quinta-feira, outubro 11, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Pombos na Baixa de Lisboa

ERRO NO CASTING PUBLICITÁRIO

IMAGEM DO DIA

[Tony Gentile / Reuters]

«Globo papal. Benedicto XVI con un globo al final de su audiencia semanal en la plaza de San Pedro en el Vaticano.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA




O Presidente manda

Na sequência da entrevista do engenheiro Cravinho o representante do PS, Vitalino Canas, defendeu que não era necessária mais legislação no domínio do combate à corrupção, posição que manteve na sequência do discurso de Cavaco Silva na cerimónia comemorativa do dia 5 de Outubro.

Passado poucos dias o PS retoma a produção de legislação neste domínio, o que demonstra que, afinal, aceita que pode ser feito mais. É tempo de Sócrates explicar porque faz tão pouco no combate à corrupção.

parece que para o primeiro-ministro o problema resolve-se escondendo-o.

GOVERNADORA CIVIL MUITO ZELOSA

Uma governadora civil que justifica o comportamento dos polícias da Covilhã dizendo que "iam à câmara e pelo caminho passaram no sindicato" ou não está no seu pleno juízo, ou tem graves responsabilidades ou não sabe o quais os limites da sua actuação, em qualquer dos casos deve ser demitida.

Já com a senhora da DREN o governo acabou por apoiar a sua actuação mantendo-a no lugar, ao não demiti-la considerou o seu comportamento como aceitável. Esta opção do governo parece ter feito escola, pelas declarações da governadora os polícias iam a caminho da câmara e ao passar junto do sindicato acharam que poderiam fazer um pequeno favor à governadora e ao governo.

Se o governo tivesse tido uma atitude de firmeza no caso da directora da DREN teria agora a autoridade moral que não tem, todos vamos pensar que o fenómeno se repetiu.

Estou a partir do princípio de que a sindicalista envolvida fala a verde, algo de que não estou certo pois ainda me custa a crer que hajam polícias tão parvos. Esperemos que não se venha a comprovar que a sindicalista tenha aproveitado a presença dos polícias para lhes armar uma cilada.

Esperemos que o PCP, que tanto defende os polícias, não se tenha aproveitado da ingenuidade de dois profissionais da PSP para inventar um caso, obtendo ganhos políticos para a sua estratégia anti-fascista à custa dos dois polícias. Não parece ter havido violência e a sindicalista deve ser uma pessoa muito cobarde pois primeiro terá dado tudo o que lhe pediram, para depois se queixar à comunicação social.

O TEMPO POLÍTICO

«José Rodrigues dos Santos, o pivô-jornalista da RTP, foi suspenso das suas funções por causa de uma entrevista que deu a este jornal na Pública de passado domingo. Dois polícias visitaram a sede de um sindicato para averiguar sobre os protestos a organizar numa próxima visita do primeiro-ministro.

Escrevo em cima da divulgação destas notícias, e nenhuma delas está inteiramente esclarecida. O que é claro é que há duas formas de lidar com notícias destas. A primeira é a estratégia da "autonomia do plano jurídico": cada um destes casos tem a ver com o respeito por rotinas, por procedimentos e por uma disciplina interna, e qualquer discurso sobre eles pode ser considerado uma interferência.

Esta foi a estratégia que o Governo seguiu quando, há uns meses, surgiram notícias semelhantes sobre o "autoritarismo" em estruturas do Ministério da Educação ou da Saúde. Foi uma estratégia errada então e será uma estratégia errada agora, se voltar a ser seguida.
Em primeiro lugar, estas notícias têm um carácter marcadamente público, e como tal têm um plano político. No plano político, revelam uma tendência de retaliação e vigilância excessiva. E é assim que serão lidas pelo público, e os valores políticos em causa justificam uma posição forte e clara do Governo. Se o Governo não tomar posição pública sobre elas, será entendido como conivente. Pode alegar que a sua intenção não é essa, mas a esfera pública não vive de intenções, vive de posições.

E há pelo menos um aspecto em que o Governo, parecendo ser conivente, correrá mesmo o risco de ser conivente. Trata-se da pedagogia interna para os diversos elos da cadeia de decisão. O Governo está no topo dessa cadeia e se não demonstrar que está contra actos de retaliação e vigilância excessiva, estará implicitamente passando a mensagem de que eles lhe agradam. E os escalões inferiores agirão nesse pressuposto, o que é grave e não pode ser aceitado.

A autonomia dos processos deve ser respeitada, mas a mensagem não pode ser apenas essa. Pelo contrário, terá de se acrescentar a ela um aspecto de responsabilização: terão de rolar cabeças se for confirmado que estamos perante um exercício abusivo da autoridade. E o momento para o dizer é agora. O tempo político não se compadece com o tempo jurídico.» [Público assinantes]

Parecer:

Rui Tavares questiona o governo sobre os casos Rodrigues os Santos e Covilhã.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O PRIMEIRO TIRO NO PÉ DE MENEZES

«O PSD admite avançar com uma moção de censura ao Governo, caso o Executivo não preste "explicações cabais no Parlamento" sobre aquilo que os sociais-democratas consideram como mais um "atentado à liberdade" democrática. Em causa a visita de dois agentes da PSP à sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), para obter informações sobre uma manifestação, marcada (e autorizada) para coincidir com a visita do primeiro-ministro à Covilhã, na tarde de ontem. Isto depois da GNR ter travado e retirado as faixas aos manifestantes (também professores) que há dois dias se manifestaram, alegadamente de forma espontânea, contra o primeiro-ministro em Montemor-o--Velho e o levaram a atacar, então, os sindicatos ligados ao PCP.» [Diário de Notícias]

Parecer:

A confirmar-se responsabilidade governamental nos acontecimentos da Covilhã haveriam motivos para questionar a continuidade deste como de qualquer outro governo. O assunto é demasiado sério para ser tratado de forma leviana, falar de moção de censura antes do cabal conhecimento dos factos é actuar de forma irresponsável.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se foi Jerónimo de Sousa que o informou dos pormenores.»

CAVACO AVISA O GOVERNO POR CAUSA DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

«A dois dias da aprovação, em Conselho de Ministros, da proposta de Orçamento de Estado para 2008, Cavaco Silva avisou Sócrates de que a economia portuguesa tem de se aproximar da média dos quinze países mais ricos da União Europeia e advertiu que as taxas de crescimento económico, "bastante baixas", dos últimos anos "não são motivo para regozijos". O presidente da República lançou o aviso ao primeiro- -ministro, ontem, em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, ao falar de improviso a um grupo de empresários açorianos.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Cavaco tem alguma razão, o crescimento económico está longe de ser um motivo de orgulho.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se Cavaco sobre se não acha que o seu elogio ao último lugar no râguebi não está na mesma linha.»

ACREDITA QUEM QUISER

«A direcção de Informação da RTP garantiu hoje que a administração nunca se imiscuiu nos critérios editoriais, rejeitando as acusações de José Rodrigues dos Santos sobre alegados recados passados pelo poder político através das administrações da estação pública, noticia a Lusa.

Referindo ter uma relação «exemplar» com o actual conselho de administração da empresa, a direcção de Informação assegura, em comunicado hoje divulgado, que «o actual conselho de administração nunca se imiscuiu, de qualquer forma, nos critérios editoriais definidos».» [Portugal Diário]

Parecer:

É ridículo a direcção de informação vir ilibar a administração.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos mebros da direcção de informação da RTP se acham que os portugueses esperavam outra posição da sua parte.»

«CLIMA DE TERROR» NA CASA PIA

««Como provedora instalou na Casa Pia um clima de terror, o ensino ficou pior, as actividades caíram em flecha, a educação desmoronou-se. Em cada trabalhador via um monstro. Destruiu a motivação e a criatividade das pessoas», acusa a Associação.

Os trabalhadores sustentam: «Tudo foi instrumental para atingir objectivos que só o tempo evidenciará. Anunciou prisões de funcionários, processos disciplinares a torto e a direito, numa sanha terrorista que reduziu a Casa Pia a escombros».

A ATCPL vinca que «a Casa Pia, a quem o país atribuiu uma missão nobre de acolher, educar e instruir os mais carenciados, crianças e jovens em perigo ou em risco de exclusão, e para a qual foram sempre disponibilizados recursos imensos, não cumpriu, de forma criminosa, a sua missão no tempo em que Catalina Pestana foi provedora». » [Portugal Diário]

Parecer:

Finalmente os trabalhadores da Casa Pia romperam o silêncio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao PGR.»

BOA DESCULPA!

«Já a governadora civil de Castelo Branco, Maria Alzira Serrasqueiro, que em declarações à Lusa assumira a responsabilidade na coordenação das polícias e avançara que o procedimento havia sido "normal", garantiria, ao final da tarde, que só soube da acção da PSP pelos meios de comunicação social. » [Público assinantes]

Parecer:

Este governo tem uns ricos cães de guarda...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se a governadora antes que faça mais estragos.»

ADMINISTRAÇÃO DA RTP RECORRE AO GOLPE BAIXO

«O caso que desencadeou esta nova polémica remonta a 2004. Na altura, a decisão do CA da RTP de escolher para correspondente em Madrid a quarta classificada no concurso de candidatura à vaga levou a que Rodrigues dos Santos, então director de informação, se demitisse.No comunicado de ontem, o CA acusa Rodrigues dos Santos de "singular sentido de oportunidade" por trazer de novo a polémica a lume, em plena recta final do mandato da actual administração, que deve ser substituída em Dezembro. E refere que, embora afastado da direcção de informação, o pivô é "um dos quadros mais bem pagos da RTP", auferindo hoje a mesma remuneração de quando era director. O CA acusa ainda Santos de ter pedido um regime de excepção mais favorável em termos de horários, algo que lhe foi negado pela actual administração. » [Público assinantes]

Parecer:

Parece que os administradores da RTP estão mais preocupados com os tachos do que com a independência da sua informação.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se a administração da RTP.»

SANTANA JÁ DÁ CONSELHOS A MENEZES

«Santana Lopes apelou ontem "à tranquilidade e à seriedade" no PSD, avisando indirectamente Luís Filipe Menezes de que espera que "não se regresse aos tempos do cavaquismo mais duro", rejeitando implicitamente ser censurado por fazer declarações públicas. A três dias do congresso do PSD, o recém-eleito líder "laranja" parece não conseguir controlar a pressão que se instalou no grupo parlamentar depois de Santana se colocar na linha de partida para a liderança, como "um soldado sempre pronto para o combate, sem precisar de ter divisas nos ombros". » [Público assinantes]

Parecer:

Esta relação promete.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo congresso.»

ARGENTINA: PADRE ACUSADO DE GENOCÍDIO CONDENADO A PRISÃO PERPÉTUA

«Um tribunal argentino condenou à prisão pérpetua, nesta terça-feira, o ex-capelão da igreja católica Christian Von Wernich, de 69 anos, acusado de “crimes contra a humanidade, especificamente genocídio", durante a ditadura militar (1976-1983). » [BBC Brasil]

O DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS PASSOU-SE?

«A pressão que está a ser efectuada é patente numa nota interna enviada pelo Núcleo para a Modernização da Justiça Tributária aos serviços no passado dia 3 de Outubro e à qual o PÚBLICO teve acesso. No documento, enviado para dar conta de uma nova funcionalidade informática que irá permitir avaliar o desempenho de cada serviço (ver caixa), chama-se a atenção "para o facto de se continuarem a observar fracos níveis de desempenho em alguns serviços de finanças de grande dimensão, nomeadamente em zonas de elevada concentração urbana e de valor imobiliário". Por outro lado, prossegue-se na mesma informação, "é também em alguns desses serviços de finanças que se acumulam maiores valores de dívida cobrável e maiores desvios negativos de cobrança face aos objectivos, que é necessário corrigir com urgência e efectividade".» [Público assinantes]

Parecer:

De repente ouço na RTP que a DGCI está preocupada com os maus resultados das principais direcções de finanças que não cumprem os objectivos e onde pouco ou nada se cobra. Fico surpreendido porque os responsáveis destas direcções de finanças sempre foram protegidos pelo dr. Macedo e pelo próprio governo.

Mas, sejamos objectivos, as direcções de finanças responsáveis por uma boa parte dos sacrifícios que estão a ser suportados pelos portugueses são as de Lisboa e do Porto. Toda a gente o sabe, desde o governo ao mais modesto funcionário. Então porque motivo os seus dirigentes são protegidos?

A resposta é simples, os amigos protegem-no. O caso mais emblemático é o do director de finanças de Lisboa, responsável por um dos serviços mais desastrosos do fisco, que foi reconduzido (ao que se diz) por decisão do secretário de estado, com o qual manterá uma relação de amizade. o director de finanças de Lisboa foi chefe de gabinete de Dias Loureiro nos tempos em que este foi ministro da Administração Interna e responsável pelas secretas. Aliás, diz-se nos corredores que o homem tem muitas amizades nesses corredores, designadamente, com Daniel Sanches, o que deixa muito boa gente atemorizada.

O director-geral que se cuide, está-se a meter com alguém que ainda há pouco tempo teve uma manifestação de apoio do governo, ao ser reconduzido apesar dos resultados apontarem para uma demissão.

É evidente que esta notícia não é ingénua, talve seja tempo de o director-geral dos Impostos ceder um espaço do edifício da Rua dos fanqueiros para o jornal Público abrir aí um secção da redacção para tratar de assuntos fiscais. Parece que há no fisco quem fique mais incomodado por a DGCI cobrar os impostos do que os próprios contribuintes cumpridores.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o director de finanças de Lisboa e apurem-se as condições em que foi reconduzido no cargo apesar dos maus resultados.»

NO VIVER NA ALTA DE LISBOA

Fiquei a saber que atrás do foguetório da inauguração do eixo norte-sul há uma realidade feita de nigligência camarária:

«Como sempre num país de festas, a aparência será superior à substância. Todos os olhos criticamente apreciarão os reluzentes vidros/muralhas acústicas, as seis-faixas-seis que permitirão um tão rápido (até ao departamento de trânsito montar mais um radar) escoamento do tráfego suburbano, os iluminados túneis que permitiram poupar um morro ao desgastante deslizar dos automóveis. Poucos ou nenhuns repararão (ou tudo farão para ignorar) nas ligações de esgoto por terminar, na balbúrdia que ainda se mantém no Lumiar, no Mercado que falta reconstruir, nas instalações provisórias esquecidas por uma fiscalização da ASAE, na ausência de concretização da projectada alteração viária do centro do Lumiar (o que se passa com isto? onde pára o projecto? terá sofrido alterações face à não-expropriação da estação de serviço?).»

PEDRO NAMORA E A NOVA LUTA CONTRA O FASCISMO

Agora que Jerónimo de Sousa achou que poderia ter mais uns votos se desenterrasse o perigo do fascismo todos os seus militantes esforçam-se por encontrar fascismo e fascistas por tudo quanto é canto. Pedro Namora encontrou nos responsáveis pelo ensino e da forma mais original:

«Hoje adquiri um código civil do tempo do fascismo e lá esta, inelutável, a realidade: os fascistas odiavam as mulheres, consideravam-nas seres inferiores, sem direitos e apenas com um fim útil: servir os machos seus maridos. Claro que já o sabia, mas vê-lo em forma de lei tem outra força. Se neste País, em Abril renascido, existisse ainda réstea de pedagogia democrática, estas coisas haveriam de ser ensinadas ao povo, nas fábricas, nas empresas, nas escolas e universidades.

Mas como quem manda agora descende em linha recta do fascismo, a opção é branquear a ditadura, designada Estado Novo, e apagar criminosamente 50 anos de história trágica.»

E eu que pensava que nunca iria conseguir rir com uma piada de Pedro Namora, um dos mais distintos militantes ortodoxos do PCP. Mas se formosà caixa dos comentários poderemos continuar a rir, em resposta a um comentador que disse:

«Passado alguns anos depois da 1ª República, o “S” governou o país!
97 anos após implantação da República, o “S” continua a governar o país!»

Pedro Namora responde:

«quem nos dera que outro S estivesse no governo. Outro Galo cantaria!
O S de Sousa - Jerónimo de Sousa!»

Pois é, mas entre o "S" de Salazar e o "S" de Sócrates há o mesmo "E" que haveria entre o "S" de Sócrates e o "S" de Sousa, o E de eleições. A simetria, ainda que por mera coincidência, até faz sentido.

CONCURSO DE FOTOGRAFIA: NIKON SMALL WORLD [Link]

A VIDA DOS VAGABUNDOS AMERICANOS [Imagens]

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