quarta-feira, dezembro 12, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Graffiti, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Maya Alleruzzo / AP]

«Víctima. Una niña iraquí, herida en un atentado en la localidad de Arab Jabour, es atendida por los médicos de la base militar estadounidense Murray, cerca de Bagdad.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

O treinador de bancada

Começa a ser uma prática regular no PSD, sempre que um debate parlamentar dá destaque televisivo a Santana Lopes lá aparece Luís Filipe de Menezes a dar uma entrevista às televisões repetindo o que disse o líder da bancada parlamentar mais umas coisas para ficar a impressão de que Santana Lopes se limitou a seguir as instruções do seu "treinador de bancada". Aliás, estas entrevistas rápidas são em tudo semelhantes às "flash interviews" que se seguem aos jogos de futebol, só que neste caso em vez de um jogador em destaque e do treinador é o treinador de bancada que dá a entrevista.

Terá sido um conselho da Cunha Vaz & Associados?

LISBOA PINDÉRICA

Quando no consulado de Santana e Carmona a Praça do Comércio era ocupada pelos andaimes do Milllenium BCP fui uma das muitas vozes que protestaram pela utilização que estava a ser dada à maior praça do país. Não estava em causa a evocação do Natal ou o envolvimento de uma instituição privada, a "árvore de Natal" não passava de uma parolice.

Não sou partidário de grandes investimentos em iluminações, ainda que o peso do turismo a Baixa é um dado a considerar e não são os custos das iluminações que arruinaram a autarquia da capital, a imensa colecção de boys inúteis custaram muito mais aos bolsos dos Lisboetas. Quando vi a pobreza das iluminações deste ano compreendi a decisão da CML.

Hoje passei pelo Rossio e ia-me caindo o queixo, nos dois extremos da praça estavam instalados dois mamarrachos alegóricos onde a Câmara Municipal de Lisboa e o Banco Santander os desejam boas festas. Numa das praças mais dignas da cidade a autarquia mandou instalar duas armações metálicas suportadas por pilares em betão, que nem numa feira de aldeia seriam aceites.

Aquela decoração pindérica não é digna nem da cidade de Lisboa nem do Banco Santander, aliás, duvido que qualquer aldeia aceitasse tal gesto de generosidade publicitária do banco de Emilio Botin. Também não acredito que António Costa já tenha visto este triste espectáculo, acredito que aquilo só não fere o gosto dos idiotas!

A NOVA "CONSTITUIÇÃO SOCIAL" DA EUROPA

«Não precisa de ser exaltada a importância do Tratado de Lisboa. Por um lado, ele supera o impasse resultante da rejeição do Tratado Constitucional de 2004 e resolve a questão institucional da UE, que vem desde muito antes, permitindo à União libertar as suas energias e os seus recursos para as políticas que tem de definir e para as tarefas que tem de desenvolver. Por outro lado, o novo quadro institucional confere à União instrumentos mais favoráveis para dar conta da sua missão, no sentido de mais integração económica, mais desenvolvimento, mais justiça e segurança, mais coesão territorial e social.

Seria irrealista esperar um consenso universal sobre o novo tratado. Os adversários da integração europeia em nome da soberania nacional verão nele mais um passo no sentido da "união cada vez mais estreita". Os partidários de mais integração denunciarão mais uma oportunidade perdida de avançar para formas genuinamente federais, tanto mais que nesse aspecto existe um efectivo recuo, desde logo simbólico, em relação ao frustrado Tratado Constitucional. Por sua vez, a direita liberal censurará a garantia do "modelo social europeu" e as restrições ao império do mercado, enquanto a esquerda radical, ao invés, condenará o excesso de mercado e as imposições do "mercado único". Porventura será sempre assim, variações sobre clivagens conhecidas e argumentos reiterados.

Mas se para alguns sectores políticos existem suficientes motivos de oposição ao tratado (do seu ponto de vista, bem entendido), o que não se justifica é condenar o novo tratado por motivos que não encontram nele nenhum fundamento. Em artigo anterior, já mostrei a absoluta improcedência do argumento segundo o qual o tratado constituiria um "recuo" em termos de democracia europeia, provando que com ele sai reforçada tanto a democracia na arquitectura institucional da UE como a participação das parlamentos nacionais na vida institucional da UE, incluindo no escrutínio do respeito pelo princípio da subsidiariedade. Importa também contrariar outra das críticas não menos injustificadas, nomeadamente a de que o novo tratado privilegia o mercado e a concorrência e desvaloriza o modelo social europeu e a coesão social.

Tal argumento é inteiramente desprovido de substância. Pelo contrário, um dos progressos do novo tratado consiste justamente num melhor compromisso entre a economia de mercado, a concorrência e o mercado interno, por um lado, e o modelo social europeu, por outro lado. O facto de um dos motivos para a rejeição do Tratado Constitucional em França em 2005 ter sido o argumento social - mesmo que já na altura sem fundamento - levou o Tratado Reformador a ser mais cuidadoso e mais exigente nessa matéria.

A primeira grande alteração em relação ao frustrado tratado de 2004 está em que, ao contrário deste - que era um tratado refundador e que, portanto, incorporava e consolidava todo o direito "constitucional" anterior, incluindo a ordem económica do Tratado de Roma, de 1957, cujo objectivo exclusivo era a criação de um "mercado comum" -, o novo tratado, sendo um simples tratado de revisão dos instrumentos anteriores - que permanecem com a sua independência, ainda que alterados -, não os incorpora na parte não modificada, pelo que não tem de reassumir e relegitimar a ordem económica originária da Comunidade Económica Europeia. O que está agora em causa é um conjunto de modificações, e não todo o acervo do direito "primário" da UE.

Em segundo lugar, o novo tratado recupera todos os aperfeiçoamentos do Tratado Constitucional em matéria social, designadamente a noção de "economia social de mercado", os direitos sociais da Carta de Direitos Fundamentais da UE, a "cláusula social geral", a "cláusula do diálogo social". A inovadora noção de "economia social de mercado" importa obviamente uma explícita qualificação da economia de mercado, autorizando as medidas necessárias a conformar esta com as missões do "Estado social". A Carta de Direitos Fundamentais da UE, aprovada em 2000, passa a ter força jurídica, incluindo quanto aos direitos sociais nela consagrados, e não são poucos. A cláusula social geral confere força transversal, em todas as políticas da UE, à dimensão social (elevado nível de emprego, protecção social adequada, luta contra a exclusão social, elevado nível de protecção na educação, na formação e na protecção da saúde humana). A cláusula do diálogo social obriga a União a reconhecer e a promover o papel dos parceiros sociais e a facilitar o diálogo entre eles, incluindo o reconhecimento da "cimeira social tripartida para o crescimento e o emprego".

Em terceiro lugar, o novo tratado acrescenta alguns progressos nesta dimensão social, de onde cumpre realçar o protocolo adicional sobre os "serviços de interesse geral" (SIG) - e já não apenas dos "serviços de interesse económico geral" (SIEG) -, conferindo uma base jurídica reforçada para a salvaguarda dos serviços essenciais ao "modelo social europeu", desde a educação à energia, desde os cuidados de saúde aos transportes colectivos. Não é por acaso que, ainda antes da assinatura formal do tratado, a Comissão Europeia tenha aproveitado, há dias, o balanço da construção do "mercado único" para emitir uma nova reflexão sobre a defesa e promoção dos "serviços de interesse geral".

Em suma, a "constituição social" europeia que decorre do novo Tratado de Lisboa não só salvaguarda todo o acquis social anterior, como também procede a um indesmentível reforço do "modelo social europeu", nas suas diversas componentes (coesão social, direitos sociais, serviços públicos, diálogo social, etc.). Não é por aí, pelo contrário, que se podem encontrar argumentos contra ele.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vital Moreira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CORRECTO, CORRETO, KORRETO

«Há talvez 15 anos que se discute o novo acordo ortográfico da língua portuguesa e eu continuo a ouvir dizer que deveríamos respeitar a ortografia "natural" de cada país. O que isto tem de extraordinário é as pessoas acreditarem que a ortografia é "natural". Pois bem, não só a ortografia não é "natural" como a intenção é precisamente a de não acompanhar a naturalidade com que se fala. Se assim fosse, os portuenses escreveriam "Puârto" e os lisboetas "Ljboa". Os cariocas não escreveriam "boa noite" mas "boa noitchi". Meus amigos, não há nada de errado em a ortografia ser uma norma "artificial": é para isso que ela existe.

Depois há quem se escandalize por os governos poderem legislar sobre a língua e ache isso fonte de totalitarismo. Vamos lá ver: o que me acontece se eu escrever "pharmacia"? Alguém me multa? Alguém me prende? Não, porque a ortografia oficial serve em primeiro lugar para se usar em documentos oficiais. Certamente expandir-se-á para outros usos, por inércia ou pragmatismo, mas que tem isso de mal? Fernando Pessoa continuou a escrever "monarchia" em vez de "monarquia" muito depois da reforma de 1911 e não veio daí mal ao mundo. Tal como na blogosfera já existem portugueses (e galegos) a escrever segundo o futuro acordo antes de ele entrar em vigor. Os rappers kontinuarão a eskrever koisas kom a letra "k". E isso tudo será óptimo. Porém, ninguém pode achar estranho que os governos adoptem uma ortografia oficial (em Espanha é a da Real Academia). E se for comum a todos os países lusófonos, tanto melhor.

Mas há mais: depois de se escandalizarem com o acordo ortográfico por ser terrivelmente megalómano, os seus críticos ridicularizam-no por ser muito modesto. O acordo vai ser inútil, alegam, porque não vai mudar a maneira como os brasileiros e os portugueses escrevem ou falam, nem as diferentes expressões e vocabulário que usam. Mas claro que não vai mudar! Até porque isso, lembram-se?, seria terrivelmente megalómano. Ninguém pretende obrigar brasileiros, portugueses e timorenses a usar as mesmas palavras com o mesmo significado: isso não é ortografia. Um acordo ortográfico diz respeito à maneira como as coisas se escrevem. Os significados desenrascam-se sozinhos - como é hábito deles.

Falhando tudo o resto, vem o argumento proteccionista: que o acordo ortográfico vai permitir aos brasileiros entrar no mercado dos livros escolares em África, por exemplo, porque as editoras portuguesas não tiveram tempo de se adaptar.

Ora eu nem faço um tabu do proteccionismo, mas que raio de argumento é este? Se queremos adoptar medidas proteccionistas, adoptemo-las. Por exemplo: as editoras brasileiras não podem ter mais de 30 por cento detidos por estrangeiros. Mas se não desejamos introduzir medidas assumidamente proteccionistas, não desçamos então à hipocrisia de inventar pretextos pseudoproteccionistas.

Para mais, se a África lusófona, que precisa de livros e alfabetização, for inundada de edições brasileiras baratas numa ortografia comum, isso é bom para os africanos em primeiro lugar, e eu fico contente por eles. E se as editoras portuguesas, que aliás são cada vez mais detidas por espanhóis, não tiveram tempo para se adaptar a um acordo ortográfico que há 15 anos se sabe que vem aí, então estamos pior do que eu pensava.» [Público assinantes]

Parecer:

Rui Tavares escreve em defesa do acordo ortográfico.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MAIS UMA NÓDOA DO NEGRÃO

«O vereador social-democrata Fernando Negrão considera que o orçamento proposto promove cortes sem critério, que podem ter consequências nefastas. Em declarações à TSF, o autarca entende que os cortes podem afectar sobretudo os trabalhadores da autarquia.“Este orçamento reflecte uma política de grande dureza para o interior da câmara municipal, uma vez que implica um saneamento muito profundo”, disse, acrescentando que “não podemos desmotivar os funcionários para fazer as reformas que o PS entende e diz que vai fazer para a cidade de Lisboa”.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Quem ouve este Negrão criticar o orçamento da CML fica a pensar que o PSD deixou os cofres da autarquia a abarrotar de dinheiro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Negrão que se dedique a outros temas intelectualmente menos exigentes.»

QUAL A MELHOR UNIVERSIDADE PORTUGUESA?

«A Universidade do Porto (UP) é a única instituição portuguesa de Ensino Superior na lista de 2007 do Ranking de Performance de Artigos Científicos de Universidades Mundiais. "Trata-se de um ranking mais sério do que Times Higher Education Supplement, uma vez que mede a produção científica efectiva e não recorre a inquéritos, como acontece no caso da seriação internacional feita pelos ingleses", sublinha José Ferreira Gomes, professor da Faculdade de Ciências da UP.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

A disputa entre os nossos professores chega a ser ridícula.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Verifique-se qual a mais bem sucedida no mercado de emprego.»

A ANEDOTA DO DIA

«O Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, elogiou Portugal pela «calorosa recepção e segurança rigorosa» durante a cimeira UE/África «para manter afastados gays que alegadamente vieram de vários países da Europa», segundo o jornal The Herald.» [Portugal Diário]

Parecer:

Afinal o problema de Mugabe eram os gays....

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se Mugabe que da próxima vez que vier a Lisboa se encontre com Santana Lopes que quando era candidato a primeiro-ministro tinha o mesmo problema.»

DIPLOMATAS PORTUGUESES NOS EUA FORAM PROMOVIDOS A MOTORISTAS

«Os ministros da Justiça e da Administração Interna portugueses, de visita aos Estados Unidos, foram transportados, segunda-feira, pelos diplomatas da Embaixada de Portugal em Washington devido à greve dos trabalhadores consulares naquele país, disse esta terça-feria fonte sindical citada pela Lusa.

«Como os três motoristas ao serviço da Embaixada de Portugal em Washington estão em greve, os ministros foram conduzidos pelos diplomatas nas suas viaturas particulares», disse à Lusa Leonel Teixeira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE) nos EUA. » [Portugal Diário]

Parecer:

Fizeram bem porque isto da diplomacia não é só beber champanhe.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se que aos futuros candidatos a diplomatas seja exigido possuir carta de condução.»

PAULO PORTAS ESQUECEU-SE DE CONTAR OS POLÍCIAS

«Na resposta, Sócrates preferiu comparar o número de efectivos policiais no tempo em que Paulo Portas estava no Governo, como ministro da Defesa, com os números actuais. "Em 2002, havia 20.234 polícias, no final do mandato do seu Governo, 20.553. Neste momento, existem 21.320 polícias no activo, é o maior número da década, desde 2001", garantiu o primeiro-ministro. "O sr. deputado usa com descaramento este argumento dizendo que o Governo vai ter menos polícias que os anteriores. É uma completa falsidade", criticou.» [Público]

Parecer:

Paulo Portas mereceu a resposta, da próxima vez que pretender explorar o medo deverá estudar melhor o assunto.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Portas que estude bem os dossiers.»

FILHO DE BIN LADEN QUER SER EMBAIXADOR DA PAZ

«Omar Bin Laden, filho de Osama Bin Laden, disse à BBC que quer se tornar um embaixador pela paz, acrescentando que seria o homem ideal para isso porque é a única pessoa no mundo que seu pai ouviria.

"Eu sinto por meu pai o mesmo que qualquer filho sentiria por seu pai", disse Omar, em entrevista ao canal de TV BBC 1.» [BBC Brasil]

SCHUMACHER CONDUZIU O TÁXI PARA NÃO PERDER O AVIÃO

«La noticia parece increíble, pero ha sido remitida por una agencia de prestigio, Reuters, que no suele ofrecer este tipo de informaciones. El hecho se produjo en un taxi y el ex piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher fue el protagonista.

El alemán iba camino del aeropuerto con su mujer y sus dos hijos y llegaba tarde. No dudó en pedirle al taxista que le dejara conducir para ir más rápido. ‘El Kaiser’ revivió los tiempos de velocidad en Ferrari y llegó a tiempo.

Lo cuenta el taxita, Tuncer Yilmaz, al diario muniqués Abendzeitung: "Fue increíble encontrarme en el asiento de pasajero con Schumacher conduciendo. Hizo adelantamientos inverosímiles y circulaba a toda velocidad en las curvas", aseguro.» [20 Minutos]

NOTÍCIA RIDÍCULA

«A aposentação destes profissionais, bem como a carência de motoristas, levou assim o Ministério da Finanças a optar por autorizar os altos dirigentes a conduzirem as viaturas. Para além do director-geral dos Impostos, foi dada também permissão a José Neto, um técnico da Administração Tributária a exercer funções na Direcção de Finanças de Braga.» [Correio da Manhã]

Parecer:

O jornalista do Correio da Manhã não sabe que este é um procedimento habitual não estando em causa a dispensa de motorista ainda que o DG possa fazer essa opção.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o jornalista mal informado.»

MENOS EVASÃO REDUZIRIA O IVA

«"Se houvesse menos fraude, teríamos margem para acomodar medidas que têm vindo a ser reivindicadas", declarou Amaral Tomás, numa sessão informal no átrio do Ministério das Finanças. Recordando a polémica recentemente causada pelas suas declarações, no Parlamento, sobre o facto de "também" grandes empresas estarem envolvidas em esquemas de fraude, afirmou ser necessário insistir nessa consciencialização e ironizou "Se assim não fosse, o DCIAP [Departamento Central de Investigação e Acção Penal] teria de mudar de designação para DCIAP/ PME".» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Não é a primeira vez que o secretário de Estado usa este argumento que apenas pode ser entendido como o falhanço da sua gestão, há dois anos que aumentou o iva e apesar de não se cansar de elogiar o sucesso no combate à evasão fiscal vem agora dizer que são os contribuintes cumpridores que suportam a ineficácia do fisco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao secretário de Estado que mostre o que fez nestes dois anos.»

K-5TH GRADE: A PÁGINA DA CIA PARA AS CRIANÇAS

«You may have heard about the Central Intelligence Agency. But, do you know what we really do and how we do it? The people of the CIA do very important work. They help keep our country safe. They give our leaders information so they can make good decisions. And they take pride in their important jobs.»

SADAM INSPECCIONANDO ARMAS

SEXY POLE DANCE GIRLS in NYC SUBWAY

«Un grupo de cuatro chicas se ha convertido en una de las sensaciones de internet en EE UU gracias a un vídeo en el que demuestran sus dotes como 'strippers' en pleno metro de Nueva York y por el que han sido premiadas con 10.000 dólares.» [20 Minutos]

VLADIMIR GOROKHOV

MORO JENUE

SUROVAYA

LYUDMILA BAGHDASARYAN (LB)

STUDIOPAS

10 SUGESTÕES GASTRONÓMICAS RIDÍCULAS [Link]

BUNNIES SUICIDE [Link]

GOT2B

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Advertising Agency: BBDO, West San Francisco, USACreative Director: Jim LesserArt Director: Reece HoverkampCopywriter: Jack HardingPhotographer: Michael Lamotte

PÚBLICO

Advertising Agency: GREY, Madrid, Spain
Creative Director: Marcos García
Art Director: Álvaro S. Carvajales
Copywriter: Teresa Galante

IFAW

Advertising Agency: Republic of Everyone/Happy Soldiers, Sydney, Australia
Creative Director / Art Director / Copywriter: Happy Soldiers
Photographer: Adrian Lander
Retoucher: Electric Art