europa, há cerca de 160 milhões de solteiros. » [BBC Brasil]

KNOL, A RESPOSTA DA GOOGLE À WIKIPEDIA

«Google recently announced Knol, a new experimental website that puts information online in a way that encourages authorial attribution. Unlike articles for the popular online encyclopedia Wikipedia, which anyone is free to revise, Knol articles will have individual authors, whose pictures and credentials will be prominently displayed alongside their work. Currently, participation in the project is by invitation only, but Google will eventually open up Knol to the public. At that point, a given topic may end up with multiple articles by different authors. Readers will be able to rate the articles, and the better an article's rating, the higher it will rank in Google's search results.» [Technology Review]

AUMENTARAM AS QUEIXAS NA PROVEDORIA DE JUSTIÇA

«A Provedoria de Justiça ‘fechou’ em 2007 com aproximadamente sete mil reclamações. Mesmo assim, o provedor faz questão de realçar que, “apesar da subida, o número de processos pendentes baixou para os 1682”.

As queixas sobre assuntos fiscais representavam em 2004 cerca de 50% do total das reclamações mas em 2007 já totalizavam 59% e a tendência é para que aumentem ainda mais. Mas foram as queixas relativas às execuções fiscais as que mais cresceram ao longo dos anos, passando de 8,9% em 2004 para 21,1% em 2007.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Pois, quando os impostos ficavam por cobrar ninguém se queixava.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Provedor de Justiça se todas as queixas tinham fundamento.»

"AGARREM-ME, SENÃO BATO-LHE!"

As informações obre o cansaço ou as divergências entre Amaral Tomaz e o ministro das Finanças, lembram-me a expressão popular "agarrem-me, senão bato-lhe!", desde o primeiro dia que se percebeu que Amaral Tomaz foi um erro de casting deste governo, onde entrou depois de a pia baptismal das Novas Fronteiras o terem purificado do pecado de ter sido sempre alguém próximo do PSD.

Recorde-se que logo na tomada de posse o secretário de Estado disse baboseiras à comunicação social ao arrepio do então ministro, nunca parando de ser um secretário de Estado desbocado como sucedeu mais recentemente com as declarações que levaram mesmo a uma cisão da CIP. Há muito que O Jumento espera a saída de Amaral Tomaz, da mesma forma que esperou a saída de Paulo Macedo, e essa saída tornou-se uma evidência quando o próprio começou, há muito tempo, a dizer aos amigos mais íntimos que estava cansado. Agora parece que o discurso está a mudar, haverão divergências com o ministro.

Lembre-se que graças a Amaral Tomaz o PSD quase tomou de assalto a DGCI onde não só conseguiram consolidar posições e receber louvores governamentais, como ainda conseguiram ocupar novos postos fundamentais. O caso da direcção de Finanças de Lisboa é um bom exemplo, apesar dos resultados desastrosos o seu director (ex-chefe de gabinete de Dias Loureiro) foi reconduzido por Amaral Tomas, de quem é amigo.

FOTOS DA BIBLIOTECA DO CONGRESSO DOS EUA NO FLICKR [Link]

DAVID McCRACKEN

NATALIA GORYAEVA

UMATURMAN

ANNA BELOVA

SLAWEC OPAS

CHINA: CAMPANHA CONTRA O CONSUMO DE ÁLCOOL

Alcohol is much more evil than a gun to the drivers.

Advertising Agency: Dentsu, Beijing, China
Art Director / Illustrator: Jin Yang
Copywriter: Monkey.Q

CHILDREN OF THE WORLD (INDIA) TRUST

Adopt a child.

Advertising Agency: Euro RSCG, Mumbai, I
ndia
Creative Directors: Nilesh Naik, Nilesh Vaidya
Art Director: Tulika Tagore
Copywriter: Nilesh Naik
Photographer: Avadhut Hembade

BIKESTOP

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Advertising Agency: Publicis/Publicitas Quito, Ecuador
Creative Director: Mariano Ponzano
Art Director: Omar Montenegro
Copywriter: Rafael Yanez
Illustrator:Omar Montenegro