terça-feira, novembro 06, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

A Moleira, Canelas (Imagem do Notícias d'Aldeia)

IMAGEM DO DIA

[Mohsin Hassan / Reuters]

«Encierro. Varios abogados, detenidos en un furgón policial en Karachi. Unas 1.500 personas han sido detenidas en el país tras el estado de excepción declarado por su presidente, Pervez Musharraf.» [20 Minutos]

A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

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JUMENTO DO DIA

Debate original

Luís Filipe Menezes encontrou uma forma original de participar nos debates parlamentares e retirar o protagonismo político a Santana Lopes, na véspera do debate o líder do PSD organiza uma conferência de imprensa onde enuncia as perguntas que Santana Lopes vai fazer e dá logo a respostas às eventuais respostas do primeiro-ministro. Agora a dúvida está em Saber se Sócrates vai responder a Luís Filipe Menezes ou a Pedro Santana Lopes pois ninguém acredita que o líder parlamentar do PSD se limite às perguntas enunciadas por Menezes.

UMA MARAVILHA ARQUITECTÓNICA NA BAIXA LISBOETA

O luxuoso bar que alguém permitiu que fosse instalado junto ao edifício do
Terreiro do Paço. É visível o enxerto no passeio.

O bar é servido por moderna instalação eléctrica que percorre
todo o edifício cruzando as suas janelas.

O cabo conta com um moderno sistema de fixação.

A instalação eléctrica é digna do Plano Tecnológico.

Não sei se António Costa, Um dos seus vereadores, chefes de gabinetes ou assessores visitaram o local onde ocorreu o trágico acontecimento que tirou a vida a dois cidadãos, no cruzamento da Avenida o Infante Dom Henrique com o Campo das Cebolas. De resto as notícias já foram quase esquecidas e as manifestações quase nem justificaram a deslocação das televisões, a não ser que ocorra outro acidente os responsáveis da autarquia podem continuar com o pagamento das pequenas dívidas da câmara.

Mas se tivesse visitado o local teriam reparado numa das situações mais vergonhosas da Baixa, um símbolo do estado rasca a que chegou a gestão autárquica nos tempos que antecederam a chegada de António Costa.

Encostada ao edifício do Terreiro do Paço está uma carripana de comes e bebes que funciona à noite, não só foi instalada em cima do passeio e tapa uma janela como se abastece de energia eléctrica numa puxada que percorre todo o edifício até à esquina com a Rua da Alfândega.

Mas houve alguém da câmara que se preocupou com os transeuntes, levaram uns baldes de cimento e alargaram o passeio!

Já não é a primeira vez que esta situação é denunciada, veremos a quantas equipas autárquicas resiste esta maravilha arquitectónica da Baixa Lisboeta.

EL TORO CELEBRA 50 ANOS DE CONFUSÃO COM ESPANHA

«Para os portugueses, muitos dos quais apreciam "El Toro" e admiram a Espanha, é por vezes difícil perceber a força dos nacionalismos no país vizinho. Ninguém imaginaria por cá um algarvio ou um alentejano a atacar o "Don", o célebre homem da Sandeman que um dia brilhou nas estradas portuguesas, só porque além do chapéu andaluz usava a capa negra dos estudantes de Coimbra.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Lionídio Paulo Ferreira ainda não percebeu a força dos nacionalismos basco e catalão, esquece que Franco matou demasiados nacionalistas para que catalães e bascos apreciem a presença do "el toro".

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

UMA QUESTÃO DE LIDERANÇA

«O BCP e o BPI nasceram da iniciativa de gestores, que foram procurar accionistas quando acabou a absurda proibição da banca privada. Ora o actual problema do BCP resulta de conflitos entre gestores. Conflitos que não terminaram com a saída de Paulo Teixeira Pinto e entretanto se estenderam aos accionistas.

Ao invés, do lado do BPI parece sem falha a coesão entre os gestores e entre eles e os principais accionistas do banco. Viu-se na resistência à OPA hostil lançada pelo BCP. É este o grande trunfo do BPI neste momento. Mas não sejamos ingénuos: as fidelidades em negócios podem mudar quando se alteram as perspectivas de lucro.

O facto, porém, é que o BPI mostra uma liderança forte, porque unida e credível, enquanto do lado do BCP a liderança empresarial surge agora fragilizada, não se vislumbrando como possa recuperar credibilidade sem uma intervenção externa. Isto é, nem Jardim Gonçalves nem os seus seguidores dão garantias de serem capazes de conduzir o banco, com sucesso, no futuro.

Por isso a ideia de fusão com o BPI não repugna ao BCP, embora dirigentes e accionistas seus discordem dos termos da proposta feita pelo BPI. Daí as negociações em curso.

Discutem-se agora o rácio entre acções dos dois bancos, que o BPI poderá, ou não, tornar mais favorável aos accionistas do BCP. E debate-se, sobretudo, quem irá mandar no futuro banco saído da fusão, se esta se concretizar. A proposta do BPI dá-lhe a liderança executiva em termos que escandalizaram alguns, pois seria o pequeno a mandar no grande. Talvez aqui também sejam possíveis ajustamentos ao que o BPI propôs. Mas o essencial parece-me difícil de alterar: o sentido desta fusão está em o BPI passar, em larga medida, a gerir o futuro banco.

Examinem-se as alternativas. Como disse, manter o BCP tal como está, isolado e com a actual equipa gestora, não gera confiança. E esperar que os accionistas de referência do BCP (talvez por iniciativa da Caixa Geral de Depósitos) consigam chegar a acordo quanto a uma nova equipa de gestão é algo que as desavenças recentes tornam improvável.

Resta uma intervenção externa. A compra do BCP por portugueses é irrealista: não há dinheiro, sobretudo nesta altura em que o crédito fácil acabou. Desmembrar o BCP e vender os vários pedaços a outros tantos bancos nacionais não será razoável, dada a perda de valor que destruir uma instituição ainda altamente rentável significaria.

Fica, então, a hipótese de uma OPA estrangeira - espanhola, por exemplo. Será esta alternativa preferível a ter no eventual futuro banco, decorrente da fusão com o BPI, uma entidade bancária catalã, La Caixa, como maior accionista, mas com apenas 8 por cento do capital?

Aliás, é curioso como o velho argumento de manter em mãos nacionais os centros empresariais de decisão é aqui jogado pelos dois lados. Os que defendem a fusão BCP-BPI argumentam que, assim, o centro de decisão ficará em Portugal. Os que se lhe opõem (como o presidente do BES, Ricardo Salgado) alertam para os perigos de o La Caixa passar a mandar no futuro banco.

Mais uma vez o argumento dos centros de decisão, invocando o interesse nacional, é usado para defender interesses empresariais privados. Dá para tudo. De resto, muitos dos que agitaram patrioticamente essa bandeira não se coibiram de vender empresas suas a espanhóis.

Admitindo que os dirigentes do BCP e do BPI chegam a acordo quanto à fusão e que as respectivas assembleias gerais a aprovam, nem por isso o problema ficará resolvido. Faltará, porventura, o mais difícil.Por esse mundo fora inúmeras fusões falham. Por cá, em Janeiro de 2000 o BPI e o BES acordaram numa fusão, que não foi para a frente. Para ter sucesso, uma fusão BCP-BPI precisa de harmonizar duas e diferentes culturas de empresa. Não estou a ver o BPI, por exemplo, a promover a venda de acções do próprio banco a depositantes seus, oferecendo-lhes crédito - e depois exigir o pagamento pontual desses empréstimos, ignorando que tais acções entretanto se desvalorizaram muitíssimo. Aconteceu no BCP.

E há que harmonizar regimes de remuneração, sistemas informáticos, carteiras de participações em empresas, ligações a seguradoras, posições em Angola de cada um dos bancos, etc. Uma coisa é certa: se a fusão se não concretizar, serão de esperar iniciativas bem mais fracturantes do que esta do BPI.» [Público assinantes]

Parecer:

Sarsfield Cabral faz uma boa análise do processo BPI-Millennium.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

JUÍZES NÃO QUEREM SER FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

«A rota de colisão entre juízes e Governo mantém-se. A Associação Sindical dos Juízes (ASJP) mantém a sua posição, de repúdio, sobre a inclusão dos magistrados no regime dos trabalhadores da Administração Pública. E, nesse sentido, a direcção nacional da ASJP vai hoje reunir-se e pedir ao Conselho Superior da Magistratura que tome uma posição pública sobre esta matéria.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Compreende-se, os juízes são seres superiores.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Crie-se a figura de sacerdotes egípcios para os nossos juízes.»

MARIA JOSÉ MORGADO INVESTIGA A SUA PRÓPRIA QUEIXA

«Maria José Morgado, coordenadora do processo Apito Dourado, foi a autora da participação ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, da alegada ofensa a pessoa colectiva - no caso o Ministério Público - no qual Pinto da Costa foi constituído arguido. Em causa está principalmente a frase incluída na biografia "Luzes e sombras de um Dragão", escrita pelas jornalistas Felícia Cabrita e Ana Sofia Fonseca "Não estou para viver num país onde a revolução de Abril acabou com a PIDE para agora a ver substituída pelo Ministério Público".» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Enfim, uma curiosidade da justiça que temos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Distribua-se o processo a outro procurador.»

MARIANO GAGO FICOU COM PRESSA

«Os primeiros contratos de empréstimos com estudantes universitários ao sistema de crédito com garantia mútua vão ser assinados amanhã, no Santander Totta - um dos seis bancos que assinou protocolo com o Governo. A Caixa Geral de Depósitos e o Millenium BCP disponibilizarão o produto "nos próximos dias", lê-se numa nota do ministério do Ensino Superior enviada às redacções.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Estes ministros estão muito atentos à comunicação social.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se ao CM que denunciou o atraso.»

MENEZES DIZ QUE SANTANA VAI SURPREENDER

«O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, assegurou hoje que existe «grande coesão» com o líder parlamentar social-democrata e afirmou que Santana Lopes vai «surpreender» no debate orçamental de terça-feira. » [Portugal Diário]

Parecer:

Menezes tem razão, se há coisa que Santana sabe fazer é surpreender.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se não receia ser ele o surpreendido.»

LINAF

DMITRY BEZKOROVAYNY

JOEB

DMITRY SOROKIN

YULIA TIKHOMIROVA

URSINHOS

VÍTIMA DO CHOQUE TECNOLÓGICO

TALK TALK

KAMA SUTRA CONDOMS

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Executive Creative Director: Piyush Pandey
Creative Director: Sumanto Chattopadhyay
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Art Director: Manasi KotianCopywriter: Manju Iyer