domingo, outubro 22, 2006

Umas no Cravo e Outras Tantas na Ferradura

FOTO JUMENTO

Mértola, pormenor de Igreja

IMAGEM DO DIA

[Rui Duarte Silva]

«BARRICADOS Nem o corte de água e electricidade, nem a dificuldade de receber comida demoveram as cerca de 20 pessoas que no domingo se barricaram no Teatro Rivoli, no Porto, em protesto contra a entrega da gestão da sala a privados. Só a polícia os fez sair, ao quarto dia de protesto. Alvos de uma queixa-crime por parte da autarquia, os manifestantes esperam agora ser recebidos pela ministra da Cultura, que considerou o protesto ‘original’[Expresso assinantes Link]

JUMENTO DO DIA


O presidente da Concelhia de Lisboa do PS

Não faço ideia de quem é a alma que preside à concelhia do PS de Lisboa, mas é obra retirar a confiança política a Carrilho e agora fazer o mesmo em relação a Nuno Gaioso Ribeiro porque criticou Carrilho. Se o homem fosse o presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, do Vaticano, a Igreja Católica corria o risco de ficar sem padres, estariam todos excomungados.

COITADINHOS DOS DEFICIENTES

É o que me ocorre dizer ao ler no Expresso o que escreve Daniel Amaral sobre a alteração introduzida nos benefícios fiscais para deficientes:

«Vamos por partes. Os deficientes. Segundo o Orçamento, os deficientes com mais dinheiro passarão a pagar mais trinta ou quarenta por cento do que hoje. Justo? Não. O deficiente mais abonado já paga mais do que o deficiente mais pobre. Paga é menos do que o não-deficiente que tenha os mesmos rendimentos. Porque tem mais despesas e a vida mais limitada. Devemos-lhe isso? Parece que não. Com os pensionistas é a mesma coisa. Pagavam menos impostos porque ganham menos e precisam de mais do que quando eram activos. Sócrates acha que se trata de um inaceitável privilégio.» [Expresso assinants Link]

Estamos perante pura demagogia, e quem Daniel Amaral está a defender nem são os pobres, nem os deficientes, está a defender muito falso deficiente que anda por aí e que graças a uma milagarosa declaração de um médico amigo pagam metade dos impostos que deviam pagar.

É evidente que o tema deficientes é apelativo, o ideal para opinar sem saber nada do assunto, entre recorrer à demagogia e estudar o assunto nenhum político, seja do BE ou do PSD, hesita. Estamos perante pura demogogia que reflecte e aproveita da ignorância, esperava mais do Daniel Amaral.

DIVIDIDO POR TODOS ERA MAIS FÁCIL

É esta a minha conclusão preliminar a propósito do Orçamento, parece que há portugueses dispensados de fazerem sacrifícios, o dinheiro dos pobres serve para pagar impostos ou para emagrecer, o dinheiro dos ricos é protegido porque serve para investir. Os pobres têm cada vez mais dificuldades, os ricos não investem e consomem mais luxo.

VOCÊ TEM CULPA

A crítica de Rui Tavares ao coitado do secretário de Estado Adjunto e da Indústria:

«Que pena o secretário de Estado adjunto da Indústria e Inovação, António Castro Guerra, ter retirado o que disse quando culpou os consumidores pelos aumentos de 16 por cento na tarifa da electricidade. O senhor secretário de Estado adjunto justificou-se dizendo que teve um mau momento, mas não é verdade: pelo contrário, as suas palavras foram o ponto alto, o auge da discreta carreira de um secretário de Estado adjunto. Melhor ainda: estas palavras foram toda a carreira do secretário de Estado adjunto, o princípio e o fim dela, condensados. O secretário de Estado adjunto saltou por cima das barreiras hierárquicas para nos dar aquilo que nem um secretário de Estado dos verdadeiros (ou seja, não adjunto), um ministro ou um primeiro-ministro nos podem dar: a verdade. Na prática, é um desastre, o equivalente político a deixar a bomba de nitroglicerina rebolar pelas escadas abaixo; por isso o Governo se apressou a garantir que o dito aumento não fosse tão exagerado. Mas já que o mal estava feito, o senhor secretário de Estado adjunto deveria ter aproveitado para despejar a alma de todas as banalidades, num momento único de sinceridade e perfeição ideológica. Bastaria encarar a câmara com vigor, esticar o dedo indicador e denunciar: você tem a culpa.» [Público assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CASA SEM PÃO

Miguel Sousa Tavares escreve em defesa do OGE:

«Assim sendo, este Orçamento só podia continuar a prosseguir um objectivo que se tornou inadiável: lutar para que, num horizonte de médio prazo, Portugal consiga viver com a riqueza que produz. Só isso nos aproximará dos países desenvolvidos da Europa, só isso nos garantirá a sobrevivência, depois de a Europa se ter cansado de puxar em vão por nós. Esta verdade elementar não tem, obviamente, acolhimento nos sectores ultraconservadores da esquerda leninista. É mais importante, para eles, a sobrevivência dos dogmas doutrinários de há quase cem anos do que a sobrevivência deste pequeno país, num mundo que já não tem relação nenhuma com as sebentas políticas de 1917. Sabendo-se, assim, que mais depressa Lenine regressa à terra para lhes explicar que tudo mudou do que os comunistas portugueses se disporão a votar a favor de qualquer Orçamento do Estado, a curiosidade única relativamente a este Orçamento socialista estava em saber como reagiriam a ele os partidos à direita do PS, e em particular o PSD, que, num passado recente, deu ao país dois primeiros-ministros tão brilhantes quanto Durão Barroso e Santana Lopes. Ora, se o PP, pelo menos o seu presidente, admite abster-se ou votar a favor, já o PSD tratou de anunciar o seu voto contra. Por duas razões, essencialmente: porque a despesa corrente do Estado continua a aumentar e porque o investimento público desce. Não são razões sérias nem suficientes, sobretudo desacompanhadas da apresentação de alternativas. É verdade que a despesa do Estado vai continuar a crescer em 2007 — mais dois mil milhões de euros. Mas todos sabemos que a quase totalidade deste encargo representa despesa fixa, essencialmente com os salários da função pública. Mas não só o crescimento da despesa corrente, apesar de tudo, fica abaixo da inflação (o que significa que cresce nominalmente, mas não em termos reais), como, excepção feita ao Compromisso Portugal — que não tem de ir a votos — não vi que partido algum se atrevesse a defender o despedimento imediato de 200.000 funcionários públicos. E é muito fácil criticar ou ficar prudentemente calado quando se atacam os privilégios dos funcionários públicos, dos professores, dos juízes, dos militares, dos autarcas ou do Alberto João Jardim, e, simultaneamente, defender o corte radical das despesas de funcionamento do Estado. E também é fácil criticar os cortes no investimento público e, simultaneamente, exigir a redução do défice.» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se e perguntem ao MST se já leu o OGE com o devido cuidado.»

DINHEIRO PARA POLÍTICOS DEVE ANDAR MAIS VIGIADO

É a conclusão do Grupo de Acção Financeira sobre a Lavagem de Dinheiro (OCDE):

«Portugal deve adoptar um conjunto de mecanismos de fiscalização que regulem as transacções financeiras entre bancos e políticos ou personalidades públicas. Esta é uma das recomendações do Grupo de Acção Financeira sobre Lavagem de Dinheiro (GAFI), que ontem publicou o seu relatório sobre o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento de actividades terroristas no nosso país.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Sócrates.»

MANUEL ALEGRE PASSOU-SE PARA O BLOCO DE ESQUERDA?

Pelo menos o discurso é o do Louçã:

«Manuel Alegre desafia o PS a tocar nos lucros dos bancos. "Não houve uma distribuição dos sacrifícios, os sacrificados são os mesmos de sempre." Critica alguns aspectos do Orçamento do Estado, mas votará a favor. Não sem acrescentar uma declaração de voto com os seus reparos.» [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se Manuel Alegre um convite de adesão ao BE.»

SANTANA LOPES CONTINUA A FAZER ESTRAGOS

Que felizmente se limitam ao PSD:

«Na reunião, para além de Santana Lopes ter indicado exemplos de matérias em que o PSD devia fazer melhor oposição, alguns deputados identificados com as alas santanista e barrosista protestaram contra várias opções do líder do partido. Não só criticaram abertamente o estilo de liderança de Marques Mendes como dois deles, José Pedro Aguiar-Branco e Paulo Rangel, se dirigiram a Santana Lopes como "o meu primeiro-ministro".» [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se a prova de vida a Santana Lopes, para se ter a certeza de que foi ele.»

SANTANA LOPES AINDA NÃO SABE PORQUE PERDEU AS ELEIÇÕES

E acha que o PS ganhou graças às Scut:

«“O líder da oposição não pode limitar-se a dizer que foi um recuo positivo, porque o que o Governo fez foi muito grave, foi uma fraude eleitoral”, reagiu Santana, na sua primeira intervenção como deputado em reuniões do grupo parlamentar. Falando pouco depois de Mendes, o antigo líder dramatizou o caso, defendendo que “as Scut foram uma questão fracturante na campanha. Se o PS tivesse dito que ia introduzir portagens, não tinha a maioria absoluta, e talvez nem ganhasse as eleições”.» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Santana Lopes se já teve tempo para analisar os resultados eleitorais.»

AMADO COLABOROU COM VOOS DA CIA

O Expresso afirma que há um voo por explicar:

«Uma nota incluída no relatório sobre os voos da CIA entregue esta semana pelo ministro Luís Amado à Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros põe em xeque a sua própria posição enquanto antigo ministro da Defesa - antes de ter substituído Freitas do Amaral, em Junho deste ano -, ao levantar dúvidas sobre uma eventual relação do seu ministério com a agência dos serviços secretos norte-americanos no período em que ocupava aquele cargo.

A nota foi escrita à mão e faz parte de um pedido urgente de autorização de aterragem no aeroporto da Portela enviado por fax a 12 de Maio de 2005 para o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC). A informação está endereçada a um funcionário e expõe o motivo da visita de dois dias a Lisboa: “Agradeço aprovação pois é uma deslocação urgente para encontros com o Ministério da Defesa”.» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se esclarecimento a Amado.»

MEDIDA TOMADA À PRESSA?

A da eliminação de várias Scut:

«Faltavam poucos minutos para o início da conferência de imprensa, marcada para as 11 horas de quarta-feira, em que seria anunciada a introdução de portagem em três auto-estradas sem custos para o utilizador (Scut), quando o ministro das Obras Públicas avisou, por telefone, os responsáveis das concessionárias abrangidas.
À semelhança dos anteriores, Mário Lino divulga a intenção, sem ter ouvido as empresas.
“Não fomos contactados sobre o fim dessas Scut, nem existem negociações”, afirmou o presidente da Mota-Engil, António Mota, grupo que integra a Scut do Grande Porto (ligação Porto-Lousada) e da Costa de Prata (ligação Gaia-Mira). Pelo mesmo diapasão afinou o administrador-delegado da Cintra, Vítor Santos, responsável pela Scut Norte-Litoral (ligação Porto-Ponte de Lima-Viana do Castelo-Caminha). Esta concessão continuará isenta de portagem na região Minho/Lima. Curiosamente, a Via do Infante (também da Cintra) escapa por ora às portagens.»
[Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro porque motivo a medida não aparece referenciada no orçamento nem foi divulgada em simultâneo.»

EMPRESÁRIO BEM SUCEDIDO

facturou sete milhões de euros sem trabalho:

«Segundo fonte da PJ, o empresário, de 30 anos, residente em Fafe, terá passado facturas falsas num valor próximo dos sete milhões de euros, tendo recebido, de forma indevida, o valor do IVA correspondente, que ascenderia aos tais 1,4 milhões de euros.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Divulgue-se o case study.»

JUMENTO ROBOT [Link]

Uma prenda da Blogotinha [Link].

GLOBALIDADES [Link]

E se as turmas das universidades recorressem à criação de blogues como espaço de debate? É a interrogação sugerida pelo Globalidades cujos autores são os alunos de uma cadeira universitária.

«A utilidade em evitar um debate redundante em torno da "globalização" é o de considerar esse fenómeno de forma multidimensional, como um "processo de processos" sem conclusões fechadas, logo em franca progressão, em constante dinâmica. Até porque a sociedade portuguesa reage de modo diverso a um estímulo do exterior do que, por exemplo, a sociedade espanhola, aqui ao lado. Daí a necessidade de avaliar nesta equação global as questões de transformação e de mudança social. Embora os teóricos do sector discordem da melhor definição sobre o fenómeno, até porque cada um tem a sua e as vaidades espistemológicas e académicas também pesam nesta avaliação.»

JOGO: JEU CHIANT [Link]

TOYOTA HUMAN TOUCH

DMITRY SKOBELEV [Link]

DEYNEGO [Link]

SERGEY KAPTILKIN [Link]

ANDREW MAIDANIK [Link]

PAINTNET [Link]

Uma alternativa gratuita ao Photoshop.

GUIA: COMO MONTAR UM PC EM CASA [Link]

ORÇAMENTO

WINDOWS XP [Link]

SONY

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RENAULT

NOKIA

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