domingo, setembro 16, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Chaminé, Portel

IMAGEM DO DIA

[Alex Wong - Getty Images]

«An anti-war protester demonstrates outside the White House as President Bush gives his address to the nation on the Iraq war.» [Washington Post]

JUMENTO DO DIA

O galo da Índia

Se não entendo muito bem as intervenções dos sindicatos contra o novo Código do processo penal, já que tanto quanto sei este código nada tem que ver com os direitos laborais dos funcionários que trabalham na justiça, sejam eles funcionários administrativos ou magistrados ainda fico mais espantado quando vejo o representante sindical dos oficiais de justiça meter o bedelho no assunto. Para mim ver este sindicalista a falar do CPP é a mesma coisa que o pessoal de bordo da TAP falar de manutenção de aviões.

Mas o senhor foi mais longe, esqueceu que o novo código resultou de um acordo entre partidos apoiado pela Presidência da República e recorreu ao golpe baixo fazendo insinuações que, naturalmente se dirigem ao PS. Quando já nos tínhamos esquecido do Processo Casa Pia o oficial de justiça que desempenha as funções de líder sindical decidiu afirma que «esta lei é feita para facilitar a vida a alguém em alguns processos mediáticos, como é certamente o caso da Casa Pia».

Enfim, a pior forma para o sindicalista se armar em galo da Índia.

UM PETISCO PARA OS JORNAIS

Com um ano escolar sem incidentes, não houve cadeados nas portas das escolas, sem muitos professores a mostrar a sua vida difícil porque tivera a sorte de serem colocados mas ficaram longe de casa, com o caso Maddie a aguardar novos desenvolvimentos, a nova lei penal transformou-se num petisco para os jornais. Agora os jornalistas deixaram a porta dos Mc Cann e foram para as portas das prisões entrevistar os que foram libertados "antes de tempo".

Bem, talvez nem seja necessário irem para as portas das prisões, não faltará quem lhe envie a informação para desta fora conseguirem força para os seus argumentos. Não acredito que sejam os advogados, portanto adivinhem quem terá sido?

A IMPORTÂNCIA DAS LOJAS CHINESAS

«E agora outra ideia radical: há pessoas que só se deslocam ao centro de Lisboa por causa das lojas chinesas. As pessoas com poder de compra que querem produtos de qualidade vão aos centros comerciais. As pessoas com baixo poder de compra vão às lojas chinesas. A eliminação das lojas chinesas não levará as pessoas com elevado poder de compra à Baixa. Essas pessoas preferem os centros comerciais. Mas afastará da Baixa todos aqueles que lá vão por causa das lojas chinesas. Nogueira Pinto tem de enfrentar a dura realidade. Não são as lojas chinesas que causam a decadência da Baixa. As lojas chinesas estão a retardar a decadência da Baixa. Ao contrário do que diz Nogueira Pinto, as lojas chinesas não estão a acabar com o comércio na cidade. Elas são uma parte importante do comércio na cidade.» [Diário de Notícias]

Parecer:

O biólogo João Miranda dá uma lição de economia à Zezinha. Será que é necessário recorrer às equações diferenciais para que a ex várias coisas possa entender?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CHINESICES

«1 Seja qual for o Governo em funções, as sondagens indicam que o seu elemento mais popular é sempre o ministro dos Negócios Estrangeiros. O resultado é fácil de explicar: internamente, o MNE não incomoda ninguém, não mexe com o dia-a-dia de ninguém; e, externamente também não conta para nada, num país que há muito se desabituou de ter política externa. O grande desígnio de cada MNE é apenas este: não se meter na política interna, não incomodar ninguém, não ter ideia alguma, boa ou má. Depois, nos intervalos, eles adoram dar umas entrevistas em que assumem o papel de ‘pensadores’ de política internacional, gente que vê muito para lá da mesquinha espuma política dos dias, e de participar em reuniões bilaterais e cimeiras com os seus colegas da ‘coisa’, encenando, para português ver, a figuração ao lado dos grandes do mundo. Não por acaso, os melhores representantes da profícua arte da deliquescência política - de Jaime Gama a Durão Barroso, de Freitas do Amaral e Martins da Cruz - tiveram todos o seu momento de sublime inutilidade e grandiosa vacuidade enquanto ministros dos Estrangeiros. Mas, se fosse preciso encontrar um único símbolo daquilo a que poderíamos chamar a ‘escola portuguesa da diplomacia democrática’, esse símbolo só podia ser Durão Barroso. Ele foi e continua a ser o expoente máximo da política vista como manobrismo permanente, adaptação constante, capacidade gélida de nos olhar nos olhos e dizer tranquilamente o contrário do que se está a pensar, e ausência de princípios como único princípio válido.

Como já devem ter percebido, eu não tenho grande consideração pela diplomacia, enquanto arte moderna da política. E, em particular, tenho um profundo desprezo e uma imensa vergonha pela arte portuguesa da diplomacia, em situações mais complicadas. Das relações com Angola às relações com os Estados Unidos, das relações com a China às relações com o Zimbabwe de Mugabe, a nossa diplomacia já deixou há muito de ser apenas inútil e irrelevante, para se transformar, quando analisada de perto e em muitos casos, num motivo de vergonha nacional.

O mais recente episódio com o Dalai Lama - um homem que simboliza tudo aquilo que juramos defender e que representa um povo ocupado pela China em condições exactamente idênticas à ocupação de Timor pela Indonésia - não me espanta, minimamente. Espantar-me-ia era o contrário. Quando o actual MNE, Luís Amado, refere a “total clarividência quanto aos interesses de Portugal” em fingir que não sabe oficialmente que o Dalai Lama está cá, ou quando Marques Mendes, em nome das “razões de Estado”, se mostra solidário com o Governo, nós sabemos bem a que interesses e razões se referem: aos das empresas que têm negócios potenciais com a China e que, por coincidência, às vezes também financiam o PS e o PSD. Sempre é mais engraçado ouvir Jerónimo de Sousa a concordar também com o Governo, em nome de “uma perspectiva justa” das relações diplomáticas. Ao menos ele, embora enganado, é coerente: está convencido de que, por ser governada por um partido chamado comunista, a China ainda é um país comunista.

Apesar de tudo, é forçoso reconhecer que sempre se fizeram alguns progressos, relativamente à última destas incómodas visitas do Dalai Lama. Pelo menos desta vez, Cavaco Silva não se dispôs à mesma farsa que Jorge Sampaio - encontrando-se, ‘por acaso’, com o Dalai Lama, numa visita a um museu - naquele que ficará para sempre como um dos mais ridículos episódios da nossa grandiloquente diplomacia ‘de Estado’.

2 Parece que, da China, só nos vêm problemas e constrangimentos. Parece que querer correr com as ‘lojas chinesas’ da Baixa e acantoná-las numa «Chinatown» a criar, como defendeu Maria José Nogueira Pinto, é uma proposta racista, xenófoba e discriminatória. Parece, pois, que o que é politicamente correcto é investir uns milhões largos numa operação de revitalização da zona histórica e central de Lisboa, mas sem ferir os interesses dos comerciantes chineses ali instalados, em sã convivência multicultural com a arquitectura pombalina. É fácil, aliás, imaginar como os chineses receberiam de braços abertos uma invasão de tasquinhas e casas de fado portuguesas na Praça Tiananmen...

O problema das ‘lojas chinesas’ não está apenas na concorrência desleal que fazem, trabalhando em famílias organizadas, sem horários nem direitos sociais, e vendendo a metade do preço produtos fabricados na China em regime de ‘dumping social’, que Jerónimo de Sousa imagina ser a versão actualizada do comunismo. De facto, para o peditório dos pasmados ‘comerciantes tradicionais’ da Baixa, já demos de mais e sempre em vão. Eles não querem, não sabem e não irão nunca reciclar-se.

O problema também não está na nacionalidade dos donos, mas sim nas próprias lojas. O problema é que as ‘lojas chinesas’ são feias por fora e por dentro, com um aspecto sujo e degradado, e praticando um tipo de comércio de século XIX para cidades feias, sujas e degradadas. Se queremos recuperar e ressuscitar a Baixa, é óbvio que elas estão a mais ali. Se uma cidade não tem o poder de determinar que tipo de estabelecimentos quer e tolera nas suas zonas históricas, porque com isso pode atingir interesses de uma comunidade cuja cultura e hábitos são um enxerto estranho no seu meio, então mais vale dizer que prescindimos de qualquer política de defesa de valores culturais próprios. E, se temos de nos conformar com o ‘estilo chinês’ do pequeno comércio, então também teremos de aceitar passivamente as tabancas portuguesas com balcões de zinco, luzes de néon, cadeiras de plástico e toldos da ‘Olá’.

3 Eu previ-o aqui, há umas semanas: o fecho do trânsito no Terreiro do Paço, aos domingos, não trouxe nem mais um extasiado transeunte à praça, mas, em contrapartida, trouxe o caos ao trânsito automóvel circulando à volta, o inferno a milhares de pessoas viajando de carro e a mobilização de dezenas de polícias para tentarem organizar aquele pandemónio. Se António Costa tem um compromisso com as pessoas e não com as ideias feitas e a demagogia fácil, aconselho-lhe que vá, ao volante do seu carro particular, fazer o trajecto Santa Apolónia-Cais do Sodré, um destes domingos à tarde. E que daí retire as consequências que se impõem a quem quer servir os outros.

Em contrapartida, vi que retiraram enfim os tapumes que vedavam o rio em frente ao que era o Cais das Colunas e que as próprias colunas do cais regressaram ao seu lugar. Mas o cais, tal como era, com o Tejo a vir morrer-lhe aos pés, já não existe. Em seu lugar, está um aterro que afastou o rio para 50 metros de distância e para sempre destruiu a beleza daquele local, sacrificada à mais imbecil obra pública alguma vez levada a cabo em Lisboa. É indecente que os responsáveis por este crime permaneçam impávidos e impunes.» [Expresso assinantes]

Parecer:

De Miguel Sousa Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PIOR É DIFÍCIL

«Foram dois dias seguidos de muitas horas ao volante (entre o Porto e Lisboa, cada vez mais, à medida que os aviões funcionam cada vez pior...). Com a companhia da Antena 1. A notícia do dia não era das mais agradáveis: tinha sido assaltada uma ourivesaria, em Viana do Castelo. Insegurança e sangue, intensificando sentimentos negativos em crescendo no país. O conforto veio de seguida, pela voz de um responsável: dois assaltantes estavam presos e um terceiro tinha morrido; acrescentou que os assaltantes terão subestimado a eficácia das forças policiais, mas que, na próxima, pensarão melhor... Mais tarde, no Parlamento, o ministro da tutela zurziu no alarmismo da oposição e enalteceu o feito das forças policiais que “tinham dado o peito às balas”. Ouvi tudo em directo. Dormi descansado. No dia seguinte, de novo a caminho de Lisboa, na companhia da mesma Antena 1, foi-me dado saber, agora em «off», que tinha havido uma confusão, que nada se sabia nem sobre o ouro nem sobre os assaltantes. De quem tinha falado na véspera, nem uma palavra. Pior é difícil. Pouco me importa a política. Assusta-me a falta de profissionalismo e de responsabilidade, e o dano irreparável em matéria de credibilidade.» [Expresso assinantes]

Parecer:

De Daniel Bessa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A TRAGÉDIA QUE ESTÁ EM CARTAZ

«O caso da "pequena Maddie" e o da princesa Diana são mais parecidos do que se imagina. Em ambos os casos existe um núcleo duro de violência trágica, um acidente brutal, um crime, uma morte ou um rapto. Seja qual for o desfecho final, não há happy end possível, não há retorno ao equilíbrio inicial, alguém sofreu inesperadamente, e esse sofrimento atinge os próximos. Sabemos que foi isto que aconteceu, esta é a coisa a sério, a real thing. Tudo o resto anda à volta mas não é da mesma natureza. E é o "resto" a história que vivemos, que nos interessa, que nos move, e para além deste ponto inicial, os factos pouco interessam, tudo é do domínio da ficção e, por cruel que seja dizê-lo, tudo é um enorme teatro, a gigantesca encenação do Pathos, rei e senhor do espaço público nas nossas sociedades de massas.

O que nós estamos a ver é um filme (e a seu tempo haverá um filme), um espectáculo, em que personagens "não procuram o autor" como no teatro moderno (que exactamente por essa perplexidade nunca será popular), mas onde cada personagem é um ícone, transporta consigo uma face trágica, que "fala" com a cidade, e a que esta responde com um coro. Sim, é puro teatro grego clássico, por cruel que seja dizê-lo assim insisto, aquele que Sólon queria proibir porque institucionalizaria a confusão entre a verdade e a mentira.

Nem podia deixar de ser doutra maneira, tão imersos estamos num mundo dominado pelo Pathos, e sem Ethos, nem Logos. Sentamo-nos em casa diante da televisão (o veículo dominante nos dias de hoje do espectáculo permanente, mas que não é o único, e está prestes a entregar a sua dominação a mais poderosos meios interactivos de que o Second Life é apenas um grosseiro precursor) e diante dos nossos olhos passa a tragédia da "pequena Maddie", que na realidade é a tragédia da Mãe McCann, o centro de tudo. Como nas grandes personagens femininas do teatro clássico, a tragédia desenrola-se entre o destino e a hubris, entre a dadora da vida e a sua possível roubadora, num duplo acto decisivo de princípio e fim, que mexe com os fundamentos de tudo o que consideramos adquirido e que nos foi intensamente transmitido no primeiro acto do espectáculo.

É verdade que a aceitar-se a tese de uma morte acidental pela mais trivial das razões (e como já afirmei os factos verdadeiramente não interessam), a de os pais quererem jantar sossegados com os amigos, dando um sedativo à filha para não terem que a aturar "histérica", perturbadora dos actos dos adultos - uma versão mais sofisticada de algo que nos campos se fazia com aguardente - seria apenas um retrato da vida irresponsável e fácil dos burgueses de hoje, de uma cultura de satisfação individual e egoísta. Se tudo tivesse ficado por aí, a morte acidental da criança por negligência dos pais, estaríamos de facto numa história dos nossos dias de egoísmo suburbano, de um jovem casal que quer ter filhos e viver a sua vida em férias para se divertir, "descansando das crianças" que não sabem onde pôr. Nada que não atravesse o Allgarve de uma ponta à outra, só que esta teria corrido mal, de uma forma mais gravosa para os pais do que se a criança tivesse vindo para a rua e fosse atropelada. A sua negligência é química, menos socialmente aceitável do que se tivessem deixado uma janela aberta ou os fósforos em cima da mesa. Mas seria só isso.

De novo insisto, pouco nos preocupamos com o destino da "pequena Maddie", mas já nos colamos ao ecrã se este egoísmo inicial desleixado tivesse levado a um outro egoísmo essencial, o de querer ocultar a negligência com uma história inventada de rapto para que esta overdose de sedativos "não nos estrague a vida toda". Aqui sim irrompe o Mal puro e as personagens tornam-se trágicas, é o teatro absoluto. Porque, a ser verdadeira a acusação então nós sabemos por intuição, e ninguém precisa de falar disso, que aquela mãe e aquele pai transportaram o cadáver da filha e enterraram-no, ou deitaram-no ao mar, ou fizeram-no desaparecer de forma ainda mais terrível, e depois simularam durante meses uma dor que não tinham (?), numa encenação de que foram magníficos actores sem uma falha. Convenceram-nos a todos e à Cúria Romana que lhes permitiu ver o Papa. Se isto não é o Mal entre nós, o que é que é o Mal? Um raptor profissional para uma rede de pedofilia, actuando por dinheiro, é um menino de coro face a este Mal, que tem a face do Engano, que mistura os sentimentos, que tem todas as características de incompreensibilidade, surpresa, devastação, crueldade pura, para termos medo, muito medo. É o exorcismo desse medo que procuramos na tragédia, no teatro, tocando-o ao de leve e fugindo dele, como se fosse um acto sacrificial.
Vejam-se as personagens femininas, porque esta é uma tragédia só possível com personagens centrais femininas, a começar pela equivalente a Medeia, Electra, Clitemnestra, Lady Macbeth, a Mãe, Kate McCann no seu perfil de solitária, deprimida, psicótica, com a sua face dura e esculpida, sem variações, em silêncio, como uma rocha, possuída de qualquer sentimento essencial que pensávamos até ontem ser a dor da perda da filha e hoje suspeitamos ser a mais terrível das faces. Ao passar, agarrada a um boneco de Maddie, infantilizando-se nessa imagem, como se fosse ela própria a filha perdida, dá ainda mais intensidade a um mundo em que não sabemos como penetrar, e que se esconde por detrás de uma cara, outra cara e outra e outra. No meio desse labirinto de máscaras, está uma capaz de tudo. E a cara capaz de tudo lida com a Morte de forma pouco natural, com frieza, juntando as mãos às da ceifeira.

O resto das personagens quase desaparecem, o Pai McCann é que dá voz à Mãe, mas se a terrível hipótese se confirmar ainda mais se apagará como personagem. O Allgarve é não só o cenário, como é dele que vem o coro, primeiro silencioso e compungido, depois vociferante, insultando a Mãe, e trazendo ao de cima todas as complexidades e conflitos que permaneciam latentes. De repente, emerge o próprio tecido social, as tensões entre a comunidade inglesa (e as suas suspeições antiportuguesas, sobre a polícia e sua competência) e a hostilidade perante aquela mulher loura, vinda de um mundo louro e rico que paga o turismo algarvio, mas que é e será sempre de fora. Algumas fotografias em que se vê Kate McCann com um fundo de portugueses dizem tudo, a diferença na delicadeza das faces e no trato do corpo, e a rudeza popular, uma boçalidade camponesa nos polícias e nos "populares". Mesmo, se olharmos assim, nem a "pequena Maddie" escapa a um sinal do Mal, a uma marca demoníaca, o seu sinal de nascença num olho riscado, uma coisa para que há trezentos anos se olharia com muita atenção e nenhuma inocência.

E se nada disto for verdade, a acusação se revelar ser falsa, os McCann inocentes e duplamente vítimas? E se a história estiver mais perto da "honra perdida de Katarina Blum", da vitimização conspirativa de uma polícia que não consegue descobrir os raptores, associada ao festim mediático, que mais do que mães dolorosas deseja mães criminosas com todo o dolo do mundo? Pode ser, mas para o espectáculo pouco importa. A não ser que apareça Maddie com os seus raptores, numa história suja mas limpa de ambiguidades, a suspeita pairará sempre sobre os McCann, porque esta é a natureza deste tipo de espectáculo, onde ninguém sai ileso e não há reparação possível. Nem nós, que perdemos discernimento, distância, razão, equilíbrio, num mundo dominado pelo Pathos.» [Público assinantes]

Parecer:

O caso Maddie visto por Pacheco Pereira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SECRETAS PODERÃO VIR A FAZER ESCUTAS

«Os socialistas deram o primeiro sinal de que estão dispostos a pôr fim ao ‘tabu das escutas’. O ministro da Justiça, Alberto Costa, assumiu pela primeira vez publicamente estar disposto a rever a legislação que impede que os serviços de informação façam escutas telefónicas.

O assunto “é, seguramente, tema para uma futura revisão constitucional”, disse o ministro, durante o almoço de lançamento do último número da revista ‘Segurança e Defesa’, na quarta-feira. Alberto Costa disse que compreendia “pessoalmente essa necessidade”, desde que implantando “as devidas garantias” e depois de um debate na Assembleia da República.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Ainda não fazem?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um esforço para acreditar que as secretas não fazem escutas nem dispõem de equipamentos móveis para esse fim.»

UMA OPA SOBRE O BCP

«O Banco Espírito Santo (BES) fez saber junto do Governo que vê com preocupação a possibilidade de o BCP ser comprado por bancos estrangeiros, nomeadamente pelo La Caixa, directamente ou via BPI, onde o banco catalão tem 25%. Dentro do banco liderado por Ricardo Salgado já foi analisada inclusivamente a hipótese de coligação com o BPI para avançarem juntos sobre o BCP, de forma a posteriormente dividirem entre si os activos do banco. A este grupo poderia ainda juntar-se a Caixa Geral de Depósitos, num processo semelhante à oferta que foi lançada sobre o holandês ABN Amro por um consórcio integrando o Santander, Fortis e Royal Bank of Scotland. » [Expresso assinantes]

Parecer:

Quem com ferro mata, com ferro morre.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se a evolução dos acontecimentos.»

SÓ EM PORTUGAL

«Um homem morreu quinta-feira «poucos minutos» após entrar no hospital de Ponte de Lima, depois da ambulância que o transportava ter estado parada «perto de 20 minutos» à ordem da Brigada de Trânsito, denunciou um familiar, informa a agência Lusa.

«É uma situação simplesmente incrível e revoltante e garanto que a família não vai ficar parada nem vai descansar enquanto não forem apuradas todas as responsabilidades», disse Cesário Gomes, cunhado da vítima, garantindo que o caso vai parar a tribunal. E explica que o seu cunhado, de 54 anos, morador em Cabreiro, Arcos de Valdevez, sentiu uma «forte» dor no peito na quinta-feira e foi transportado pela mulher ao Centro de Saúde daquele concelho. Face ao seu estado, foi chamada uma ambulância, para o transferir para o hospital de Ponte de Lima, numa viagem que, em condições normais, «nunca demorará mais de 15 minutos».

«O problema é que, em plena A-28, a Brigada de Trânsito da GNR mandou parar a ambulância, alegadamente por circular com as luzes de emergência ligadas. Pediram documentos, fizeram o teste de alcoolémia por duas vezes ao condutor e perderam-se em formalidades, retendo ali a ambulância cerca de 20 minutos», criticou. » [Portugal Diário]

Parecer:

Alguém me explica o comportamento da BT?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se os agentes da GNR ao balão.»

O QUE ACONTECEU AO PORTA-VOZ DA CAMPANHA DE MARQUES MENDES?

«O director nacional da candidatura de Marques Mendes, Carlos Coelho, convocou, entretanto, os jornalistas para contestar a versão de Menezes e criticar a sua decisão, considerando que se confunde «com as contradições socialistas»: «O debate estava acordado e o pormenores foram acertados ao detalhe entre cada candidatura e a SIC-Notícias. Prometer e não cumprir na política portuguesa é um estilo com marca registada em nome do engenheiro José Sócrates. No PSD valorizamos quem honra a palavra dada. É isso que o dr. Marques Mendes faz».» [Portugal Diário]

Parecer:

O mais curioso desta notícia não está na peixeirada e que se transformaram as directas no PSD, mas sim no desaparecimento do porta-voz de Marques Mendes. Por anda Macário Correia.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Marques Mendes o que é feito de Macário, o porta-voz da sua candidatura.»

CADA PARTIDO TEM A SUA "SOMAGUE"

«A Polícia Judiciária está a investigar o presumível envolvimento de elementos do PS com a chamada "máfia dos bingos" do Brasil. O grupo, desmantelado com a Operação Furacão, é acusado de comprar sentenças judiciais e decisões políticas para a expansão do negócio do jogo clandestino. O coordenador do gabinete de comunicação da Polícia Federal (PF), Bruno Ramos, disse ao PÚBLICO que, no âmbito desta acção, foi solicitada "uma cooperação judicial e policial directa" a Portugal para averiguar o "eventual envolvimento de portugueses e alguns elementos ligados ao Partido Socialista" com o caso. A própria Polícia Federal já esteve em Portugal a recolher elementos sobre as ligações entre empresários e políticos portugueses com o grupo detido em Abril deste ano.» [Público assinantes]

Parecer:

Já é tempo de Sócrates tirar conclusões e demonstrar que não está envolvino, fazendo a limpeza do PS.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se a opinião de Sócrates.»

AL QAEDA OFERECE PRÉMIO POR CABEÇA DE CARTONISTA SUECO

«O suposto líder da al Qaeda no Iraque ofereceu US$ 100 mil (cerca de R$ 190 mil) a quem assassinar o cartunista sueco Lars Vilks, que publicou uma charge em que a cabeça do Profeta Maomé aparece sobre o corpo de um cachorro.

Segundo a oferta divulgada em áudio na internet, a recompensa aumentará em US$ 50 mil (cerca de R$ 95 mil) se a morte for violenta.» [BBC Brasil]

NICOLE, OU TE DESPES OU FAZEMOS UM CASO COM A PELE DO TEU CÃO

«La modelo argentina, Nicole Neumann, anunció que se desnudaría en público en una campaña ecológica. No ha llevado a cabo el anuncio y un grupo de jóvenes han secuestrado supuestamente al perro de la modelo y amenazan con hacer un abrigo de piel con él. El plazo dado por los secuestradores finaliza este fin de semana.

Un grupo anónimo amenazó con matar al perro de Nicole Neumann si la modelo argentina no cumple su promesa de desnudarse en público como parte de una campaña ecológica.

El 'Movimiento Ponete en Bolas Nicole"' (MPBN), surgido hace escasos días, ha lanzado su advertencia en un vídeo que puede verse en un blog [ Link]

"AVÉ MARIA" PORTÁTIL A 30 EUROS

«En Italia, hasta que encuentren las voces apropiadas para exportarlo al resto de Europa. Han vendido 7.000 en cuatro meses. Tiene forma de ratón de ordenador. Cuesta cerca de 30 euros.

La suave voz de una mujer que reza "Ave María, llena eres de gracia" remplazará las míticas letanías religiosas de la iglesias gracias al nuevo rosario digital que acaban de lanzar en Italia.
El aparato, pequeño y con la forma de un 'ratón de ordenador', equipado con altavoces, recita para cada día de la semana los misterios de la Virgen Santísima, seguido de un padrenuestro, tres avemarías y un gloria patri.»
[20 Minutos]

HOMEM COROOU-SE MISS VENEZUELA DURANTE ALGUNS SEGUNDOS

«Hannelys Quintero, elegida la noche del jueves como Miss Venezuela Mundo, nunca se imaginó que su alegría sería apartada por un hombre, que le arrebató la corona y se sentó por segundos en el trono de las reinas de belleza del país.» [20 Minutos]

O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES

  1. O "Macroscópio" gostou de duas imagens aqui colocadas.
  2. O "Portucale Actual" e o "Viseu" incluíram O Jumento nas suas correntes de amizade. Obrigado.
  3. O "Alcáçovas" e o "Macroscópio" gostaram da mentira do dia.
  4. O "Tertúlias" gostou de uma das imagens aqui colocadas.

O MAIOR AVIÃO TELECOMANDADO

DO ENTARDECER AO ANOITECER NUMA ÚNICA IMAGEM (FLASH) [Link]

GLAZASTIK FINCH

SOFIG

SMILE

YEKATERINA ALEXANDROVA

POST (ANTON POSTNIKOV)

DESBLOQUEAMOS O iPHONE

McCAFÉ

AIRBITES

Advertising Agency: Lowe GGK, Warsaw, Poland
Creative Director: Damir Brajdic
Art Director: Bart Bialy
Copywriter: Magda Trojanowska
Photographer: Wolowski&Partners

FREDDY

[2][3][4][5][6][7][8]

Creative Directors: Roberto Battaglia, Pino Rozzi
Art Directors: Federico Pepe, Micol Talso
Copywriters: Stefania Siani, Luca Beato
Photographer: Riccardo Bagnoli