segunda-feira, novembro 12, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Antigo edifício da Bolsa, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Lamarque, Reuters]

«A Vietnam veteran places his hand on the Vietnam Veterans Memorial in Washington, D.C. Veterans have gathered in Washington for this week’s events commemorating the 25th anniversary of the memorial.» [USA Today]

A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

O Jumento já sabe qual o próximo pacto que o líder do PSD irá propor a José Sócrates, para ajudar o actual primeiro-ministro Luís Filipes Menezes propor-lhe-á que seja formado um novo governo em que ele próprio será primeiro-ministro cabendo a Sócrates a pasta de ministro sem pasta. Desta forma Menezes contribui para a estabilidade governamental assegurando a Sócrates dois anos de tranquilidade pois em troca o líder do PSD dará umas férias a Santana Lopes. O pacto proposto será válido por mais dois anos se Sócrates voltar a ganhar as eleições legislativas.

JUMENTO DO DIA

Pactos à "Chico Esperto"

Menezes, o homem que segundo Santana Lopes vai vencer em Waterloo, não difere assim tanto de Marques Mendes, optou pela política das jantaradas ao sábado e pela estratégia dos pactos, ele que era contra pactos descobriu que a melhor forma de aparecer nos telejornais era propor um pacto por semana.

Menezes apresenta pactos em função da agenda política, por cada problema lá vem ele com um pacto, se a CIP diz que tem um relatório pronto para Alcochete o Menezes apresenta para que ele também tenha poder de decisão nas obras públicas, se os sindicatos da Administração Pública propõe um pacto onde ele quererá aparecer como o reformador do Estado.

Mas ao contrário do ex-líder do PSD o Menezes é um espertalhão, fez as contas e como está convencido que não vai ganhar em Waterloo chegou à conclusão de que o PS governará nos próximos seis anos, o período que propõe para o pacto relativo à Administração Pública. Este Menezes um Chico Esperto, enquanto o PS governar ele quer ser co-primeiro-ministro, depois logo se verá.

AINDA O BARÃO DE MÜNCHHAUSEN

«Pedro Santana Lopes tem uma personalidade que vai buscar a força aos excessos. Todos os excessos, mesmo que de sinal contrário. Faz o super-herói, mas, no fiasco, faz a vítima. O que ele tem por desassombro é, não raro, topete, desplante e lata. Senhor de inegáveis talentos conviviais - como a leveza, o improviso, a sedução e a ousadia de afirmar -, julga-os a chave mestra para a vida, ou, pelo menos, para a vida que ele gosta de viver. Ele sabe que há outra vida: a que se faz de trabalho, ordenação, paciência e regras. Não gosta dela (e longe de mim censurá-lo). Mas reivindica um estatuto de superioridade natural: esta vida não só não lhe é oponível como deverá vergar-se a ele, como excepção de direito divino. Ora as dificuldades advêm, cada vez mais, de não lhe ser reconhecido este estatuto pela cinzenta maioria que se cumpre nessa outra vida, que o conheceu melhor como primeiro-ministro e que, enfim, o sovou nas urnas. Por isso, ele precisa de surpreender e deslumbrar, para que, por entre a multidão erradia dos papalvos, possa passar, de contrabando, o seu destino. E é nesses momentos, de mais dramática aposta no voluntarismo optimista e de crença de que o seu imparável caminho está nos astros, que ele evoca o barão de Münchhausen. Na criatividade, na infantilidade, na desmesura.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Nuno Brederode Santos é mais um dos que se divertem à custa do coitado do Pedro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A CASA DE SANTA COMBA DÃO

«Em 1975, um amigo da altura inventou uma excursão a casa de Salazar. Lá fui penosamente, sem perceber muito bem o propósito do exercício. A casa, na estrada do Vimieiro, térrea e (se não me engano) pintada de amarelo, não tinha nada para ver. Não me consigo lembrar se entrei e se vi a horta. O que diz tudo sobre a banalidade do sítio. O Vimieiro e Santa Comba Dão eram um deserto. Saí dali com a sensação de tempo perdido. Aquilo nem sequer mostrava a austeridade e a modéstia do ditador (tinha telefone, por exemplo). Nem o reaccionarismo do regime. Mostrava só que o ditador gostava de passar as férias numa aldeia isolada, provavelmente para não o maçarem como o maçariam em qualquer outro sítio. No fim da vida, de resto, quando as coisas se complicaram, ia para o forte do Estoril, mais perto e acessível.

Santa Comba Dão quer agora fazer "um museu" da casa de Salazar. O que se compreende muito bem. Tanto quanto sei, só a casa de Salazar pode atrair a Santa Comba Dão um ocasional turista; e o "museu" fica por uns potes de cal e uma limpeza. Com sorte, o café da terra, se existir, ganha algum dinheiro e aparece um espertalhão a vender "relíquias". Tudo isto é inofensivo e um pouco patético. Mas bastou para provocar a indignação da velha esquerda pliocénica, que nem sempre se distinguiu pelo ardor democrático. Um abaixo-assinado, entregue solenemente na Assembleia da República, pede que se proíba o "museu", como se o "museu" fosse uma espécie de reabilitação de Salazar e o salazarismo ameaçasse ressurgir do Vimieiro a um euro e meio por bilhete.

Não ocorre a ninguém que de Santa Comba Dão nunca virá um culto de Salazar como o culto (aliás, ridículo) de Mussolini em Predappio. Ao neo-salazarismo faltam as forças que provocaram e criaram o salazarismo: falta o ódio à violência da ditadura jacobina e o medo (real) de uma revolução comunista, falta a militância activa de uma Igreja ainda dominante; falta um exército humilhado, policiado e coagido a meter no quadro permanente centenas de "voluntários" da Grande Guerra. E falta um país rural, hostil à República de Lisboa. Salazar é um homem do passado remoto. De um passado irreconhecível. O negócio de Santa Comba Dão com a casa do homem é irrelevante para a cultura política do regime. E talvez não seja para Santa Comba Dão. Os censores da consciência nacional deviam, de preferência, olhar para eles.» [Público assinantes]

Parecer:

A opinião certeira de Vasco Pulido Valente a propósito do mais idiota dos museus.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

BISPOS PORTUGUESES LEVARAM RASPANETE DO PAPA

«O Papa não esteve com rodeios no encontro que teve ontem com os bispos portugueses: “É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros”. Por outras palavras, Bento XVI disse aos prelados que o clero português tem de ser mais eficaz na sua organização e na resposta aos anseios das comunidades, por forma a conseguir travar a perda de fiéis e a diminuição constante das vocações.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Ao que parece o "negócio" da filial portuguesa vai mal por estas bandas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao cardeal patriarca como se sentiu.»

FINALMENTE HOUVE UM ALBERTO A DEFENDER A INDEPENDÊNCIA DA MADEIRA

«O deputado social-democrata à Assembleia da Madeira Gabriel Drumond defendeu hoje a independência do arquipélago se a revisão constitucional de 2009 não acolher as propostas do parlamento regional de aumentar as suas competências legislativas. » [Portugal Diário]

Parecer:

Já era tempo do PSD-Madeira assumir o seu objectivo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gabriel quando é que o Alberto João lhe disse para tomar essa posição.»

RAVE DISCORDA DA CIP

«O argumento de maior peso da Rave é que, quando o projecto do TGV estiver em velocidade de cruzeiro, haverá cinco milhões de pessoas a nele entrar e sair em Lisboa, das quais apenas 250 mil serão clientes do futuro aeroporto. "Ou seja, temos 5 milhões de passageiros obrigados a passar por Alcochete quando o seu destino ou origem é Lisboa e não o aeroporto", diz Carlos Fernandes, administrador da Rave, que critica a opção por fazer daquela localização uma nova cidade.» [Público assinantes]

Parecer:

Porque estará a CIP tão interessada no negócio?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à CIP.»

ERRO NO ESTUDO DA CIP

«A Rave detectou um erro de projecto na ponte Beato-Montijo que coloca o seu tabuleiro sete metros mais baixo do que deveria. O estudo da CIP diz que este ficará a 43 metros acima do nível da água (o que é obrigatório devido a requisitos de navegação), mas a Rave fez as contas e descobriu que este se encontra a apenas 36 metros, pois considerou-se o zero topográfico na medição da altura em vez do nível máximo da preia-mar. A espessura do tabuleiro está também mal calculada, já que esquece o balastro e superstrutura ferroviária que faz com que esta tenha forçosamente de medir seis metros em vez dos dois que o documento considera.» [Público assinantes]

Parecer:

É o resultado da pressa de pressionar o Governo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se uma calculadora ao presidente da CIP.»

HASAN HIZLI

YINKA OYELESE

RUDY YULIANTO

MAŁGORZATA KALBARCZYK

MARIA FIRPI

PORQUE NÃO TE CALAS?

MINI

Advertising Agency: On Comunicazione, Milan, ItalyCreative Director: Enrico BonominiArt Director: Mariangela VomeroCopywriter: Eleonora MandelliPhotographer: Simone Galbusera

MTV F

[2]

Advertising Agency: Marching Ants, Mumbai, Ind
ia
Creative Director: Rajeev Chudasma
Art Director: Jignesh Pancholi
Client Servicing : Sapan Satia

SAAB

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Advertising Agency: McCann Erickson, Barcelona, Spain
Copywriter: Joaquin Barbero
Art Director: Mario Garcia Cadafalch
Photographer: Josep Maria Roca